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O deputado federal  José Chaves, que recentemente assumiu o comando do PTB em Pernambuco, anunciou que irá começar o processo de expulsão dos infiéis. “Provoquei a comissão de ética. Vamos seguir um roteiro de advertência, discussão e até a expulsão do partido”, afirmou o parlamentar, alegando que as pessoas que não seguiram o partido no pleito de 2014 não devem continuar na legenda. “Apenas entendo que não é local deles no nosso partido. Não precisa se provar muita coisa aí”, completou Chaves.

Alguns nomes de infiéis foram citados pelo petebista. Os prefeitos de Gravatá, João Alfredo, Exu e Arcoverde são alguns dos que integram a legenda, mas apoiaram o governador eleito, Paulo Câmara (PSB), na disputa pelo Governo do Estado, e provavelmente serão punidos.

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Mas não é só nas repressões que focará o PTB. De acordo com o presidente estadual, será realizado um mapeamento dos filiados em Pernambuco e lançada uma estratégia para conquistar novos integrantes para a disputa municipal, em 2016.

O relatório da auditoria interna sobre irregularidades na Refinaria de Pasadena, comprada pela Petrobras nos Estados Unidos, foi analisado e aprovado pelo conselho da estatal. Dele constam sugestões de punição a pessoas suspeitas de envolvimento, conforme adiantou nesta quinta-feira (27) Sérgio Quintella, membro do conselho.

Quintella não deu mais informações sobre as propostas de punição, nomes de suspeitos ou número de punidos. "É uma lista. Se é grande ou não, não vou dizer". Segundo ele, os relatórios das auditorias sobre irregularidades na Refinaria de Abreu e Lima (Rnest) e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) serão apresentados ao conselho da estatal no próximo dia 12. "Além da Rnest e do Comperj, outros relatórios serão apresentados. Entretanto, esses são os que mais chamam a atenção, assinalou o conselheiro.

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Sérgio Quintella elogiou a criação de uma direção de governança na empresa, ressaltando que a proposta foi aprovada por unanimidade pelo conselho. Acrescentou que o ocupante do cargo será contratado no mercado e que a estatal regulamentará as atribuições da diretoria em 90 dias. "A Petrobras tem um sistema de governança muito sofisticado. O que a diretoria fará, espero, é acompanhar a governança. É uma empresa grande, com um número enorme de funcionários", observou.

Para Quintella, a medida é importante e sinaliza ao mercado a intenção de aprimorar a fiscalização. "Acho que é uma necessidade e já poderia ter sido feita há mais tempo. Infelizmente, está sendo feita agora. Acho que será benéfica, pois passa ao mercado a intenção clara da companhia em aprimorar procedimentos, conceitos, formas de fiscalização. É positivo", disse o conselheiro em evento na Fundação Getulio Vargas (FGV), onde participou do lançamento do Caderno de Energia da FGV, instituição da qual é vice-presidente.

A combinação entre a situação fiscal do Brasil, com caixa apertado para investimentos, e a participação de grandes empreiteiras no esquema de corrupção da Petrobras, podem paralisar o setor de infraestrutura em 2015. Mesmo sem saber quais punições as empresas sofrerão (se multas, cancelamento de contrato ou devolução de recursos), a expectativa é que elas tenham menos dinheiro para entrar em novos projetos em 2015.

A sétima fase da operação Lava Jato, desencadeada no primeira quinzena de novembro, prendeu executivos das construtoras Odebrecht, Camargo Corrêa, OAS, Mendes Júnior, UTC, Engevix, Iesa, Galvão Engenharia e Queiroz Galvão. Juntas a essas empresas, responsáveis pelas principais obras do País, devem no mercado mais de R$ 75 bilhões, sendo cerca de R$ 60 bilhões só da Odebrecht.

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Nos últimos dias, no entanto, a nota de crédito dessas empreiteiras foi rebaixada ou colocada em observação negativa para uma possível revisão pelas agências de classificação de risco. A consequência da medida é que as construtoras terão mais dificuldade para encontrar financiamento a um custo mais baixo. Hoje, uma das principais fontes de crédito das empresas, além do BNDES, é a emissão de debêntures no mercado nacional.

Parte desses papéis tem vencimento no curto prazo. Isso significa que, se quiserem rolar essa dívida, vão ter de oferecer uma taxa de juros mais alta para os investidores. Caso contrário, a solução será tirar o dinheiro do caixa para pagar os títulos. O problema é que, com a freada do governo para reduzir despesas, a receita das empreiteiras deve minguar, já que parte significativa do faturamento vem de órgãos públicos, segundo ranking da revista O Empreiteiro.

Na UTC, por exemplo, 85% dos contratos eram públicos no ano passado; na Mendes Júnior, 75%; na Galvão Engenharia, 69%; e na Queiroz Galvão, 53% - na Odebrecht, OAS e Camargo, boa parte das receitas vem da iniciativa privada. "Junta-se a isso a possibilidade de perderem - ou reduzirem - algum contrato por causa da Lava Jato, o que poderá piorar a situação de caixa de muitas empresas. Os problemas de agora vão se resumir em falta de dinheiro lá na frente", afirma o sócio da consultoria RGF & Associados, Riccardo Gambarotto.

Na opinião dele, a capacidade de investimentos das empreiteiras ficará mais apertada. Isso sem considerar a possibilidade de alguma construtora ser considerada inidônea, o que excluiria a empresa das licitações públicas. Essa tem sido uma das principais preocupações das agências de ratings, que dão nota para os papéis das empresas.

No comunicado da agência Fitch, que rebaixou a nota da Mendes Júnior e colocou a classificação de todas as construtoras em observação negativa, ela alerta para possíveis reflexos nos demais negócios das empresas. Além da área de construção, essas companhias administram concessões de portos, aeroportos, rodovias e energia.

Para o presidente da Associação Paulista dos Empresários de Obras Públicas (Apeop), Luciano Amadio, é preciso separar os executivos das empresas. "Elas terão de devolver o que tiverem de devolver, mas têm de continuar tocando as obras", diz ele. "As investigações na Petrobras vão atingir umas dez empresas, enquanto que o problema fiscal vai afetar centenas de companhias do setor com a redução de obras." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Filiados ao PPS que não votaram com o partido nas eleições deste ano estão a “um fio” de ser expulsos. A determinação foi oficializada, neste sábado (22), durante uma reunião do diretório estadual da legenda, na Zona Sul do Recife. No total foram instaurados 53 processos de infidelidade partidária (entre diretórios municipais e parlamentares) e todos passarão por uma análise no Conselho de Ética da sigla, que se reúne na próxima segunda-feira (24) para julgar os casos.   

Dos 53 processos, 19 corresponde à atuação de vereadores do PPS de todo o estado e três são dos vice-prefeitos de Floresta, Rinaldo Novaes, São Joaquim do Monte, Alberto Santos, e de Petrolândia, Janielma Rodrigues. “É um processo que só está começando. É doloroso, temos sido procurados por vereadores, presidentes municipais e vice-prefeitos, mas estamos tratando tudo com muita firmeza”, observou a presidente estadual do PPS, Débora Albuquerque. 

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“A decisão aqui (na reunião) é pela expulsão deles. Cometeram infidelidade não votando nos candidatos do partido a deputado federal, estadual e não seguindo com o governador Paulo Câmara (PSB)”, afirmou o vereador do Recife, Raul Jungmann, que foi um dos lesados com a infidelidade dos membros do partido, já que disputou uma vaga na Câmara Federal e não conquistou o quantitativo de votos suficientes para ir a Brasília. 

Indagado se o processo é fruto de uma retaliação pessoal aos correligionários, Jungmann negou. “Não tem nada haver comigo, a gente pedia que votasse em candidatos estaduais e federais do partido. Muitas vezes você tinha a pressão local. E a gente dizia que se não desse para votar no estadual que fosse no federal e vice-versa. Não era o problema de que não votassem em mim, por exemplo, mas que votasse no estadual”, garantiu. 

De acordo com a advogada do PPS e membro do Conselho de Ética, Lirdes Oliveira, a expectativa é que todo o processo seja finalizado ainda este ano. “Vamos fazer analisar um a um para fazer o parecer e dar a sugestão da pena que deve ser realizada. Pelo que visualizamos não é possível dizer que todos serão expulsos, seria prematuro”, detalhou.  

Além dos 22 membros que podem ser expulsos, o PPS já definiu pela dissolução de 42 diretórios municipais. O quesito não necessita ser examinado pelo Conselho de Ética e foi definido hoje durante o encontro. “Os membros dos diretórios não serão reconduzidos. Esta questão não precisa ser passada pelo Conselho de Ética e optamos por já dissolver eles”, esclareceu Débora Albuquerque.  

Questionados se a legenda perdia força no estado com a perda dos parlamentares e a dissolução dos diretórios, Débora pontuou que numericamente sim, mas em qualidade não. “Se você for falar em número é claro que perde, mas só vale ter quem é nosso. Não tenho preocupação com números. Estamos tendo a coragem de reestruturar o partido, o que deveria ter acontecido já há muito tempo. Na próxima eleição não teremos este índice de trairagem, com certeza”, frisou. “Que eles sigam em paz para os partidos que ajudaram a crescer”, disparou acrescentando. 

Veja a listagem completa dos processos encaminhados ao Conselho de Ética do PPS:

1.Afogados da Ingazeira – O Diretório Municipal e a vereadora Antonieta da Caixa

2.Amaraji – O Diretório Municipal

3.Araçoiaba – O Diretório Municipal

4.Araripina – O Diretório Municipal

5.Barreiros – O Diretório Municipal

6.Belém de São Francisco – O Diretório Municipal

7.Bonito – O Diretório Municipal

8.Chã de Alegria – O Diretório Municipal

9.Casinhas – O Diretório Municipal

10. Cortês – O Diretório Municipal e os vereadores Ivo Severino da Silva e Ademir do Bento

11. Cupira – O Diretório Municipal e o vereador Fábio Lessa

12.Escada – O Diretório Municipal

13. Floresta – O Diretório Municipal e o vice-prefeito Rinaldo Sampaio Novaes

14. Gravatá – O Diretório Municipal (o vereador Junior de Obras não sofrerá punição porque seguiu a orientação partidária)

15. Ibimirim – O Diretório Municipal e o vereador Geraldo Germano

16. Ipojuca - O Diretório Municipal e o vereador Hilário

17.  Itamaracá - vereador George Baiá (O Diretório e o vice-prefeito F. Macedo não serão punidos, porque seguiram a orientação partidária)

18. Itaquitinga – O Diretório e o vereador Roque João

19. Jaboatão dos Guararapes - vereadores Adeildo da Igreja e Nado do Caminhão (O Diretório Municipal não sofrerá punição, porque seguiu a orientação partidária)

20. Lajedo – O Diretório Municipal

21. Panela - O Diretório Municipal

22. Parnamirim - O Diretório Municipal

23. Pedra - O Diretório Municipal e o vereador Benevides

24. Pesqueira - O Diretório Municipal

25. Petrolândia - O Diretório Municipal, a vice-prefeita Janielma e a vereadora Dona Santa

26. Ribeirão -  O Diretório Municipal e o vereador Itamar

27. Santa Cruz da Baixa Verde - O Diretório Municipal

28. Santa Filomena -  O Diretório Municipal e o vereador Geandro de Geni

29. São Caetano - O Diretório Municipal

30. São Joaquim do Monte - O Diretório Municipal e o vice-prefeito Dr. Abrantes

31. São José da Coroa Grande - O Diretório Municipal e os vereadores Ray e Déo do Abreu

32. Serra Talhada - O Diretório Municipal

33. Sertânia - O Diretório Municipal e o vereador Toinho Almeida

34. Sirinhaém - O Diretório Municipal

35. Surubim - O Diretório Municipal

36. Tamandaré - O Diretório Municipal

37. Timbaúba - O Diretório Municipal

38. Tracunhaém - O Diretório Municipal

39. Trindade - O Diretório Municipal e a vereadora Helbe

40. Tupanatinga - O Diretório Municipal

41. Vicência - O Diretório Municipal e o vereador José Augusto da Silva

A Copa do Mundo acabou há três semanas, mas ainda está gerando consequências para os envolvidos em casos de indisciplina. Nesta segunda-feira (4), a Fifa anunciou duas duras punições para membros de comissões técnicas de seleções do Mundial, a mais pesada endereçada ao ex-técnico da Grécia, o português Fernando Santos.

O treinador, que deixou o comando da seleção ao fim da Copa, foi suspenso por oito jogos por "conduta antidesportiva" diante da arbitragem, de acordo com o Comitê Disciplinar da Fifa. Santos foi expulso de campo ao fim da prorrogação do jogo entre Grécia e Costa Rica, pelas oitavas de final, no dia 29 de junho.

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Por já estar fora do comando da Grécia, o técnico terá que cumprir a suspensão em jogos oficiais da próxima seleção que assumir. A longa punição, assim, poderá abreviar a carreira internacional de Santos.

A Fifa também anunciou punição ao fisioterapeuta Aldo Esposito, da seleção da Itália, também por "conduta antidesportiva". O membro da delegação italiana terá que cumprir suspensão de seis jogos por ter ofendido a arbitragem no confronto com o Uruguai, no dia 24 de junho, pela fase de grupos da Copa. Na ocasião, Esposito foi expulso da área técnica.

Tanto Fernando Santos quanto Aldo Esposito também foram multados - a Fifa não divulgou o valor. As punições, consideradas duras, lembram a sanção aplicada em Luis Suárez, do Uruguai. No caso do atacante, os nove jogos de suspensão foram acrescidos de quatro meses afastado de qualquer atividade ligada ao futebol. Ele ainda tem oito jogos a serem cumpridos em partidas oficiais do Uruguai.

A Fifa lembrou ainda que há mais quatro jogadores que deverão cumprir punições nos próximos jogos oficiais de suas seleções. São eles: o camarões Alex Song (falta cumprir dois de três jogos de punição), o croata Ante Rebic (um jogo), o italiano Claudio Marchisio (um jogo) e o equatoriano Antonio Valência (um jogo).

Em 2014, considerando o balanço acumulado de janeiro a junho, 272 servidores públicos federais foram alvo de punições administrativas por terem apresentado envolvimento em diversos tipos de irregularidade, como recebimento de propina e improbidade administrativa. Isso significa que no primeiro semestre deste ano o governo federal demitiu 224 funcionários públicos federais, cassou 20 aposentadorias e destituiu outros 28 servidores de cargos em comissão.

No primeiro semestre do ano passado as punições atingiram 247 servidores. Ou seja, o primeiro semestre de 2014 apresentou um crescimento de mais de 10% no volume de "punições expulsivas aplicadas a estatutários" em relação à primeira metade de 2013. Em todo o ano de 2013, a CGU registrou 528 situações de expulsões de servidores públicos federais.

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Os dados são da Controladoria-Geral da União (CGU). O balanço considera os estatutários do Poder Executivo Federal, ou seja, submetidos ao Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Federais.

A maior parte dos servidores expulsos este ano é oriunda do Ministério da Previdência Social (MPS), com 78 casos. Em segundo lugar no ranking de expulsões ficou o Ministério da Educação, com 45 expulsões, e, em terceiro, o Ministério da Justiça, com 40. Geograficamente, a maioria das expulsões registradas no primeiro semestre de 2014 ocorreu em São Paulo (48 casos). Rio de Janeiro (47) e Distrito Federal (32) aparecem em seguida.

De janeiro a junho deste ano, os principais fatores que promoveram a aplicação das punições foram ato relacionado a corrupção (204); abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos (53); proceder de forma desidiosa (3). Desídia é o desleixo no trabalho, com problemas como pouca produção, atrasos frequentes e faltas injustificadas ao serviço.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou nesta quinta-feira a introdução do sistema de punição por pontos na Fórmula 1 a partir de 2014. Pela nova definição, pilotos que alcançarem a soma de 12 pontos vão ficar suspensos por uma etapa do campeonato.

Os pontos vão sendo acumulados ao longo do campeonato, por infrações e consequentes punições anunciadas pelos comissários das provas, e geram uma suspensão automática da Superlicença quando atingem 12. Assim que a pena é cumprida, a "carteira" do piloto é zerada novamente. A pontuação é válida apenas por um ano.

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A FIA, contudo, não especificou os critérios para atribuição de pontos às infrações cometidas pelos pilotos. Esta definição deve ficar a cargo dos comissários. O sistema de pontuação, contudo, não vai eliminar sanções como drive-through e perda de colocações no grid de largada.

Em outra definição da FIA, haverá um troféu concedido para o piloto com o maior número de pole position no campeonato a partir de 2014. Se houver empate, o número de segundo e terceiro lugares serão utilizados como critério de desempate. Caso o troféu já existisse neste ano, o alemão Sebastian Vettel seria o vencedor, com nove poles.

O Ministério Público Estadual (MPE) e a Polícia Civil devem pedir à Justiça paulista que acusados de vandalismo sejam banidos de novas manifestações. Os envolvidos em episódios violentos terão de se apresentar a autoridades policiais no horário dos protestos. É mais uma medida de endurecimento contra baderneiros. Na semana passada, o governador Geraldo Alckmin anunciara a volta do uso de bala de borracha e indiciamento por formação de quadrilha.

Recurso adotado contra integrantes de torcidas organizadas, a medida deve atingir os acusados identificados pelas investigações da força-tarefa criada pela Secretaria da Segurança Pública e pelo MPE para apurar os crimes cometidos nos protestos de rua. A escolha desse tipo de medida cautelar se deve ao fato de os crimes supostamente cometidos - dano ao patrimônio e lesão corporal - não permitirem a decretação da prisão preventiva.

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Na manifestação de terça-feira, 15, que terminou em confronto na Marginal do Pinheiros e culminou na invasão da loja de móveis Tok&Stok, porém, nenhum manifestante detido foi indiciado. Na confusão, policiais militares e mascarados entraram em conflito quando a passeata de estudantes da Universidade de São Paulo (USP) foi impedida de seguir até o Palácio dos Bandeirantes. Eles pediam eleição direta para reitor.

De acordo com a Polícia Civil, 60 manifestantes foram levados para averiguação no 14.º Distrito Policial (Pinheiros), na zona oeste da capital paulista. Entre eles estava um jovem de 17 anos. O grupo foi identificado, ouvido e liberado em seguida. Foram levados ao DP 55 ativistas por suspeita de lesão corporal e dano qualificado - cinco foram para averiguação em razão de apreensão de objetos indevidos. Embora ninguém tenha sido indiciado até as 21 horas de ontem, 16, a investigação vai continuar.

Prejuízo. Ontem, São Paulo contava suas perdas após os ataques da noite anterior. Sete agências do Itaú, Santander, HSBC, Bradesco, Caixa Econômica e Banco do Brasil foram depredadas nas Avenidas Vital Brasil e Eusébio Matoso, no Butantã, zona oeste.

Em uma concessionária de carros importados, também na Avenida Eusébio Matoso, quatro vidros da fachada e três carros foram danificados.

Segundo o gerente da loja, Juliano Guedes, é a primeira vez que a concessionária foi alvo dos manifestantes. "Acredito que tenha sido um caso isolado. Às vezes as intenções mudam no protesto, mas esse grupo (de vândalos) é um grupo isolado", afirmou Guedes, que ontem registrou queixa no 14.º DP.

Segundo a ViaQuatro, concessionária que opera a Linha 4-Amarela de metrô, um grupo de manifestantes depredou quatro viaturas e o vidro da Estação Butantã, na Rua Pirajuçara.

O comércio também sentiu o prejuízo. "Calculamos que as perdas variam em até 50% do faturamento diário dos estabelecimentos comerciais alvos da violência. Considerando que a receita corrente diária do varejo paulistano gira em torno de R$ 430 milhões, tem-se uma ideia do tamanho do prejuízo à atividade econômica na capital paulista, com manifestações criminosas", afirmou, em nota, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo. / COLABOROU MÔNICA REOLOM

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Civil do Rio anunciou que, a partir de agora, manifestantes detidos praticando atos de vandalismo serão enquadrados na Lei 12.850/2013, conhecida como Lei de Organização Criminosa. A legislação define organização criminosa como "a associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a quatro anos, ou que sejam de caráter transnacional".

A pena varia de 3 a 8 anos de prisão, "sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas". Sancionada em 2 de agosto pela presidente Dilma Rousseff, a legislação entrou em vigor 45 dias depois, ou seja, em meados de setembro. Até então, vândalos detidos em protestos eram enquadrados no crime de dano ao patrimônio e liberados, já que a pena prevista é inferior a quatro anos de prisão.

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No protesto da última segunda-feira, 07, que terminou em vandalismo no Centro do Rio, dos 18 detidos pela Polícia Militar, apenas duas pessoas foram autuadas em delegacias. Um homem de 34 anos foi flagrado na estação Central do Brasil carregando quatro televisores sem nota fiscal. Ele foi indiciado pelo crime de receptação, e foi encaminhado ao sistema penitenciário.

Uma universitária foi autuada pelo crime de desacato, por ter discutido com um policial militar que a teria chamado de "gostosa". Todos os outros conduzidos às delegacias acabaram liberados, após a autoridade policial entender que não havia prova do envolvimento dos detidos nos atos de vandalismo.

Balas proibidas

O boletim interno da Polícia Militar publicou na última segunda-feira portaria do comandante-geral da corporação, coronel Luis Castro, proibindo a utilização de balas de borracha em protestos "sob nenhum pretexto, até ulterior determinação".

A norma determina, também, que apenas o oficial comandante da força de choque em atuação nas manifestações "tenha autorização para portar munição química, bem como o armamento menos letal, ficando os integrantes das tropas de choque (praças) autorizados a portarem arma de eletrochoque (pistola `Taser') e espargidores mediante análise de sua capacidade de manuseio e de seu perfil comportamental, devendo o emprego obedecer os critérios do uso progressivo da força".

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou nesta sexta-feira uma série de mudanças que serão implementadas na Fórmula 1 a partir de 2014. As alterações foram aprovadas pelo Conselho Mundial de Esportes a Motor da entidade e incluem a volta dos testes durante a temporada e o lançamento do sistema de pontos para punições.

A principal novidade é o retorno dos testes, na esteira da polêmica envolvendo Mercedes e Pirelli. Em maio, a equipe participou de três sessões em Barcelona, a convite da fornecedora de pneus da F1. Os testes infringiram o regulamento da F1 e geraram uma advertência do Tribunal Internacional da FIA à Mercedes.

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A polêmica levantou novas discussões sobre a necessidade de realizar testes durante a temporada, o que acabou de ser aprovado pelo Conselho Mundial nesta sexta. Antes restritas à pré-temporada, as sessões serão permitidas em quatro baterias de dois dias cada, nas terças e quartas-feiras após corridas disputadas na Europa - a entidade ainda não revelou quais serão as etapas que precederão os testes.

As quatro baterias vão substituir os testes de novatos, realizados geralmente em junho/julho, e as sessões promocionais permitidas a todas as equipes - oito dias ao longo da temporada em que os pilotos podem ir para a pista fora das etapas para gerar imagens e vídeos promocionais. Os testes durante o campeonato foram suspensos em 2009 por causa da preocupação com os altos custos da categoria.

A FIA liberou ainda a realização de testes já em janeiro, e não em fevereiro, como aconteceu nos últimos anos. A antecipação vai permitir às equipes maior adaptação às mudanças que vão atingir a parte estrutural dos carros. A partir de 2014, os monopostos da F1 vão utilizar motor turbo V6.

Por causa da alteração, a FIA vai elevar em 5 kg o peso mínimo de cada carro. Outras novidades técnicas vão obrigar as equipes a pôr fim ao "degrau" no bico de cada veículo. A entidade teme que a forma atual da maior parte dos carros é pouco segura.

Além do retorno dos testes, a Fórmula 1 contará em 2014 com um novo sistema de punição. Pelas novas regras, cada infração vai gerar uma pontuação na carteira do piloto. As faltas vão gerar um, dois ou três pontos, dependendo da gravidade. E, ao acumular 12 pontos, o piloto estará automaticamente suspenso da etapa seguinte do campeonato.

A partir de 2014, a FIA será mais exigente com a duração dos motores e das caixas de câmbio. Os pilotos poderão utilizar somente cinco motores durante toda a temporada, três a menos em relação às regras da atual temporada. Se o limite for ultrapassado, haverá punição e o piloto terá que largar do pit lane.

Além disso, o câmbio dos carros terá que durar ao menos seis corridas - atualmente são cinco. A punição consistirá em perda de dez posições no grid de largada. Entre outras mudanças, os veículos poderão contar com no máximo 100 kg de combustível em cada corrida. E o limite de velocidade no pit Lane foi padronizado em 80 km/h tanto nos treinos livres, quando no classificatório (hoje nas sessões livres o piloto não pode passar de 60 km/h, enquanto na classificação o limite é de 100 km/h).

Após quase quatro meses de julgamento e 49 sessões, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) consideraram culpados 25 dos 37 réus do processo do mensalão, aplicando a eles pesadas punições que, somadas, atingem 282 anos de prisão e o pagamento de multa de, pelo menos, R$ 22,7 milhões.

Dos condenados, 13 começam a cumprir a pena em regime fechado, 10, no semiaberto e em apenas dois casos as sanções aplicadas foram convertidas em penas alternativas. O colegiado consumiu 10 sessões para fixar as penas, mas, ainda assim, ministros já anunciaram que devem reajustar suas decisões sobre as punições.

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O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, o operador do mensalão, recebeu a maior pena de prisão entre os réus da ação: 40 anos, 4 meses e 6 dias. Marcos Valério e seu ex-sócio nas agências de publicidade Ramon Hollerbach foram os recordistas em condenações no julgamento, oito vezes, pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Valério e Hollerbach também bateram outra marca: terão de arcar, cada um, com as maiores multas pelos crimes cometidos, R$ 2,78 milhões.

Dirceu

Principal réu do processo, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu recebeu pena de 10 anos e 10 meses de prisão por ter comandado, de dentro do Palácio do Planalto, o esquema de compra de apoio político da Câmara dos Deputados nos dois primeiros anos do governo Lula. Dirceu terá de cumprir inicialmente a pena em regime fechado.

Além de Valério e Hollerbach, os ministros aplicaram penas maiores do que as de Dirceu a outros cinco réus: Cristiano Paz, outro sócio do publicitário; Simone Vasconcelos, ex-diretora de uma das agências publicidade do grupo; os ex-dirigentes do Banco Rural Kátia Rabello e José Roberto Salgado; e o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato.

Também foram condenados a regime fechado o deputado federal e ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP), o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-presidente do PP Pedro Corrêa (PE), o ex-advogado de Valério Rogério Tolentino e o ex-diretor do Banco Rural Vinícius Samarane.

João Paulo Cunha é o único entre os três atuais deputados federais que foi condenado a regime fechado. Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT) receberam penas inferiores a oito anos de prisão e poderão se beneficiar do regime semiaberto, em que o condenado pode passar o dia fora da cadeia, mas tem de retornar à noite.

O ex-presidente do PT José Genoino, com seis anos e 11 meses de prisão, e o presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson, com sete anos e 14 dias, são outros condenados que poderão se beneficiar desse regime de cumprimento de pena. Ao todo, 10 pessoas foram consideradas culpadas no processo e terão direito ao semiaberto.

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