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Até as 18h45 (horário de Brasília) deste domingo, o nível de abstenção no plebiscito do Pará é de quase 1/3, conforme informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Quem não compareceu à votação terá 60 dias após a realização da consulta popular para apresentar uma justificativa à Justiça Eleitoral. Até agora, 40% dos votos foram apurados, sendo que 69% se declararam contra a criação de Tapajós e 69,5% contra Carajás.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Ricardo Lewandowski, acredita que o resultado do plebiscito deve sair já neste Domingo. Ainda conforme Lewandowski, todas as urnas eletrônicas funcionaram sem incidentes, o que vai agilizar a contagem dos votos. Com isso, segundo ele, o custo do plebiscito foi reduzido de R$ 25 milhões para R$ 19 milhões.

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A expectativa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PA) é divulgar o resultado irreversível por volta das 21h e o restante no decorrer da noite. O trabalho de apuração poderá se estender até a meia-noite.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, afirmou que o resultado do plebiscito no Pará deve ser conhecido ainda hoje, algumas horas depois do fechamento das urnas, às 17 horas locais (18 horas de Brasília). Lewandowski está em Belém para acompanhar a votação sobre a divisão do Estado e a criação de outras duas unidades federativas, Tapajós e Carajás. De acordo com o site do TSE, o ministro afirmou à imprensa que não havia ocorrências até o fim da manhã e que a votação ocorre normalmente.

Na entrevista concedida no Colégio Estadual Paes de Carvalho, na capital paraense, Lewandowski chegou a classificar o plebiscito de "histórico". "O plebiscito é um momento histórico e prova que a democracia brasileira está amadurecida e consolidada", disse o ministro, conforme publicou o TSE em sua página na internet.

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Ao todo, 4.842.286 eleitores paraenses devem ir às urnas até o fim da tarde de hoje para responder a duas perguntas: "Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado de Tapajós?" e "Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado de Carajás?" O resultado do plebiscito será encaminhado pela Justiça Eleitoral ao Congresso, que então vai deliberar sobre a criação dos Estados. Caso a maioria dos paraenses opte pela manutenção do Estado único, o processo será encerrado.

Ás vésperas do plebiscito sobre a divisão do Pará em três Estados, manifestantes favoráveis à criação do Estado de Tapajós bloquearam ontem o Rio Amazonas com dezenas de canoas, em frente ao porto de Santarém, impedindo o tráfego de navios carregados de bauxita.

Enfeitadas com bandeiras do movimento pró-Tapajós, as canoas com motor de popa - chamadas de "bajaras" na região - tentaram impedir a passagem de navios carregados de bauxita oriundos de Oriximiná, cidade localizada cerca de 200 quilômetros rio acima.

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O município é sede da empresa Mineração Rio Norte. Segundo a assessoria de imprensa da frente pró-Tapajós, um navio conseguiu furar o bloqueio, mas outro ficou retido. A Capitania dos Portos em Santarém se mobilizou para evitar eventuais choques de embarcações durante o protesto.

Segundo os separatistas, o bloqueio da bauxita - minério utilizado na fabricação de alumínio - é uma forma de atacar simbolicamente o modelo econômico de exploração da região. Para os defensores de Tapajós, as riquezas provenientes da mineração não trazem benefícios para a população, a quem consideram "abandonada" pelo governo paraense.

A causa separatista conquistou a imensa maioria da população de Santarém e dos municípios vizinhos, e também a de Marabá e arredores, onde ficará sediado o Estado de Carajás, caso a divisão seja aprovada no plebiscito de amanhã.

Mas a possibilidade de isso acontecer é remota: pesquisas indicam que o "não" à separação é majoritário em Belém e nas grandes cidades da região metropolitana, onde se concentra a maioria do eleitorado.

Divisão

Pesquisa Datafolha divulgada ontem pela TV Liberal indica que é praticamente impossível a vitória dos separatistas no plebiscito de amanhã. Quase dois terços dos eleitores do Pará são contra a divisão do Estado.

Os resultados são semelhantes em relação à formação dos Estados de Tapajós, no oeste, e de Carajás, no Sul. Segundo a pesquisa, 64% rejeitam a criação de Tapajós e 32% são a favor da proposta. Em relação a Carajás, 65% são contrários e 31% favoráveis à criação do novo Estado.

Os números indicam que fracassou a campanha de televisão, comandada pelo marqueteiro Duda Mendonça, destinada principalmente a convencer os eleitores da região metropolitana de Belém de que a divisão seria "boa para todos", como dizia um dos slogans dos separatistas.

Na reta final da campanha, Duda centrou a estratégia em críticas ao governador Simão Jatene (PSDB). Ao personalizar nele a campanha do "não", o marqueteiro esperava ampliar a simpatia pelo "sim" na capital e arredores. O tucano chegou a ganhar direito de resposta na propaganda dos separatistas por causa das críticas.

O Datafolha ouviu 1.213 pessoas em 53 municípios do Pará entre os dias 6 e 8 deste mês. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número 52.641/2011. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As campanhas a favor da criação de Carajás e Tapajós movimentam muito mais dinheiro do que as contrárias à formação dos Estados. Em 11 de dezembro os eleitores do Pará serão consultados num plebiscito sobre o desmembramento do Estado. Dados divulgados hoje pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informam que a Frente Plebiscitária a Favor da Criação do Estado de Carajás registrou até agora R$ 946,4 mil de receita e R$ 735 mil de despesa.

A frente favorável à formação do Estado de Tapajós contabilizou receita de R$ 376,3 mil e gastos de R$ 370,2 mil. Já a frente contra a criação de Carajás conseguiu R$ 202,8 mil de receita e gastou R$ 157,3 mil. A frente contra a formação de Tapajós informou ter arrecadado R$ 39,2 mil e ter gasto R$ 26,5 mil. Os valores são muito pequenos perto do que é gasto em outras votações, como uma eleição presidencial. No ano passado, por exemplo, os gastos das campanhas da presidente Dilma Rousseff e do ex-governador José Serra ultrapassaram os R$ 100 milhões.

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A contabilidade final da campanha do plebiscito será conhecida apenas em 10 de janeiro, quando encerra o prazo para a prestação de contas à Justiça Eleitoral sobre a consulta que tem dividido opiniões.

Os contrários ao desmembramento do Pará e a consequente criação de outros dois Estados costumam alegar que a inovação trará aumento nos gastos já que órgãos e empregos públicos terão de ser criados. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicou que o custo anual com os dois novos Estados seria de cerca de R$ 2 bilhões. Mas os favoráveis alegam que o Estado do Pará é muito grande territorialmente e que a formação de Carajás e Tapajós levará desenvolvimento para locais distantes da capital, Belém.

Todos os eleitores paraenses estão convocados para votar no plebiscito. Eles terão de responder a duas perguntas: 1) Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Carajás? 2) Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Tapajós?.

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