Tópicos | outubro 2014

As importações de combustíveis e lubrificantes tiveram queda de 36,2% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo o ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a retração ocorreu pela queda dos preços e das quantidades embarcadas de óleos combustíveis, nafta, petróleo, gás natural e carvão.

No segmento de bens de consumo, queda foi 14% no mês passado, puxada por automóveis de passageiros, móveis, máquinas e aparelhos de uso doméstico e objetos de adorno.

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As importações de bens de capital caíram 12% e as de matérias-primas e intermediários tiveram recuo de 9,3%.

As compras brasileiras da União Europeia diminuíram 17,8% e as provenientes do Mercosul tiveram retração de 12,7%. Os produtos vindos da Argentina tiveram queda de 15,5%. As importações brasileiras dos Estados Unidos apresentaram uma redução de 10,1% e da Ásia, 8,6%.

O avanço da inflação de alimentos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de outubro é preocupante, pois o grupo deve seguir acelerando nos próximos meses, avaliou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o economista Marcel Caparoz, da RC Consultores.

"A inflação permanece pressionada, o que reforça os sinais de preocupação. A tendência é que nos próximos meses a taxa venha até mais forte, com risco de o IPCA ficar acima de 6,50%", disse, completando que, por enquanto aguarda inflação de 6,45% para o dado fechado deste ano.

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O economista ressaltou que a variação de 0,48% apurada no IPCA-15 de outubro é a mesma registrada em igual mês do ano passado, quando o índice acumulado ficou em 5,75% em 12 meses. Já o acumulado em 12 meses até outubro de 2014, como informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 6,62%. "Está no limite de romper o teto", reforçou.

A despeito do comportamento ainda benigno de alguns itens alimentícios, Caparoz ponderou que esses produtos têm um peso menor no indicador, enquanto as carnes, que avançaram 2,38%, acabam por influenciar mais a inflação. "Batata e ovo, por exemplo, estão caindo, mas quase tudo está subindo. De maneira geral, o forte retorno da inflação de alimentos para o campo das altas, após um tempo no negativo, preocupa", disse.

Além da cautela em relação à inflação de alimentos, o setor de Serviços segue resistente e gerando pressão inflacionária, disse o economista. Segundo ele, o grupo Serviços continua rodando na faixa de 8% e não dá nenhuma indicação de que irá convergir para a meta, de 4,50%. "Com a economia mais fraca e o emprego crescendo menos, a expectativa é que leve a uma demanda menor por serviços. Os sinais são de menor pressão de Serviços", avaliou.

Já os preços livres, disse Caparoz, podem desacelerar, na contramão dos administrados, que estão voltando com força. "Os monitorados chegaram a acumular 0,9% em 12 meses no ano passado, influenciados pela redução da energia elétrica, do reajuste.

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) acelerou em cinco dos nove grupos investigados na passagem de setembro para outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além dos grupos Alimentação e Bebidas (de 0,28% em setembro para 0,69% em outubro) e Habitação (de 0,72% para 0,80%), também houve elevação nas variações de Vestuário (de 0,17% para 0,70%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,30% para 0,37%) e Despesas Pessoais (de 0,31% para 0,40%).

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Em Artigos de Residência, os preços aumentaram menos (de 0,43% em setembro para 0,13% em outubro), assim como em Transportes (de 0,45% para 0,25%) e em Educação (de 0,20% para 0,08%). O grupo Comunicação registrou 0,56% em setembro e zero em outubro.

No grupo Transportes, houve influência das passagens aéreas, que ficaram 1,40% mais baratas neste mês, depois de terem subido 17,58% em setembro.

As despesas das famílias com empregado doméstico aumentaram 0,73% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BGE). Após três meses de resultados estimados, devido à falta de informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), prejudicada pela greve de servidores no instituto, os economistas da Coordenação de Índices de Preços puderam enfim fazer o ajuste com os valores de fato apurados.

As informações de rendimentos da PME para as regiões metropolitanas de Porto Alegre e Salvador estiveram indisponíveis por três meses, o que levou a uma adaptação da metodologia de cálculo do IPCA e IPCA-15 nos índices de julho, agosto e setembro.

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Segundo o instituto, diante das informações divulgadas sobre os rendimentos nessas duas regiões, os cálculos do item empregado doméstico realizados nos meses anteriores "foram, excepcionalmente, refeitos através da metodologia normalmente adotada".

Para obter o resultado mensal, foi calculada a variação acumulada pelo item de julho a outubro em cada uma das regiões, para em seguida serem descontados os valores acumulados na estimativa feita anteriormente nos meses de julho a setembro. No IPCA-15 de outubro, o item empregado doméstico teve alta de 1,25% em Porto Alegre e queda de 4,15% em Salvador.

O mesmo cálculo foi aplicado ao item mão de obra para pequenos reparos, do grupo Habitação. O resultado de outubro situou-se em 0,14% em Porto Alegre e 0,66% em Salvador.

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