Tópicos | Oscar Pistorius

Um homem que vive ao lado da casa onde Oscar Pistorius feriu fatalmente sua namorada depôs nesta terça-feira no julgamento do atleta paralímpico pelo assassinato de Reeva Steenkamp e disse ter ouvido um homem gritando por ajuda e que chamou a segurança do complexo habitacional para ajudar.

Michael Nhlengethwa foi a testemunha convocada pela equipe de defesa do competidor olímpico, que assegura que ele matou Reeva por engano ao confundi-la com um intruso que teria entrada em sua casa em 14 de fevereiro de 2013. A promotoria diz que Pistorius matou intencionalmente a sua namorada após uma discussão acalorada. O atleta paraolímpico deu quatro tiros através da porta fechada do banheiro com sua pistola de calibre 9 milímetros, ferindo a modelo no quadril, no braço e na cabeça.

##RECOMENDA##

Nhlengethwa, que morava ao lado de Pistorius, disse que sua esposa acordou depois de ouvir um tiro e que ele não escutou os disparos. Ele acrescentou que, em seguida, ouviu um homem chorar e, depois, pedir ajuda aos gritos. Nhlengethwa afirmou que não conseguiu entender o que o homem estava dizendo, mas distinguiu as palavras "Não, por favor, não".

A janela do quarto do vizinho está a cerca de 25 metros da porta da varanda da residência de Pistorius, mais perto do que casas de vizinhos que foram chamados a prestar depoimento pela defesa, que argumentaram terem ouvido uma mulher gritar na madrugada do assassinato.

A defesa se esforçou para apresentar Nhlengethwa como uma testemunha confiável sobre o que aconteceu naquela noite por causa da sua proximidade da propriedade de Pistorius. Um vizinho que disse ter ouvido "gritos aterradores" naquela madrugada vive a cerca de 170 metros de distância da casa de Pistorius.

Nhlengethwa afirmou que chamou os vigilantes do complexo habitacional. A testemunha, que disse dirigir uma empresa de engenharia local, descreveu como Pistorius foi o primeiro vizinho que lhe deu as boas-vindas quando se mudou para o complexo no final de 2009.

"Era basicamente um vizinho amistoso", disse Nhlengethwa. Ele também acrescentou que conheceu Reeva no fim de semana antes da sua morte, e que se surpreendeu com a sua recepção calorosa. "Eu acho que nunca vou esquecer aquele momento", disse. "Ela simplesmente abriu os braços e me abraçou".

Oscar Pistorius foi acusado nesta sexta-feira por um promotor de ter atirado em sua namorada através da porta do banheiro da sua residência enquanto o casal conversava e discutia nas primeiras horas do dia 14 de fevereiro de 2013. Assim, com essa afirmação, se encerrou a primeira semana do depoimento do atleta paralímpico no seu julgamento pelo assassinato da modelo Reeva Steenkamp.

Pistorius negou a acusação feita pelo promotor Gerre Nel, que nesta sexta-feira apresentou a sua versão dos fatos que aconteceram nos momentos que antecederam o assassinato da namorada do atleta paralímpico, que disparou com uma pistola de 9 milímetros através da porta do banheiro.

##RECOMENDA##

"Ela estava de pé atrás da porta do banheiro, falando com você, quando você atirou nela", disse Nel para Pistorius, apontando que uma discussão entre o casal era a única "explicação razoável" para que Reeva estivesse de pé atrás da porta do banheiro e de frente para ele. "Isso não é verdade", respondeu o acusado.

Pistorius diz que ele gritou para o que ele pensava ser um intruso em sua casa e também com Reeva para ela chamar a polícia. Nel disse que, se fosse esse o caso, ela

não teria se levantado contra a porta, mas recuado. E ela teria respondido a Pistorius, disse o procurador-chefe. "Eu não acho que alguém poderia dizer onde ela teria ficado", respondeu Pistorius.

O atleta paralímpico é acusado de premeditar o assassinato a tiros de Reeva. Ele afirma que atirou no modelo por engano, pensando que ela era um intruso prestes a sair do banheiro e atacá-lo. Nesta sexta-feira, Nel levou Pistorius a apresentar a sua própria versão dos momentos que antecederam a morte de Reeva para questioná-la.

Então, Pistorius disse que ouviu um barulho no banheiro e seguiu até ele, gritando para sua namorada, que acreditava estar em outro cômodo, pedindo para chamar a polícia. Ao se aproximar do banheiro, então, diz o atleta paralímpico, ele ouviu novos barulhos, que indicavam uma pessoa prestes a sair do local e atacá-lo. Assim, ele decidiu atirar.

Em cada passo descrito, Nel argumentou que a versão era improvável, questionando por que Pistorius não tentou verificar onde Reeva estava, para ter certeza que ela estava bem. "Se você falou com Reeva, vocês dois poderiam ter tomado vários outros passos", disse Nel. Pistorius afirmou que pensava que a ameaça poderia atacar a qualquer momento. "Não houve tempo", insistiu.

"Você sabia que Reeva estava atrás da porta e atirou nela, sabendo que ela

estava por trás daquela porta" disse Nel. "Isso não é verdade, minha senhora", disse Pistorius, se dirigindo para a juíza Thokozile Masipa.

O campeão paralímpico sul-africano Oscar Pistorius, com a voz trêmula de emoção, chorou nesta terça-feira no tribunal ao relatar o assassinato de sua namorada, Reeva Steenkamp, com quatro tiros, por engano, segundo ele, em 14 de fevereiro de 2013.

No início da audiência, o atleta falou sobre o relacionamento com sua vítima, ressaltando "os projetos para o futuro".

##RECOMENDA##

"Reeva e eu havíamos começado a falar do futuro. Planejávamos realmente o futuro juntos, afirmou o atleta no segundo dia de seu depoimento.

Acordado na madrugada do dia 14 pelo "calor extremo", ele disse ter ficado em pânico ao ouvir a janela e a porta do banheiro se fecharem.

"Acredito que foi neste momento que tudo mudou", acrescentou, sob a orientação de seu advogado.

"Isso me fez congelar", prosseguiu. "Não há porta entre o meu banheiro e o meu quarto (...) apenas um corredor. A primeira coisa em que pensei é que eu precisava me armar e proteger Reeva".

Imaginando o pior, ele pegou sua arma sob sua cama falou para a sua namorada, que ele acreditava estar deitada, que chamasse a polícia, gritou para que o suposto intruso saísse, e seguiu pelo corredor que leva ao banheiro, com arma em punho, aterrorizado pelo agressor fantasma que poderia aparecer a qualquer momento.

Ele se perguntou "se havia alguém no banheiro, ou na escada de emergência que ele poderia ter usado para entrar", verificou o box de banho e constatou que não tinha ninguém ali".

"Eu não sabia para onde apontar minha arma (...) escutei um barulho vindo do banheiro e antes mesmo de me dar conta, atirei quatro vezes", relatou.

De volta ao quarto e ao não encontrar sua namorada na cama, ele então pediu ajuda e arrombou a porta do banheiro com um taco de cricket, que ele já havia posicionado por segurança antes de ir dormir.

"Eu olhei para ela, e...", disse Pistorius sufocado em soluços. "Não sei quanto tempo fiquei ali", articulou antes de declarar: "Ela não estava respirando", e de desmoronar, abalado por soluços.

O juiz, então, suspendeu a audiência para quarta-feira.

Na parte da manhã, Oscar Pistorius havia descrito como amava Reeva.

Pistorius e Steenkamp se conheciam há menos de quatro meses no momento do assassinato. Eles foram apresentados em 4 de novembro de 2012 por um amigo, o proprietário de uma concessionária de carros de luxo.

"Nos seis primeiros dias depois que nos conhecemos, ligávamos um para o outro todos os dias", disse o atleta, antes de afirmar que ambos saíam de relações anteriores "difíceis".

"Estava muito entusiasmado com Reeva. Acredito que eu estava mais interessado nela do que ela estava interessada em mim", afirmou Pistorius, que não conseguiu esconder o tremor nas mãos durante o depoimento.

Desde segunda-feira, orientado pelas perguntas de seu advogado, Oscar Pistorius se esforça para passar a imagem de um jovem sensível, bom cidadão, cristão, o oposto do garoto ciumento e nervoso retratado pelos depoimentos da acusação.

A acusação sustenta que ele atirou contra Reeva propositalmente após uma briga. Em uma mensagem, a namorada havia criticado o ciúmes do atleta, afirmando que "as vezes, você me dá medo".

A namorada de Oscar Pistorius afirmou ao atleta que, às vezes, tinha medo dele, segundo uma mensagem de texto que escreveu três semanas antes de morrer.

"Às vezes tenho medo de você, do mal de que você fala e de como reage comigo", escreveu Reeva Steenkamp no e-mail, apresentado por um especialistas ante o tribunal em que o caso é julgado na África do Sul.

##RECOMENDA##

Pistorius, que está sendo julgado pelo assassinato depois de matar Steenkamp, se declarou inocente e afirmou que a matou achando que tinha disparado contr aum ladrão que invadiu sua casa.

Ele também foi acusado de infrações à lei sobre o porte de armas e, da mesma maneira, alega inocência.

O julgamento começou em 3 de março em Pretória, mas sofreu atrasos por vários incidentes e problemas de tradução.

Iniciado no dia 3 de março, o julgamento de Oscar Pistorius pelo assassinato da modelo Reeva Steenkamp, ocorrido em fevereiro de 2013, está longe de acabar. Neste domingo (23), o Tribunal Superior da província de Gauteng, em Pretória, comunicou que avaliação passará por um recesso de uma semana na primeira quinzena de abril e depois vai continuar até meados do mês de maio.

A pausa no julgamento de Pistorius será a partir de 7 de abril, com a retomada do julgamento sendo no dia 14 do mesmo mês. E o encerramento está previsto para 16 de maio, segundo as autoridades do Superior Tribunal da província de Gauteng. "Todas as partes" envolvidas no julgamento concordaram com o prazo ao serem consultados pelo juiz presidente Dunstan Mlambo, acrescentou o tribunal.

##RECOMENDA##

Pistorius é acusado de premeditar o assassinato de Reeva, ocorrido no dia 14 de fevereiro de 2013. O atleta paralímpico alega que atirou na sua namorada por engano, pois considerava se tratar de um intruso que havia invadido a sua residência.

O julgamento de Pistorius por assassinato foi inicialmente planejado para ser realizado entre os dias 3 e 20 de março, mas a promotoria ainda está apresentando provas e deve continuar fazendo isso até o meio da próxima semana. Em seguida, a defesa do atleta paralímpico chamará testemunhas.

A avaliação do caso foi paralisada na última quarta-feira e será retomada nesta segunda-feira. Se for considerado culpado, Pistorius poderá até mesmo ser condenado à prisão perpétua.

Oscar Pistorius havia encomendado de um revendedor seis armas de fogo antes de matar a namorada, uma quantidade superior à autorizada pela lei sul-africana, indicou esta segunda-feira (17) uma das testemunhas no julgamento do atleta.

Sean Rens, que venderia estas armas ao atleta, também confirmou que Pistorius conhecia as leis relacionadas às armas, e que certa vez desembainhou uma arma de fogo porque pensou, ao ouvir o ruído da máquina de lavar, que havia um intruso em sua casa.

Segundo Rens, entre as seis armas havia um revolver Smith & Wesson 500, descrito por seu fabricante como o mais potente do mundo. Também havia três pistolas, outro revolver e um fuzil.

"A transação foi cancelada um mês depois dos acontecimentos", disse Rens. As leis sul-africanas proíbem os não colecionadores de ter mais de quatro armas de fogo.

Além de ser acusado da morte de sua namorada, Reeva Steenkamp, em 2013, Pistorius é acusado de possuir armas ilegalmente.

Os oficiais enviados à casa de Oscar Pistorius para investigar a morte de sua namorada, Reeva Steenkamp, no dia de São Valentim de 2013 manipularam sem luvas a arma do crime, confessou nesta sexta-feira um policial.

"O especialista em balística manipulava a arma sem luvas. Já havia retirado o tambor", declarou Giliam van Rensburg, um funcionário que abandonou a polícia no fim de 2013.

##RECOMENDA##

"Eu perguntei a ele: 'O que você está fazendo?', e ele respondeu 'Sinto muito', colocou a arma em seu lugar e então tirou as luvas do bolso", acrescentou.

Além disso, Van Rensburg, que dirigia na época uma delegacia próxima ao local do crime, lamentou o desaparecimento de um relógio do atleta avaliado em 7.000 euros.

"Como pode ter desaparecido?", afirmou o ex-policial a sua equipe na época.

O ex-policial também explicou que mandou transferir ao seu gabinete a porta do banheiro através da qual Pistorius atirou quatro vezes contra Reeva Steenkamp, para guardá-la em um local seguro.

Durante a transferência em sacos mortuários, os fragmentos instáveis da porta se moviam, indicou Van Rensburg, acrescentando que o lacre da porta havia sido rompido dez dias depois, quando a defesa quis examiná-la.

O policial considerou surpreendentes as diferenças nas versões policiais.

A ação dos investigadores já foi colocada em questão no ano passado durante as audiências prévias à libertação sob fiança de Pistorius.

O chefe dos inspetores, Hilton Botha, havia admitido, antes de ser afastado da investigação, que os investigadores caminharam na cena do crime sem tomar as medidas de proteção adequadas.

A defesa acusou nesta sexta-feira Van Rensburg de construir seu testemunho para evitar a declaração de Botha, que poderia ser prejudicial para a acusação.

A juíza Thokozile Masipa é a encarregada de avaliar se a falta de cuidado da polícia é tão importante para levar em conta ou não as provas apresentadas.

Esta sexta-feira marca o décimo dia do processo de Pistorius, acusado do assassinato de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, de 29 anos. Espera-se que o julgamento, realizado em Pretória, se prolongue para além de 20 de março, como estava previsto inicialmente.

Fotografias de um Oscar Pistorius ensanguentado, tiradas pela polícia logo depois de o corredor sul-africano ter matado a namorada a tiros, em 14 de fevereiro do ano passado, foram exibidas nesta sexta-feira (14) em mais um dia de julgamento do astro paralímpico, em Pretória, na África do Sul.

Os promotores do caso envolvendo o velocista, acusado de assassinato premeditado de Reeve Steenkamp, mostraram duas fotos do atleta nestas condições por meio de monitores de TV colocados no tribunal onde ele está sendo julgado. Em uma delas, o corredor biamputado é visto sem camisa, de frente para câmera, usando próteses no lugar das pernas, e é possível perceber manchas de sangue em suas canelas e no calção que vestia, mas não há vestígios de sangue no seu peito.

Já na outra foto trazida a público pelos promotores, Pistorius é retratado da cintura para cima, mas mesmo assim é possível ver sangue no calção e em partes do seu corpo, no qual nas costas aparece uma tatuagem.

As fotos foram tiradas por um policial na casa de Pistorius, em Pretória, onde ele matou a namorada a tiros ao disparar contra a porta do banheiro da suíte do casal, nas primeiras horas do dia 14 de fevereiro de 2013.

Em liberdade condicional após pagar fiança no ano passado, o astro paralímpico alega que atirou em Reeva por engano, ao confundi-la com um ladrão, que ele acreditava estar presente em sua residência naquele momento. A promotoria, porém, o acusa de ter matado a namorada de forma intencional, após forte discussão entre os dois.

O ex-coronel G.S. van Rensburg descreveu a parte inicial da investigação policial, depois de ter chegado ao local do crime entre 30 a 40 minutos após Pistorius ter efetuado os quatro tiros que provocaram a morte de Reeva, segundo relataram os promotores do caso.

Ex-chefe da delegacia que fica próxima à casa de Pistorius em Pretória, Van Rensburg afirmou que não prendeu o esportista de imediato depois que constatou a morte de Reeva a tiros, mas disse ter advertido o corredor a permanecer no local. "Eu lhe disse que o considerava suspeito nesta etapa (das investigações)", afirmou.

Na última quinta-feira, o advogado de Pistorius, Barry Roux, apresentou durante o julgamento do atleta uma imagem de próteses ensanguentadas do corredor para demonstrar que o velocista sul-africano supostamente usava as mesmas no momento em que disparou contra a porta do banheiro onde estava Reeva. A defesa, que tenta sustentar a versão de que o atleta confundiu a modelo com um suposto invasor, alega que ele fazia uso das próteses quando golpeou a porta com o bastão de críquete para chegar onde estava a sua namorada, ferida pelos tiros.

Johannes Vermeulen, especialista da polícia forense, porém, contestou a versão de Pistorius ao participar da recriação da cena do crime na sala do tribunal, na última quarta-feira, quando o coronel chegou a se ajoelhar para demonstrar que o atleta teria atingido a porta com o taco de críquete quando estava de joelhos, sem as próteses nas duas pernas.

A conclusão de que Pistorius usava ou não próteses é importante porque, caso fique comprovado que ele mentiu ao dizer que as utilizava, cairá por terra parte do seu argumento de que atirou na modelo de forma acidental, expondo assim as inconsistências de sua versão.

Acusado de assassinato premeditado, Pistorius viveu o ápice de sua carreira em 2012, quando participou dos Jogos de Londres, se tornando o primeiro competidor paralímpico a disputar uma edição da Olimpíada. Além disso, o sul-africano conquistou oito medalhas em Jogos Paralímpicos, sendo seis delas de ouro.

O atleta sul-africano Oscar Pistorius voltou a vomitar nesta quinta-feira, no nono dia do julgamento pela morte de sua namorada, no momento em que o tribunal examinava as fotos da sangrenta cena do crime.

O tribunal exibiu as 119 fotos no telão instalado no tribunal e Pistorius, que evitou olhar, acabou vomitando ao, sem querer, ver o corpo sem vida de sua namorada, Reeva Steenkamp.

##RECOMENDA##

Oscar Pistorius, de 27 anos, já havia vomitado durante a audiência de segunda-feira, ao ouvir o médico forense descrever a necropsia da vítima.

Reeva foi baleada na parte de cima da cabeça, do lado direito, no cotovelo direito e no quadril direito. Ela também foi atingida na palma da mão esquerda, e sofreu lesões por causa de fragmentos de balas.

O assassinato aconteceu na madrugada de 14 de fevereiro de 2013. O atleta afirma que a matou por engano, pois a confundiu com um ladrão.

A porta do banheiro através da qual Oscar Pistorius atirou quando matou sua namorada, Reeva Steenkamp, no dia 14 de fevereiro do ano passado foi examinada nesta quarta-feira por um especialista ante o tribunal que julga o atleta paralímpico sul-africano por suposto assassinato.

O atleta, amputado das duas pernas, mas que utiliza próteses, afirmou no ano passado que na noite do incidente disparou contra a porta do banheiro de seu quarto pensando que havia um ladrão no local, e não sua namorada.

##RECOMENDA##

Logo depois dos tiros, disse ter colocado as próteses e forçado a porta com um bastão de críquete para socorrer a vítima.

Em sua declaração, o coronel Gerhard Vermeulen, um especialista da polícia científica sul-africana, formulou uma hipótese que contradiz a declaração do atleta.

O perito explicou que na porta há duas marcas que constituem "a prova irrefutável de que foi utilizado um bastão de críquete para derrubá-la".

Depois verificou a altura das marcas e a posição que Pistorius deveria estar para tentar abrir a porta, forçando-a primeiro e depois utilizando o bastão para fazê-la ceder.

"O bastão atravessou a porta, e em sua ponta há marcas que correspondem ao que ocorreu. De alguma forma, a pessoa girou o bastão para forçar a porta", declarou o especialista, mostrando o bastão de críquete utilizado na noite do crime.

O especialista explicou que, se Pistorius tivesse atingido a porta utilizando as próteses, teria sido muito incômodo. Ele se ajoelhou para ilustrar a posição mais provável adotada pelo atleta para abrir a porta.

"A marca corresponde, com toda lógica, ao fato de não ter colocado suas próteses", acrescentou o especialista, que tem 30 anos de experiência.

Pistorius alega que, depois de ter baleado Reeva por engano, tentou abrir a porta do banheiro com um bastão para salvá-la.

Já a promotoria ressalta que o atleta inicialmente atingiu a porta com o bastão para tentar alcançar Reeva, e, diante do fracasso, atirou contra a porta.

Vermeulen não forneceu detalhes sobre a sequência.

Esta quarta-feira é o oitavo dia do processo de Pistorius, acusado do assassinato de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, de 29 anos. O julgamento, realizado em Pretória, deve prosseguir até 20 de março.

O principal advogado de defesa de Oscar Pistorius no seu julgamento pelo assassinato da modelo Reeva Steenkamp questionou nesta quarta-feira e tentou minar os depoimentos de algumas das testemunhas apresentadas pela acusação, que disseram ter ouvido gritos e os tiros na noite de que o atleta paralímpico matou a sua namorada. O advogado Barry Roux disse que as semelhanças nos relatos dos fatos indicam que eles fizeram suas versões coincidirem em detrimento da verdade.

Um dos vizinho de Pistorius que participa do julgamento, Charl Johnson retomou seu depoimento nesta quarta-feira após, no dia anterior, dizer no tribunal que escutou os gritos e disparos na madrugada do dia 14 de fevereiro de 2013, quando o atleta paralímpico matou Reeva. Sua esposa, Michelle Burger, havia feito uma declaração semelhante e chegou a chorar quando se lembrou do que ela classificou como gritos de terror de uma mulher.

##RECOMENDA##

Advogado de defesa, Roux disse que há diferenças entre o que disseram à polícia logo após a morte de Reeva e o depoimento deles no tribunal. Roux também insinuou que o que eles dizem no tribunal pode estar contaminado porque eles teriam treinado o que iam dizer. "Eles podem ter ficado juntos no local das testemunhas", disse Roux. "O que lhes parece isso?".

O comentário levou Roux a ser chamado a atenção pelo juiz Thokozile Masipale - ele disse que o advogado foi longe demais. Roux também afirmou que as partes cruciais do depoimento do casal não estavam nos comentários iniciais que fizeram para a polícia, incluindo aqueles em que relatam o aumento da intensidade e da ansiedade nos gritos de uma mulher - Reeva - e como eles desapareceram após o barulho dos tiros.

Johnson disse que talvez ele e sua esposa foram mais expressivos ao dar o testemunho ao tribunal do que no relato apresentado à polícia. "Eu acho que isso pode ser devido à forma como se conta a história verbalmente", disse. "É muito mais emocional (o depoimento), enquanto a declaração é mais factual".

No início da audiência desta quarta-feira, o promotor Gerrie Nel disse que no dia anterior foi lido no tribunal o número do telefone de Johnson. Este revelou que desde

então, ele tem recebido inúmeras ligações e mensagens de desconhecidos. Entre elas, algumas questionam o seu depoimento e defendem Pistorius.

O atleta paralímpico admite ter matado Reeva, mas disse que cometeu um terrível engano ao pensar que se tratava de um ladrão na sua casa. Os promotores acreditam que o atleta de renome mundial atirou em sua namorada depois de uma briga e depois tentou montar uma farsa para esconder que teve uma acalorada discussão antes dos disparos fatais.

O sul-africano de 27 anos, ganhou notoriedade ao ser o primeiro competidor paralímpico a disputar uma edição da Olimpíada, a de 2012, em Londres. Além disso, Pistorius possui oito medalhas paralímpicas, sendo seis de ouro.

A versão de Oscar Pistorius para o assassinato da modelo Reeva Steenkamp voltou a ficar comprometida nesta terça-feira, no segundo dia do seu julgamento pela morte da namorada, com o depoimento de uma mais uma vizinha. Estelle van der Merwe assegurou ter escutado uma discussão com gritos e o barulho dos quatro disparos, ambos vindos da residência do atleta paralímpico, no dia 14 de fevereiro de 2013.

Em seu depoimento, nesta terça-feira, Estelle, que mora a aproximadamente 100 metros da residência de Pistorius, disse que ouviu sons de pessoas discutindo durante uma a madrugada do assassinato de Reeve. E o bate-boica só parou quando ela escutou os disparos.

##RECOMENDA##

"De onde eu estava, parecia que duas pessoas estavam tendo uma discussão", disse Estelle. "Não pude entender em que língua ou o que diziam", completou a vizinha de Pistorius, em versão diferente da apresentada por Pistorius.

A declaração de Van der Merwe coincide com o primeiro depoimento do julgamento, na última segunda-feira, quando Michelle Burger, outra vizinha do paratleta, afirmou ter ouvido "gritos de gelar o sangue" de uma mulher antes de escutar o som de quatro tiros na noite em que Pistorius matou a sua namorada.

Pistorius admite ter matado Reeva, mas disse que ele cometeu um terrível engano ao pensar que se tratava de um ladrão na sua casa. Os promotores acreditam que o atleta de renome mundial atirou em sua namorada depois de uma briga e depois tentou montar uma farsa para esconder que teve uma acalorada discussão antes dos disparos fatais.

Também nesta terça-feira, a juíza Thokozile Masipa chegou a interromper o julgamento para criticar a imprensa. Apesar do caso estar sendo transmitido pela TV, algumas testemunhas não permitem a divulgação das suas imagens. Mas a juíza reclamou que imagens de Michelle Burger foram exibidas por um jornal e uma TV local.

O sul-africano de 27 anos, ganhou notoriedade ao ser o primeiro competidor paraolímpico a disputar uma edição da Olimpíada. Além disso, Pistorius possui oito medalhas paralímpicas, sendo seis de ouro.

A primeira testemunha no julgamento de Oscar Pistorius pelo assassinato da modelo Reeva Steenkamp pode ter complicado a situação do atleta paralímpico ao apresentar uma versão bem diferente da defendida por ele. Na primeira audiência do caso, nesta segunda-feira (3), Michell Burger afirmou ter ouvido "gritos de gelar o sangue" de uma mulher antes de escutar o som de quatro tiros na noite em que o atleta sul-africano matou a sua namorada.

Michell Burger mora em um prédio perto da residência onde Pistorius vivia e disse que ela e seu marido acordaram durante a madrugada de 14 de fevereiro do ano passado, quando Pistorius matou Reeva Steenkamp com quatro tiros através da porta do banheiro de sua residência, ao ouvir gritos que antecederam os disparos.

##RECOMENDA##

Pistorius admite ter matado Reeva Steenkamp, mas disse que ele cometeu um terrível engano ao pensar que se tratava de um ladrão na sua casa. Os promotores acreditam que o atleta de renome mundial atirou em sua namorada depois de uma briga e depois tentou montar uma farsa para esconder que teve uma acalorada discussão antes dos disparos fatais.

Pouco antes do depoimento de Michell Burger, Pistorius se declarou inocente no início do julgamento. O testemunho de Michell Burger contradiz a versão dos fatos dada pelo atleta paralímpico, porque ele afirma que achava que Reeva Steenkamp estava na cama e nunca falou em gritos de uma mulher.

"Foi muito traumático", disse Michell Burger, em resposta às perguntas do promotor Gerrie Nel. "Se podia ouvir gritos que gelavam o sangue. Não se pode traduzir em palavras. A ansiedade em sua voz e o medo. Deixam você frio", afirmo Michell Burger. "Ela gritou terrivelmente e gritava por socorro", acrescentou, também declarando que ouviu um homem gritando por ajuda antes dos disparos.

O advogado de Pistorius, Barry Roux, abriu seu questionamento perguntando se Michell Burger achava que o paratleta era um mentiroso. Ela não respondeu diretamente com um sim ou não, mas repetiu o que recordou dos acontecimentos da naquela noite, com uma versão que deve complicar o acusado.

O julgamento de Pistorius está sendo acompanhado em Pretória por June Steenkamp, a mãe de Reeva, além de parentes do atleta paraolímpico, como o pai Henke, o irmão Karl e a irmã Aimée. A análise do caso começou com atraso de 1 hora e meia em razão de problemas de comunicação no tribunal e está previsto para durar dias. No total, serão 107 testemunhas, entre defesa e acusação.

O sul-africano de 27 anos, ganhou notoriedade ao ser o primeiro competidor paraolímpico a disputar uma edição da Olimpíada. Além disso, Pistorius possui oito medalhas paralímpicas, sendo seis de ouro.

O campeão paralímpico sul-africano Oscar Pistorius se declarou nesta segunda-feira (3) "não culpado" do assassinato de sua namorada Reeva Steenlamp em fevereiro de 2013, no início de seu julgamento em Pretória.

No começo do julgamento, que durará cerca de três semanas e que será transmitido pela televisão, o promotor Gerrie Nel acusou o atleta de "matar intencionalmente e ilicitamente" a namorada no Dia dos Namorados do ano passado.

Ao ser perguntado pela juíza Thokozile Massina como se considerava, Pistorius respondeu: "não culpado, senhora". Também disse não ser culpado de outras acusações contra ele, como posse e uso de armas ilegais.

Vestido com um terno preto, gravata preta e camisa branca, Pistorius parecia nervoso ao entrar cabisbaixo na sala onde a audiência seria realizada. Aos 27 anos, corre o risco de ser condenado a 25 anos de prisão se for considerado culpado de assassinato. Pistorius alcançou a fama ao se converter no primeiro atleta amputado nas duas pernas a competir em Jogos Olímpicos, em Londres em 2012.

Menos de um ano depois, no dia 14 de fevereiro de 2013, às 3h locais, matou a namorada, Reeva Steenkamp, uma modelo de 29 anos bastante conhecida na África do Sul, em sua casa na periferia de Pretória, com quatro tiros disparados através da porta do banheiro.

Este fã das armas de fogo, chamado de paranoico pelos meios de comunicação, argumenta que foi um acidente e explica que confundiu sua companheira com um ladrão escondido no banheiro. A promotoria considera, por sua vez, que se tratou de um assassinato premeditado. O julgamento deve durar três semanas e dar lugar a uma batalha de especialistas, já que a família de Pistorius contratou os melhores advogados.

Na manhã desta segunda-feira, a imprensa sul-africana publicava declarações da mãe de Reeva, June Steenkamp: "Quero olhar Oscar nos olhos, e descobrir eu mesma a verdade do que fez com Reeva".

Centenas de jornalistas sul-africanos e estrangeiros estão presentes em Pretória para cobrir as audiências, que, em sua maior parte, podem ser transmitidas ao vivo por televisão e rádio. Para o processo foi criada inclusive uma rede especial.

- Os peritos, fundamentais -

Até o dia 20 de março, o tribunal deverá esclarecer a questão fundamental sobre se o atleta assassinou a namorada a sangue frio, como sustenta a promotoria, ou se disparou ao tê-la confundido com um intruso, como afirma a defesa. O drama ocorreu sem testemunhas, na luxuosa residência de Pistorius, em um complexo de alta segurança de Pretória cercado por muros e vigiado por guardas.

Pistorius afirma que estava na varanda de seu quarto quando ouviu um ruído no banheiro. Então, segundo ele, pensou que um ladrão havia entrado pela janela do banheiro e, em pânico, disparou sem pensar duas vezes, sem verificar se Reeva continuava na cama.

Também em sua defesa, o atleta disse há um ano em uma audiência preliminar que seu relacionamento com Reeva Steenkamp era excelente e que estavam muito apaixonados. O promotor, Gerrie Nel, tentará demonstrar que esta alegação não é verdadeira, e que o atleta paralímpico disparou quatro tiros contra a namorada a sangue frio através da porta do banheiro.

Durante as quase três semanas do processo, os especialistas - em balística, forenses e científicos - terão um papel muito importante. Eles ditarão se Reeva Steenkamp morreu ao ser baleada pela primeira vez, o que teria impedido que alertasse para sua presença no banheiro.

Também deverão esclarecer o ângulo do tiro e, portanto, a posição de Pistorius, além de divulgar dados dos telefones celulares dos dois protagonistas. Também se espera que revelem a que horas e em que sites da internet Pistorius entrou na noite da tragédia.

Uma equipe de investigadores sul-africanos viajou aos Estados Unidos para pedir ajuda da empresa Apple e do FBI para descriptografar as informações ocultas do iPhone de Pistorius. O atleta, logo depois do incidente, disse que havia esquecido a senha de acesso de seu telefone.

O atleta paralímpico Oscar Pistorius está tentando chegar a um acordo financeiro amistoso com os pais de sua namorada Reeva Steenkamp, morta por ele no dia 14 de fevereiro, para evitar passar por um processo civil, informou nesta terça-feira um jornal sul-africano.

Contactado pela AFP, Kenny Oldwage, um dos advogados do atleta citado pelo jornal The Times, não quis confirmar a informação ou fazer declarações.

##RECOMENDA##

Segundo o jornal, os advogados de Pistorius querem solucionar o tema antes do início do processo penal, previsto para março de 2014, e propõem indenizar os pais de Steenkamp pela perda de renda e pelo dano moral.

Reeva Steenkamp, que completaria 30 anos no dia 19 de agosto, era uma modelo conhecida na África do Sul e tinha uma renda considerável. Seu meio-irmão e ela ajudavam financeiramente os pais, que já estão aposentados.

A imprensa sul-africana afirma que os pais da modelo demandam pela via civil três milhões de rands (220.000 euros) por perdas e danos.

Em fevereiro, Pistorius reconheceu ante o juiz ter disparado contra a namorada no dia de São Valentin através da porta fechada do banheiro de sua casa, com uma pistola que guardava sob sua cama, ao confundi-la com um ladrão.

No entanto, a acusação sustenta que Pistorius brigou com a namorada e que se trata de um assassinato premeditado.

Pistorius, que teve as duas pernas amputadas abaixo do joelho quando tinha 11 meses, corre com próteses de carbono.

O sul-africano entrou para a história do atletismo mundial em 2012 ao se converter no primeiro atleta paralímpico a participar de Jogos Olímpicos, em Londres, onde alcançou as semifinais dos 400 metros e a final do revezamento 4x400.

Oscar Pistorius foi oficialmente indiciado, nesta segunda-feira, sob a acusação de assassinato premeditado de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, morta a tiros na madrugada do último dia 14 de fevereiro, no banheiro da suíte do atleta paralímpico, em Pretória, na África do Sul.

Também nesta segunda, data em que Reeva Steenkamp completaria 30 anos de idade, o tribunal de Pretória marcou para 3 de março de 2014 a primeira sessão do julgamento do astro sul-africano, sendo que o mesmo prevê sessões a serem realizadas até o dia 20 do mesmo mês. Ele também será julgado por porte ilegal de munição, sob acusação de violar a Lei de Controle de Armas de Fogo na África do Sul.

##RECOMENDA##

Atleta biamputado, Pistorius alega que atirou em Reeva Steenkamp por engano, acreditando que havia um intruso dentro de sua residência quando efetuou os disparos que acabaram matando a sua namorada. A promotoria, que acusa o velocista de ter matado a modelo depois de uma discussão do casal, apresentou nesta segunda-feira uma lista de mais de 100 testemunhas para o julgamento que ocorrerá mais de um ano após o crime.

Pistorius, de 26 anos, apareceu no tribunal de Pretória e foi visto chorando e segurando as mãos de seus irmãos, Aimee e Carl, durante uma oração que fizeram em conjunto minutos antes do início da audiência desta segunda.

A sentença prevista para alguém condenado por assassinato premeditado é de no mínimo 25 anos de prisão na África do Sul, o que significa dizer que, se o atleta for considerado culpado no julgamento, ficará pelo menos até os seus 50 anos de idade na cadeia. Na África do Sul, não há punição com pena de morte para condenados.

A polícia sul-africana anunciou recentemente que completou seis meses da investigação da morte de Steenkamp. Um comunicado, emitido pelo escritório dos Comissários da Polícia Nacional da África do Sul, diz que detetives, especialistas forenses, em balística e em tecnologia, além de psicólogos trabalharam no caso e estão confiantes de que têm provas suficientes para condenar Pistorius.

As maiores evidências podem estar em registros coletados em telefones celulares encontrados na casa de Pistorius e nas provas coletadas na porta do banheiro perfurada com quatro tiros disparados pelo atleta, sendo que três deles acertaram Steenkamp.

O ângulo ou a trajetória dos projéteis poderiam mostrar se Pistorius estava ou não usando as duas próteses de fibras de carbono que utiliza nas pernas quando ele disparou os tiros. O atleta alega em sua defesa que atirou enquanto estava na cama de casal da suíte, e sem as próteses, após ter ouvido barulhos vindos do banheiro e disparado com o revólver ao supostamente ter confundido a namorada com um ladrão.

A acusação, porém, alega que Pistorius colocou as próteses e atirou em Steenkamp após uma discussão, quando a namorada do atleta estava trancada no banheiro. O astro paralímpico ainda disse que arrombou a porta do banheiro com um bastão de críquete depois de perceber que a modelo não estava na cama ao seu lado no quarto escuro. Em seguida, ele afirmou ter levado a namorada para o primeiro andar de sua casa, onde teria tentado, sem sucesso, mantê-la viva, antes de a mesma morrer em seus braços.

Pistorius ganhou o direito de responder em liberdade sob acusação de assassinato mediante o pagamento de fiança, em audiência realizada no dia 22 de fevereiro, antes de aparecer novamente no tribunal de Pretória em 4 de junho. Naquele mesmo mês, ele chegou a ser visto treinando em uma pista de atletismo.

Com o seu futuro agora oficialmente marcado para ser definido em março do próximo ano, Pistorius é considerado um ícone do esporte e fez história ao se tornar o primeiro biamputado a disputar uma edição da Olimpíada, no ano passado. Correndo com protestes nas duas pernas, ele representou o seu país nas provas dos 400 metros e do revezamento 4x400 metros dos Jogos de Londres. E, em três participações em Jogos Paralímpicos, conquistou oito medalhas, sendo seis delas de ouro.

Esse domingo, dia 21 de julho de 2013, ficará na história do esporte paraolímpico brasileiro. E também mundial. Na pista de atletismo do Stade Du Rhône, na França, Alan Fonteles estabeleceu o novo recorde mundial dos 200m, classe T43 (biamputado). Com o tempo de 20s66, o corredor garantiu a medalha de ouro no Campeonato Mundial de Atletismo e se tornou o homem mais rápido do planeta na distância entre os biamputados.

Para se ter uma ideia da importância do fato, o tempo conquistado por Fonteles derruba o recorde do sul-africano Oscar Pistorius, de 21s30, registrado em setembro do ano passado – Pistorius é o único atleta biamputado que disputou competições com atletas sem deficiência física.

##RECOMENDA##

“Sempre quis correr abaixo dos 21 segundos nesta prova. Mas, o plano era ser campeão mundial e aconteceu. Agora, não esperava o recorde. Estou me segurando para não chorar”, afirmou o brasileiro. “Quando entrei na reta, olhei para o telão e vi que os adversários estavam distantes, passei a mirar o relógio na linha de chegada e vi os segundos passando devagar: 18, 19... Eu estava muito rápido e percebi que poderia bater o recorde. Quando olhei 20s66, a minha felicidade foi imensa”, explicou.

Alan agora é campeão paralímpico, mundial e recordista do mundo nos 200m. Ele também acumula o feito de ser o dono da melhor marca nos 100m, registrada em junho, no Aberto de Berlim, na Alemanha (10s77).

O brasileiro Alan Fonteles conquistou em grande estilo, neste domingo, em Lyon, na França, a medalha de ouro da prova dos 200 metros da classe T43 (para biamputados) do Mundial Paralímpico de Atletismo. Ele não só terminou em primeiro lugar como quebrou o recorde mundial do sul-africano Oscar Pistorius.

Fonteles cravou o tempo de 20s66 e pulverizou a marca mundial que pertencia a Pistorius, de 21s30. Estrela maior do esporte paralímpico, o sul-africano está afastado do esporte, acusado de ter premeditado o assassinato de sua namorada, Reeva Steenkamp, ocorrido em fevereiro deste ano, na própria residência do atleta, em Pretória, na África do Sul. Após pagamento de fiança, ele responde seu julgamento em liberdade.

##RECOMENDA##

Após conquistar o ouro e o recorde, Fonteles admitiu surpresa com o seu próprio feito. "O plano era ser campeão mundial, e isso aconteceu. Agora, o recorde, eu realmente não esperava. Fiquei muito feliz", ressaltou o atleta, que teve o cronômetro como principal "adversário". "Na hora que eu passei e vi que faltavam por volta de 30 metros, olhei para o relógio e vi 18 segundos. Fui correndo, correndo, quando enxerguei a linha de chegada. Lembro que passei com 20 segundos. Quando olhei 20s67, a minha felicidade foi imensa", completou.

Antes de fazer história neste domingo, Fonteles já detinha o recorde mundial dos 100 metros da classe T43. Ele cravou 10s77 no GP Paralímpico de Berlim, em 15 de junho, quando se tornou o homem biamputado mais rápido do mundo. E a melhor marca desta prova também pertencia a Pistorius e ao norte-americano Blake Leeper, que correram em 10s91 em 2007.

A ausência de Pistorius deste Mundial foi lamentada por Fonteles neste domingo, sendo que o brasileiro poderia reencontrar o sul-africano depois de ter superado o astro paralímpico na final dos 200 metros da classe T44 dos Jogos Paralímpicos de Londres, no ano passado.

"Perder Oscar (Pistorius) é triste, já que todas as corridas que faríamos juntos após Londres se transformariam em grandes eventos. Todos ficariam ligados para ver quem de nós dois venceria", comentou.

Acusado de ter matado intencionalmente a sua namorada, a modelo sul-africana Reeva Steenkamp, o astro paralímpico Oscar Pistorius desistiu de tentar voltar a competir nesta temporada. Segundo o técnico do atleta da África do Sul, Ampie Louw, ele já cancelou a participação em todas as provas do ano.

Reeva Steenkamp morreu no dia 14 de fevereiro, quando estava na casa de Pistorius, na cidade de Pretória, na África do Sul. O atleta de 26 anos, que perdeu as duas pernas quando era criança, disse ter atirado nela por ter confundido com um ladrão. Mas a polícia o acusa de ter planejado o crime.

##RECOMENDA##

Pistorius foi preso no próprio dia 14 de fevereiro e ficou detido até 22 de fevereiro, quando saiu sob fiança. No final de março, a Justiça permitiu que ele saísse do país para competir enquanto o caso não é julgado. Assim, poderia voltar ao circuito do atletismo. Mas o possível retorno ficou para 2014.

"Nós decidimos em conjunto com todos da equipe que não iremos treinar ou competir. Adiamos tudo até o final do ano", revelou Ampie Louw, em entrevista ao jornal sul-africano EyeWitness News. "Ele não está nem perto das condições necessárias para treinar. Faz apenas exercícios físicos com sua família."

Maior astro do esporte paralímpico, Pistorius se tornou o primeiro atleta biamputado a disputar uma Olimpíada - competiu nas provas dos 400 metros e do revezamento 4x400 metros nos Jogos de Londres. Na Paralimpíada, são oito medalhas conquistadas em três edições do evento, sendo seis de ouro. A próxima audiência do caso dele está marcada para o dia 4 de junho.

O empresário de Oscar Pistorius afirmou que o biamputado deseja voltar aos treinamentos e ainda revelou que o atleta visitou recentemente a pista em que costumava trabalhar na África do Sul. Seu agente, porém, não detalhou quando o campeão paralímpico poderá retomar a sua rotina de atividades.

Peet van Zyl disse que Pistorius declarou em um encontro com ele e o treinador Ampie Louw, na última terça-feira, que ele está "definitivamente ansiosos para voltar à pista para voltar a treinar". "Quando, exatamente, é a sua escolha", afirmou o empresário.

##RECOMENDA##

Pistorius também visitou sua pista de treino em Pretória, em 24 de março, embora não tenha treinado, disse o agente. O sul-africano treinou pela última vez há mais de dois meses e sua última competição foi a vitória dos 400 metros nos Jogos Paralímpicos de Londres, em setembro do ano passado.

Van Zyl disse que Pistorius não estava preparado "mentalmente" para competir ainda, depois de ser acusado de ter assassinado premeditadamente Reeva Steenkamp, sua namorada, no dia 14 de fevereiro, em sua casa. "A partir de nossa reunião, ficou claro e evidente que vai levar algum tempo para isso", disse Van Zyl. "Ele está tentando processar toda esta provação".

Pistorius também disse a seu agente e treinador que só vai considerar a participação no Mundial de Atletismo, em Moscou, em agosto, se estiver em condições de competir em alto nível. "Ele (Pistorius) me afirmou claramente ontem, que, para o Mundial, em primeiro lugar, ele precisa estar em forma", disse.

Van Zyl explicou que só vai entrar em contato com promotores de provas sobre um retorno à competição do atleta mais famoso do mundo com deficiência apenas quando Pistorius indicar que estiver pronto. "Há questões sensíveis, mas no final do dia são esses caras que decidem", disse.

Pistorius afirmou que atirou acidentalmente na sua namorada depois de confundi-la com um intruso em sua casa. A promotoria o acusou de assassinato premeditado e diz que ele disparou intencionalmente em Steenkamp através de uma porta do seu banheiro após uma discussão.

A próxima audiência será em 4 de junho, quando os promotores devem realizar indiciamentos. O julgamento de Pistorius pode não começar até o final do ano, ou mesmo não antes do início de 2014. No momento, o campeão paralímpico está em liberdade sob fiança.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando