O diretor financeiro da MRV, Leonardo Corrêa, relacionou a queda do lucro no primeiro trimestre à defasagem no preço de imóveis de safras passadas, lançados por volta de 2011, que são contabilizados agora no balanço. "Em 2011, vendemos um volume grande de imóveis. Naquela ocasião, preferimos volume em relação a preço. Agora estamos contabilizando os preços antigos", afirmou, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Correa afirmou acreditar que o resultado deve melhorar nos próximos trimestres, à medida que projetos mais novos e com preços de venda superiores passem a ser contabilizados no balanço. "Se esse nível de venda continuar, eu espero que a margem bruta se mantenha nesse nível para mais alto", afirmou.
##RECOMENDA##Na apresentação de resultados que acompanha o balanço, a administração da MRV frisou que segue focada na redução dos custos de produção e na maximização dos preços de venda. "Esperamos que o reflexo destas sinergias e maior rentabilidade sejam percebidos a partir do final de 2013 e início de 2014". A margem bruta da MRV no segundo trimestre foi de 26,6%, acima dos 26,1% no primeiro trimestre, mas abaixo dos 28,7% no mesmo período de 2012. A companhia possui R$ 1,280 bilhão de resultado a apropriar, cuja margem é de 41,3%, levemente superior aos 41,2% registrados no fim de março.
No segundo trimestre, a incorporadora também foi impactada por aumento nas despesas comerciais, que chegaram e R$ 71 milhões, 10% mais que no mesmo período do ano passado. As despesas gerais e administrativas avançaram 14%, para R$ 61 milhões. No acumulado do primeiro semestre, as despesas comerciais chegaram a 7,3% da receita líquida, ante 6,4% no mesmo período do ano passado. No caso das despesas administrativos, houve avanço para 6,4%, de 5,6%.