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O Papa Francisco recebeu nesta sexta-feira no Vaticano a presidente do Chile, Michelle Bachelet, em uma audiência de 45 minutos, na qual falaram sobre a possível descriminalização do aborto naquele país, a América Latina e a visita do pontífice ao Chile em 2016.

"Falamos sobre os papéis dos governantes e de sua visita ao Chile", cuja data ainda não foi fixada, contou a presidente socialista à imprensa ao término da audiência no Vaticano.

Bachelet, que estava vestida com um sóbrio vestido preto, foi recebida pelo papa Francisco em sua biblioteca privada, no segundo andar do Palácio Apostólico.

Esta é a primeira audiência oficial que o Papa concede à presidente socialista, que se define agnóstica.

Os dois dirigentes "abordaram temas de interesse comum, como a proteção da vida humana, a educação e a paz social", ressaltou em um comunicado oficial o Vaticano.

Traduzido da linguagem diplomática da Santa Sé, os dois dirigentes abordaram o espinhoso assunto do aborto, já que a hierarquia da igreja católica chilena manifestou em várias ocasiões sua preocupação pelo projeto de descriminalizar o abordo no país.

Durante o encontro privado, particularmente longo em comparação com os concedidos a outros presidentes, analisaram "a situação da América Latina, com particular interesse em alguns desafios do continente", ressalta a nota.

"Falamos de como seguir trabalhando para que a região entregue máximas oportunidades e direitos a todos os seus habitantes", disse Bachelet.

Para o papa Francisco, os temas "da pobreza, da família e da igualdade são centrais", declarou.

A menina de 14 anos que ficou conhecida após solicitar a eutanásia à presidente do Chile, Michelle Bachelet, morreu nesta quinta-feira (14) em Santiago, devido a complicações em sua condição respiratória - informou a família da adolescente.

Valentina Maureira - que abalou o Chile ao solicitar a eutanásia à presidente em fevereiro - morreu às 13h25 (horário de Brasília) devido a complicações causadas pela fibrose cística. A informação foi dada à imprensa local pelo pai, Freddy Maureira. "Ela partiu às 13h25. Ela fez muito pelas outras crianças, crianças que estão morrendo, e me legou a bandeira de sua luta", afirmou o pai à Rádio Cooperativa.

O caso de Valentina Maureira reabriu o debate sobre a eutanásia no Chile e sua morte ocorreu na mesma semana em que a Comissão de Saúde do Senado enviou à Câmara o projeto de lei que visa conceder o pedido de morte assistida para os doentes terminais.

"Peço com urgência para falar com a presidente, porque estou cansada de viver com esta doença...Ela poderia me autorizar uma injeção de adormecer para sempre", disse a menina em vídeo gravado em fevereiro, que se tornou viral. A presidente respondeu ao pedido com uma visita privada à menina no final de fevereiro no hospital onde ela morreu nesta quinta-feira.

O caso dividiu a opinião pública, gerando um amplo debate nos meios de comunicação, enquanto o governo lembrou que a legislação chilena proíbe a eutanásia e avisou que iria fornecer ajuda psicológica para a menina e sua família.

A doença, de caráter hereditário, já havia matado um de seus irmãos, aos seis anos.

A ex-presidente socialista e grande favorita para vencer a eleição presidencial de 17 de novembro no Chile, Michelle Bachelet, afirmou que se vencer a disputa governará com rostos novos.

"Pretendo que ninguém repita o prato", afirmou Bachelet na noite de quarta-feira, no segundo dia de um debate televisionado no qual enfrentou outros oito candidatos que disputam a presidência chilena.

Nesta eleição, Bachelet é apoiada pela coalizão 'Nueva Mayoría', uma extensão da 'Concertación Democrática', a aliança de partidos de centro-esquerda que a apoiou em seu governo anterior (2006-2010) e à qual agora se somou o Partido Comunista.

A Concertación governou consecutivamente por duas décadas o Chile após o fim da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) até o triunfo do direitista Sebastián Piñera, em 2010.

A ex-presidente também pediu que votem pela lista parlamentar de sua coalizão para garantir as reformas que pretende impulsionar.

"Convoco a votar por um Parlamento que possa ajudar a produzir as mudanças que o Chile precisa", afirmou Bachelet, que prometeu colocar em andamento uma profunda reforma educacional, uma tributária e uma mudança na Constituição vigente herdada da ditadura.

Uma última pesquisa do Centro de Estudos Públicos (CEP), um dos mais prestigiados do país, apontou Bachelet com 47% das intenções de votos, concluindo que pode vencer no primeiro turno, considerando a margem de erro da pesquisa de 5%.

Outra pesquisa do IPSOS afirmou que Bachelet reunia 36% das intenções de votos.

Um estudante cuspiu no rosto da ex-presidente socialista e candidata à reeleição no Chile, Michelle Bachelet, enquanto participava nesta terça-feira de um ato eleitoral na cidade de Arica (norte), razão pela qual foi detido. O ataque ocorreu enquanto Bachelet, que lidera as pesquisas com vistas às eleições de novembro próximo, visitava uma praça na cidade de Arica (2.000 km ao norte de Santiago), durante sua campanha com vistas à reeleição.

O jornal eletrônico de Arica 'El Morrocotudo' identificou o agressor como Elías Sanhueza, um aluno do segundo ano de Antropologia da Universidade de Tarapacá. Após o ataque, "o estudante não quis falar sobre suas motivações, foi agredido por alguns simpatizantes e detido por Carabineiros (policiais)", descreveu o jornal.

Embora o porta-voz da campanha de Bachelet, Álvaro Elizalde, tenha qualificado o fato como "um incidente menor", o mundo político chileno se solidarizou com a ex-presidente (2006-2010).

Primeira mulher a chegar à Presidência em seu país, Bachelet voltou ao Chile em março após permanecer quase três anos à frente do escritório ONU-Mulher, para encarar uma nova candidatura presidencial, após estar impedida por lei de disputar a reeleição direta. Bachelet conta com a sustentação da Concertación, aliança de partidos de centro esquerda que a apoiou em seu primeiro governo e recentemente somou-se o apoio do Partido Comunista.

Em 30 de junho, Bachelet disputará as primárias com três aspirantes da Consertación para definir um único candidato do grupo, mas por seu grande apoio popular, sua vitória nesta instância é dada como certa.

A diretora-executiva da ONU Mulher e ex-presidente chilena Michelle Bachelet anunciou nesta sexta-feira sua renúncia ao cargo e o regresso ao Chile, informou a agência das Nações Unidas.

"Falando sobre um tema pessoal, esta é minha última CSW (Comissão da Condição Jurídica e Social da Mulher). Volto ao meu país", disse Bachelet ao final de dez dias de trabalho deste grupo em Nova York.

Bachelet, a primeira mulher a presidir o Chile (2006-2010), assumiu a direção da ONU Mulher desde sua criação, em setembro de 2010.

A ex-presidente seria a principal candidata de centro esquerda às próximas eleições nacionais no Chile, previstas para 17 de novembro.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, confirmou a decisão de Bachelet e manifestou sua "tremenda gratidão por seu extraordinário trabalho".

"Bachelet foi a pessoa certa para o trabalho certo e no momento preciso. Sua liderança visionária deu a ONU Mulher o início dinâmico que necessitava".

A então presidente Bachelet concluiu seu mandato com 70% de aprovação dos chilenos, mas não fez seu sucessor, o democrata cristão Eduardo Frei, derrotado pelo candidato da direita, Sebastián Piñera.

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