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Além do técnico Enderson Moreira, o pós-jogo de Sport x Coritiba, na última quarta-feira (26), na Ilha do Retiro, também contou com a participação do executivo de futebol Jorge Andrade. Ele foi questionado sobre a situação do uruguaio Facundo Labandeira e disse que a expectativa é pela permanência do jogador.

O atacante tem vínculo de empréstimo até julho, com cláusula de renovação até o fim do ano, que o Sport pode acionar. Além disso, o contrato ainda prevê uma opção de compra, que também pode ser usada, caso o clube deseje. Aos 27 anos, ele está na segunda temporada vestindo as cores do Leão e já marcou 9 gols.

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“O Labandeira tem uma situação contratual bem amarrada para as possibilidades que o Sport queira fazer. A nossa intenção é de permanência dele até o fim do ano. Tem uma opção de compra no futuro, está tudo bem encaminhado e ele é um jogador bem importante para nós”, disse Jorge Andrade.

O executivo também falou sobre o elenco do Sport e sobre o mercado, que, segundo ele, segue sendo monitorado. A janela de transferências no Brasil só será reaberta em julho. 

“A gente monitora e fica atento ao mercado sempre trabalhando em conjunto com a comissão técnica para ver as possibilidades que tenham a necessidade do plantel. Atuamos para buscar algo que venha fortalecer”, completou.

Na coletiva, Jorge também voltou a negar que tenha ciência de um possível pré-contrato de Juba com o Bahia. O dirigente reiterou a esperança em renovar com o prata da casa, que encerra seu contrato em agosto.

Atualização

Segundo a assessoria do Sport, em nota divulgada nesta quinta-feira (27), Facundo Labandeira sofreu uma contusão no joelho direito na final do Campeonato Pernambucano. O atacante já foi submetido a um exame de imagem e encontra-se em tratamento intensivo pelo DM. O prazo estimando de recuperação é de, aproximadamente, 8 semanas.

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O 20º Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE) chegou ao fim na noite deste domingo (26) com a apresentação da Companhia Teatro de Serafim, que levou ao palco do Teatro Barreto Júnior, no Pina, a montagem As Confrarias - inspirada na obra de Jorge Andrade. O espetáculo, aprovado no Funcultura 2012, conta no elenco com a presença da atriz Lúcia Machado, uma das homenageadas do festival de artes cênicas deste ano. 

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A Companhia Teatro de Seraphim atua na cena pernambucana desde 1990 e levou ao público uma história que se passa no Brasil do século XVIII, mais precisamente na cidade de Vila Rica (atual Ouro Preto). Um período de forte agitação popular por conta da Inconfidência Mineira e da decadência do ouro. 

Durante a apresentação é narrada a trajetória de uma senhora chamada Marte, interpretada por Lúcia Machado. A personagem visita quatro confrarias da cidade carregando o filho morto, José, com o intuito de enterrá-lo num destes solos sagrados, pois não havia cemitérios públicos disponíveis na cidade. 

Com este gancho, Jorge Andrade ressalta no texto dramaturgo a hipocrisia da sociedade colonial diante de temas como o racismo, o sexo e até a ocupação profissional das pessoas daquela épca – no texto, José é ator e por este motivo é tratado como um ser inferior, bem como os negros no Brasil da escravidão. Um debate que continua a acontecer ainda nos dias atuais.

Destaque para a cenografia da peça, feita por Doris Rollemberg, com estruturas em forma de coxias que revelam e ocultam cortes do cenário. Outro detalhe são as cenas de nudez, que seguem a linha do combate às opressões e dão um tom libertino à montagem diante da religiosidade das confrarias, representadas na obra pela Irmandade do Carmo (dos brancos), a Irmandade do Rosário (dos negros puros), a Irmandade de São José (dos pardos, que aceita artistas) e a Ordem Terceira das Mercês (mistura de negros, brancos e mulatos). 

A personagem Marta, por outro lado, parece não apenas ter a intenção de enterrar o filho, mas sim também expor, através de um jogo cheio de drama, os interesses econômicos e os preconceitos de cada confraria. Toda a história se passa em apenas um dia, mas com o uso intenso do recurso do ‘flashback’ há uma noção de passeio entre o presente e o passado dos personagens principais.

“A gente escolheu As Confrarias pra fechar o festival porque este é um espetáculo grande da Seraphim, uma companhia local de muitos anos bastante respeitada e com um elenco talentoso. Ficamos muito contentes em encerrar com uma produção da terra e com a casa lotada”, disse Paula de Renor, uma das produtoras do JGE, ao LeiaJá. Na próxima quarta-feira (29), às 22h, a produção do festival realiza uma avaliação do evento na Caixa Cultural Recife, no Bairro do Recife. 

Paula de Renor: "Legado do JGE são ações de continuidade"

Além da Lúcia Machado, o elenco da montagem é formado por atores e atrizes como Alexsandro Marcos, Brenda Ligia, Calos Lira, Gilson Paz, Ivo Barreto, Marcelino Dias, Marinho Falcão, Mauro Monezi, Nilza Lisboa, Ricardo Angeiras, Roberto Brandão, Rudimar Constâncio e Taveira Júnior. O espetáculo teve a direção de Antonio Cadengue. 

Escrita por Jorge Andrade e dirigida por Antonio Cadengue, a peça As Confrarias que narra à decadência e o fim do ciclo do ouro inicia temporada neste domingo (9) e segue em cartaz até o dia 30 de junho no Teatro Barreto Júnior, localizado no Bairro do Pina. 

O enredo aborda um tema recorrente da dramaturgia de Jorge Andrade: a morte sem sepultura. Auxiliada por Quitéria, amante do filho, José, morto por suspeita de conspiração, Marta transporta o corpo numa rede, aparentemente em busca de solo sagrado para enterrá-lo. Em sua via crucis, percorre as sedes de quatro Confrarias – a da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte Carmelo; a do Rosário; a Irmandade de São José e a da Ordem Terceira das Mercês. Em todas elas, estabelece um jogo que ultrapassa a intenção de, simplesmente, enterrar o filho, conseguindo, com isso, desmascará-las e fazê-las expor os seus interesses econômicos, preconceitos, ressentimentos, ódios e ambições. 

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No elenco, estão: Alexsandro Marcos, Brenda Lígia, Carlos Lira, Gilson Paz, Ivo Barreto, Lúcia Machado, Marcelino Dias, Marinho Falcão, Mauro Monezi, Nilza Lisboa, Ricardo Angeiras, Roberto Brandão, Rudimar Constâncio e Taveira Júnior. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), à venda na bilheteria no teatro.

Serviço

Espetáculo As Confrarias

De 09 a 30 de junho

De Quinta a Domingo l 20h

Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos – Pina)

R$ 10 (inteira) l R$ 5 (meia)

(081) 3355 6398

A memória não é território apenas da verdade, mas também da invenção. Rememorado, o passado não emerge nunca em seu estado de pureza. As lembranças, sobrepostas, corrompem-no. Cada tentativa de retroceder no tempo exige também uma parcela de imaginação.

Mescladas à ficção, as reminiscências serviram de inspiração a Marcel Proust - e ao seu monumental Em Busca do Tempo Perdido -, a Pedro Nava - maior memorialista brasileiro -, a Jorge Andrade - que transformou o vivido em matéria essencial para o seu teatro. Considerado o mais paulista entre os nossos autores, Andrade (1922-1984) forjou seus dramas a partir do mundo que trazia dentro de si. Impregnou tudo com as experiências pessoais e familiares. Reconstruiu, qual arqueólogo, as paisagens, os objetos, as vozes que o formaram.

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"É um escritor muito coerente, que resgatou a história da sua família e da classe dos cafeicultores", comenta Beth Azevedo, professora e estudiosa da USP, que assina a curadoria do ciclo Presença de Jorge Andrade. Promovida pelo Itaú Cultural, a programação, que ocorre de sexta-feira (22) a domingo (24), discute a importância da memória na obra do dramaturgo. Mas quer ir além. "Esse traço do resgate familiar é o mais lembrado quando se trata de Jorge Andrade. O que não quer dizer que ele se prenda ao passado", observa a curadora, que também incluiu no evento textos de conotação política do autor e suas experiências com teledramaturgia. "Conforme sua obra evolui, ele amplia o quadro temático. Discute fenômenos como o messianismo. Estuda sempre muito antes de tratar de um tema. Mas filtra tudo pelo olhar da experiência para tornar suas personagens humanas", completa a curadora.

É a partir desse pressuposto que o primeiro título a ser apresentado no evento é o registro em vídeo de Vereda da Salvação. Montada por Antunes Filho em 1993, a peça é um relato épico. Mostra um grupo de trabalhadores rurais capturados pelo fanatismo religioso. Evoca Os Sertões, de Euclides da Cunha. Não poderia, portanto, ser considerada propriamente como autobiográfica. Mas bebe diretamente no convívio que o artista teve com os camponeses.

Serviço

Presença de Jorge Andrade

Sexta (22) e sábado (23), às 17h30, 19h e 20h | Domingo, às 19h

Itaú Cultural (Av. Paulista, 149 São Paulo)

(11) 2168 1776

Gratuito

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

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