A reação positiva do exterior aos bem-sucedidos leilões de títulos soberanos da Espanha e da Itália pode ter continuidade ao longo do dia, caso a agenda norte-americana seja favorável e não ocorram declarações negativas sobre a crise europeia. Às 11h11, o Ibovespa subia 0,81%, aos 60.447,29 pontos.
"Só falta superar os 60 mil pontos", comenta o analista gráfico da Ágora Invest Daniel Marques. Segundo ele, considerando-se outras variações gráficas, como fundos e volumes, todas já foram rompidas e, agora, só falta a ruptura desse nível. "É um divisor de águas importante", sinaliza o profissional, explicando que os negócios locais ficariam destravados e abriram espaço para uma arrancada.
##RECOMENDA##De fato, Itália e Espanha mandaram uma mensagem aos mercados hoje de que, talvez, não sejam as próximas vítimas da crise das dívidas na Europa. Em leilões de títulos soberanos, os dois países arrecadaram recursos a taxas menores. O governo espanhol foi surpreendido por uma forte demanda e levantou praticamente o dobro do esperado, na operação em que ofertou bônus com vencimentos em 2015 e 2016 e pagou um yield médio abaixo da marca de 4%.
Porém, esse otimismo será testado inúmeras vezes hoje. Ainda na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) anuncia daqui a pouco a atualização da taxa básica de juros na zona do euro e o presidente da instituição, Mario Draghi, concede entrevista coletiva, logo mais, para comentar a decisão.
Já nos EUA, a agenda econômica ganha força hoje. Às 11h30, saem as vendas no varejo norte-americano em dezembro e os pedidos de auxílio-desemprego feitos nos EUA na primeira semana do ano. Também serão conhecidos os estoques das empresas em novembro (13h) e o resultado das contas do governo em dezembro (17h).
Por aqui, o IBGE informou que as vendas do comércio varejista brasileiro subiram 1,3% em novembro ante outubro, ficando acima do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções. Na comparação com novembro de 2010, o avanço de 6,8% das vendas em novembro do ano passado também superaram as previsões.