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O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli contradisse na tarde desta quarta-feira (26) a atual presidente da estatal, Graça Foster. Por meio de sua assessoria de imprensa, Gabrielli, hoje secretário de Planejamento da Bahia, disse que "não era desconhecida" a informação de que havia um comitê para gerir a refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), e que sua criação constava no acordo de acionistas celebrado para a unidade.

Graça havia dito, em entrevista ao jornal O Globo, ter sido surpreendida ao saber da existência do comitê. O ex-presidente da empresa, porém, não quis dar mais detalhes sobre a negociação e disse que quem deve esclarecer dúvidas sobre a administração da estatal é sua atual direção.

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Os deputados federais de oposição ao governo classificaram de "gravíssima" a denúncia de contrato superfaturado entre a Petrobras e a Odebrecht, revelada na semana passada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, e cobraram investigação do caso.

"Esse governo tem tido a parceria da ineficiência com a corrupção", afirmou o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP). "Com essa gravidade, é importantíssimo que haja investigação", cobrou.

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A liderança do PSDB na Câmara dos Deputados informou que vai protocolar pedido de investigação, ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU), para apuração da responsabilidade dos Conselhos Fiscal e de Administração da Petrobras em relação ao caso. O partido também vai apresentar requerimentos para convidar a presidente da petroleira, Maria das Graças Foster, a explicar o caso em comissões temáticas da Casa.

O Ministério Público que atua no TCU já decidiu que irá ouvir diretores executivos que autorizaram, em 2010, o contrato de US$ 825 milhões da estatal com a Petrobrás.

"Há uma suspeita gravíssima, que envolve um volume milionário na principal empresa pública brasileira", avaliou Nogueira, que preside o diretório estadual do PSDB em São Paulo. "Além da gestão ineficiente, agora (a Petrobrás) está sob a mais larga suspeita de corrupção. É o somatório do ruim com o horrível."

Nomeações políticas

O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (SP), creditou as denúncias "ao aparelhamento" da empresa pelo governo petista. "Tem relação com o aparelhamento por completo", disse. "A Petrobras deixou de ser uma empresa dirigida por profissionais de alta qualidade e foi entregue."

Rubens Bueno protocolou dois pedidos de informação sobre o caso, um ao Ministério de Minas e Energia e o outro ao TCU. O deputado pede detalhes do contrato sob suspeita de superfaturamento.

Na semana passada, o Broadcast revelou que o contrato, fechado durante a gestão do petista José Sérgio Gabrielli, está sendo investigado por suspeita de superfaturamento. Dentre os pontos do contrato, está o pagamento de R$ 7,2 milhões pelo aluguel de máquinas de xerox e de outros R$ 3,2 milhões pelo aluguel de terreno próprio da companhia. Segundo auditoria interna, grande parte dos itens analisados apresentava indícios de irregularidades. O contrato foi reduzido quase à metade na gestão de Maria das Graças Foster.

Deputados petistas saíram nesta segunda-feira, 11, em defesa do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e afirmaram que as denúncias de superfaturamento em contrato entre a Petrobras e a construtora Odebrecht, firmado na gestão do atual secretário de Planejamento da Bahia, não interferem em sua pré-candidatura ao governo do Estado.

"Haverá a apuração correta, sem dúvida", afirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o deputado federal Afonso Florence (PT-BA). "O secretário Gabrielli é um homem que tem a sua reputação inatacável e a articulação que ele faz não sofre nenhum dano com esse tipo de procedimento", concluiu, para destacar em seguida que a gestão de Gabrielli à frente da petroleira é "muito positiva". "Não tenho dúvidas de que as solicitações de informação serão respondidas a contento. Isso não atinge o Gabrielli".

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José Sérgio Gabrielli é hoje secretário do Planejamento da Bahia, governada por Jaques Wagner (PT), e tenta articular seu nome para ser o candidato petista ao governo do Estado no ano que vem.

Outro petista que não vê implicações das denúncias na costura política de Gabrielli é o deputado Nelson Pellegrino (BA). "Não é isso que vai interferir na campanha. Ele nega e a empresa também", disse. Segundo Pellegrino, o nome mais cotado hoje para ser o indicado pelo partido no Estado é o do atual secretário da Casa Civil da Bahia, Rui Costa, que conta com o apoio de Jaques Wagner. Além de Gabrielli e de Rui Costa, outro nome na disputa para concorrer ao governo do Estado pelo PT é o do senador Walter Pinheiro. A decisão do diretório estadual deve ocorrer no próximo dia 30.

Na semana passada, o Broadcast revelou que um contrato de US$ 825,6 milhões da petroleira brasileira com a Odebrecht, fechado em 2010, está sendo investigado por suspeita de superfaturamento. Dentre os pontos do contrato, está o pagamento de R$ 7,2 milhões pelo aluguel de máquinas de xerox e de outros R$ 3,2 milhões pelo aluguel de um terreno próprio da companhia. Segundo auditoria interna, grande parte dos itens analisados apresentava indícios de irregularidades; o contrato foi reduzido quase à metade neste ano, já na gestão de Maria das Graças Foster.

O secretário do Planejamento da Bahia e ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou que é preciso ajustar o preço interno da gasolina, mesmo que a decisão tenha impacto inflacionário. Ele não comentou qual prazo isso poderia acontecer.

"Do ponto de vista setorial tem que haver equilíbrio. A Petrobras vende gasolina pura a cerca de R$ 1,20 por litro. Muito abaixo do preço internacional de hoje", declarou com exclusividade ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, após sua participação no Fórum Estadão Regiões - Nordeste, nesta quinta-feira, 19.

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Ele explicou que desde 2009 o consumo de gasolina cresceu 41%, com refinarias operando a mais de 90% e um alto volume de importação da matéria-prima. "O fato de importar mais gasolina tem que levar em conta que a aderência do preço doméstico ao preço internacional tem que se maior. Não pode por muito tempo manter o preço doméstico abaixo do nacional. Isso reflete negativamente sobre o caixa da Petrobras, na situação dramática na balança comercial e até inibe a expansão da produção de álcool", declarou.

Espionagem

Gabrielli reiterou sua opinião sobre a tentativa da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) de espionar a Petrobras. "É abominável e a presidente Dilma Rousseff tomou uma atitude importante em adiar sua viagem aos Estados Unidos, demonstrando indignação sobre o tema", falou. Ele diz não acreditar que a agência conseguiu chegar até a área de segurança da petroleira, "mas o simples ato de tentar deve ser condenado e ter uma reação enérgica da diplomacia brasileira".

O secretário e ex-presidente da Petrobras também afirmou que pode existir um efeito negativo da espionagem na primeira rodada do pré-sal, em outubro. Porém, não acredita que houve o acesso a alguma informação sigilosa muito importante sobre a área de Libra, para que os Estados Unidos saíssem em vantagem na disputa.

Sobre o leilão em si, Gabrielli fez críticas ao valor do bônus de entrada. "O bônus de entrada e o mínimo do óleo que vai ser partilhado estão relacionados. O governo decidiu um bônus de entrada de R$ 15 bilhões e o porcentual de 41% do lucro óleo futuro. Se o bônus de entrada fosse menor, provavelmente a proporção do lucro óleo seria maior", disse.

Para ele, há um exagero no valor. "Ele resolve o problema do superávit fiscal, de curto prazo, mas vai diminuir a proporção do lucro óleo futuro que o leilão permitiria ao governo brasileiro", ressaltou.

O secretário do Planejamento da Bahia e ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, criticou duramente a falta de mais recursos públicos e de planejamento em logística para sustentar o avanço econômico do Nordeste. Durante sua participação, nesta quinta-feira, 19, do evento Fóruns Estadão Regiões - Nordeste que, Gabrielle, foi presidente da Petrobras até 1,5 ano atrás, disse que sem logística o produtor nordestino não consegue competir em igualdade de condições com produtores de outros Estados, deficiência que atrapalha o crescimento "virtuoso" da região.

"É preciso viabilizar os eixos frontais de logística da região. Nós (do Nordeste) não temos portos, nossas estradas são ruins. Se não houver transferência do governo não haverá condições econômicas viáveis para o crescimento. A questão política é relevante e fundamental", declarou.

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Segundo ele, aportes privados não são problemas - mais de US$ 37 bilhões estão previstos para os próximos cinco anos, principalmente em projetos de mineração, energia eólica e celulose. "Vamos exigir do governo federal mais recursos", disse. Ele ressaltou que o Nordeste está fazendo um bom trabalho com o objetivo de desenvolver sua economia. "O que estamos fazendo no Nordeste nos últimos 20 anos a Europa fez em 200 anos", disse, ressaltando que 96% das crianças entre 6 e 14 anos de idade estão nas escolas.

Para o secretário, os programas sociais do governo estão sendo fundamentais para uma melhor distribuição de renda para a população do Nordeste. "Se olharmos os últimos cinco anos, o mercado interno nordestino ficou mais importante do que era antes (a região era voltada para exportação, com fabricação de bens de consumo intermediário)", disse.

Gabrielli explicou que esse processo de transformação no Nordeste acontece juntamente com a seca "mais dramática dos últimos 80 anos". "Nossa agricultura caiu 3,8% ao mesmo tempo que nacionalmente o setor cresceu na mesma intensidade. Não temos invasão, mas temos perda de animais e de estoque de produção. Temos que ter intervenção rápida do governo em relação à falta de água, mas temos que avançar também nos padrões produtivos no Nordeste", declarou.

A atual defasagem de preços entre os derivados de petróleo no mercado externo e interno é insustentável, caso se revele duradoura, na opinião de José Sergio Gabrielli, que deixa a presidência da Petrobrás e será substituído amanhã por Maria das Graças Foster, ex-diretora de Gás e Energia da estatal.

O Brasil mantém os preços dos derivados mais estáveis enquanto a cotação internacional acompanha as oscilações do petróleo. No momento, os preços estão bem mais caros no exterior. Embora essa política ajude a controlar a inflação, prejudica a Petrobrás, que tem de comprar derivados no exterior para abastecer o mercado interno.

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Gabrielli frisa que o problema "é conjuntural, e não permanente", já que "vai ter que haver um reajuste em algum momento". Em entrevista ao Estadona sexta-feira, último dia de trabalho antes de rumar para a Bahia para assumir uma secretaria estadual ainda indefinida, Gabrielli comentou o mau resultado do quarto trimestre de 2011, quando o lucro da estatal, de R$ 5,049 bilhões, foi metade do realizado no mesmo período de 2010. Com a queda das suas ações na sexta-feira, por causa do mau resultado, a Petrobrás perdeu R$ 28 bilhões em valor de mercado.

A defasagem do preço dos combustíveis é, para Gabrielli, uma das principais causas do fraco desempenho no último trimestre, por causa da importação de derivados. Em janeiro e fevereiro, ele diz, a demanda por gasolina cresceu 36% ante os mesmos meses de 2010. "Se a Petrobrás continuar com essa política de preços, e o preço internacional continuar nesse patamar atual, vai haver um processo completamente irracional e ilógico de alguns distribuidores comprando derivados na Petrobrás e exportando", observou Gabrielli.

Ele ressalvou que não estava prevendo "quando nem quanto" o preço dos derivados seria reajustado no mercado interno, o que depende de avaliações mensais sobre as perspectivas dos preços do petróleo e dos combustíveis, e da taxa de câmbio."O modelo tem momentos ruins, e sem dúvida estamos num momento ruim", disse Gabrielli, notando que 2009 e 2010 foram bons, já que os preços dos derivados não acompanharam a queda vertiginosa do barril após a eclosão da crise global.As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou hoje que a decisão sobre as 21 sondas de águas ultraprofundas será tomada durante a reunião de diretoria de amanhã. Em coletiva de imprensa, Gabrielli também defendeu a postura do governador Jaques Wagner em relação aos problemas de segurança do estado, levando ao limite a capacidade de negociação e respeitando o direito de greve. "A democracia é o império da lei, e exige comportamentos adequados", disse.

Gabrielli, que deixa a presidência na próxima segunda-feira, afirmou que ainda não sabe que cargo ocupará no governo de Jaques Wagner, no estado da Bahia. Ele não descarta a candidatura à sucessão no governo em 2014, mas disse que a decisão não será tomada agora. "A candidatura é um processo que vai acontecer em 2014. Em 2012 (quando serão realizadas eleições locais), não sou candidato", disse.

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Gabrielli disse não ser difícil para ele, pessoalmente, deixar a estatal depois de quase sete anos na presidência. Segundo ele, há gente que deixa a Petrobras por diferentes motivos, incluindo para avançar na carreira e ganhar dinheiro ou para aproveitar a vida. No caso de Gabrielli, a decisão, disse, foi por coerência de vida. "Acho que posso colaborar com o governo do meu estado", afirmou, o que segundo ele, é tão honroso quanto ter contribuído na Petrobras.

Preocupados com a definição de um nome forte do PT para disputar o governo da Bahia em 2014, o governador Jaques Wagner e a presidente Dilma Rousseff vinham discutindo nos últimos meses o melhor momento para a saída de José Sérgio Gabrielli da presidência da Petrobras. Na avaliação do PT baiano, para se cacifar como candidato, Gabrielli precisava estar presente na rotina do seu Estado, por isso, nada melhor que ocupar uma secretaria do governo e mergulhar nas eleições municipais. "Para haver a presença política no Estado, ele precisava estar mais perto do Estado. Se houver uma postulação futura, teria que, obviamente, estar lastreada na presença política dele e achamos melhor que ele viesse", revelou o presidente do diretório estadual do partido, Jonas Paulo Neres.

Embora a legenda tenha uma lista "diversificada" de postulantes à candidatura, como Moema Gramacho (prefeita de Lauro de Freitas), Walter Pinheiro (senador), Luiz Carlos Caetano (prefeito de Camaçari) e Rui Costa (secretário estadual da Casa Civil), os petistas acreditam que o Estado precisa de uma opção com projeção nacional. "O nome de Gabrielli é nacional e ele é um militante respeitado no PT", avaliou Neres.

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Mesmo o presidente da Petrobras mantendo vínculos estreitos com seu Estado, o partido quer que todos os pré-candidatos participem ativamente da sucessão municipal e ajudem o PT a saltar de 81 prefeituras para pelo menos 100 municípios governados pela sigla no próximo ano. "Entendíamos de fato que era importante que todas as grande lideranças estivessem aqui para a eleição de 2012", acrescentou o dirigente.

A presidente do diretório do PT em Salvador, vereadora Marta Rodrigues, contou que as negociações entre Dilma e Wagner para a saída de Gabrielli da Petrobras se intensificaram no segundo semestre do ano passado. "A vinda dele é uma sinalização de que ele pode se capacitar mais e se credenciar mais (para ser candidato)", comentou a vereadora. "Estando aqui, ele terá de ter o foco na Bahia", emendou.

A saída Gabrielli da Petrobras não compromete os investimentos da estatal na Bahia, avaliam os petistas. "A presença dele (na Petrobras) ajuda, mas não é o determinante. O que tinha de ser encaminhado, já está encaminhado", concluiu Neres.

No diretório estadual, os petistas usam o discurso de que Gabrielli será um "reforço importante para o governo". "Vincular o Gabrielli à sucessão estadual é um tanto quanto precipitado", desconversou Jutai Moraes de Jesus, da executiva do partido.

Apesar de ser "cotadíssimo" para ser candidato à sucessão de Wagner, Gabrielli terá de se destacar nas eleições deste ano. "O favorito do governador será quem se cacifar. Temos uma eleição duríssima em 417 municípios e temos de ganhar em pelo menos 100", disse Neres. "José Sérgio tanto tem competência para ser presidente da Petrobras quanto para ser governador da Bahia. O que vai determinar se vai ser ou não (candidato) é o momento e a oportunidade política", completou Jutai.

Em 2014, Wagner terá duas opções: deixar o governo estadual para ser candidato à deputado federal ou cumprir seu mandato até o último dia e ser "o governador da Copa". Em 2010, o governador avisou que abriria mão da candidatura ao Senado em 2014 para que o PT oferecesse a vaga a um partido aliado. "Ele abriu caminho para o PT ser cabeça de chapa", disse Neres.

Além de amiga da presidente Dilma Rousseff, a indicada pelo governo para comandar a Petrobras, Maria das Graças Foster, é doadora de campanha de Dilma. Graças Foster ocupa hoje a diretoria de Gás e Energia da companhia petrolífera.

Segundo dados disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2010, a diretora doou R$ 24 mil para o comitê financeiro nacional do PT para presidente da República. As doações foram feitas em 10/08 e 06/09 daquele ano.

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A futura presidente da Petrobras colaborou ainda com outra campanha do PT. Ela doou no dia 01/09/2010 outros R$ 10 mil por meio de transferência eletrônica para o comitê financeiro único do partido no Rio de Janeiro. No dia 28 do mesmo mês, Graça Foster fez outro depósito, no valor de R$ 500,00, em espécie, na conta da direção estadual do PT.

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT) confirmou hoje, em entrevista à TV Aratu, afiliada do SBT no Estado, que espera que o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, integre sua equipe de governo já a partir do próximo mês.

Gabrielli telefonou para o governador baiano por volta das 10 horas da manhã desta segunda-feira para informar oficialmente que deixaria o comando da estatal no início de fevereiro, no dia 12 ou 13. "O convite está feito", respondeu Wagner.

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O governador diz ainda não ter escolhido para qual secretaria Gabrielli será convidado. As especulações indicam que o executivo deve ter como destino a secretaria da Fazenda, já que o atual secretário, Carlos Martins, deverá se afastar do cargo para disputar a prefeitura de Candeias, na região metropolitana de Salvador. Outra aposta é de que Gabrielli vá para a secretaria do Planejamento, que poderia ser desocupada depois de um remanejamento de pastas.

Sucessão

Wagner tem dito que Gabrielli é "um nome à altura" para disputar sua sucessão. Seria a segunda vez que o presidente da Petrobras concorreria ao governo baiano. Na primeira, em 1990, não figurou entre os principais concorrentes no pleito, vencido em primeiro turno por Antônio Carlos Magalhães (do então PFL, atual DEM).

Para Jaques Wagner, no entanto, é necessário que Gabrielli esteja no Estado para concorrer ao posto. "Ele tem de estar aqui, participar do governo, do dia-a-dia, estreitar relações com a sociedade e com o partido", disse em jantar com a imprensa, promovido em dezembro.

Apesar de o governador baiano continuar dizendo que "está cedo" para definir quem seria seu favorito à sucessão - "primeiro temos de passar por 2012", disse ele hoje -, os dois postulantes mais cotados, dentro do governo, já estão definidos: além de Gabrielli, o governador tem simpatia pelo deputado Rui Costa, que assumiu, neste mês, a Secretaria da Casa Civil.

Apesar do cenário de retração da economia mundial, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, acredita que a tendência para o preço do petróleo é de crescimento. "A era do petróleo barato já passou", disse ele. Segundo Gabrielli, vem ocorrendo um deslocamento da demanda pelo insumo nos últimos anos. Enquanto a demanda dos Estados Unidos, da Europa e do Japão passam por uma estagnação, a dos países emergentes vem crescendo a passos mais largos. Tanto que, nos últimos cinco anos, a demanda mundial subiu de 83 milhões de barris para 87 milhões de barris por dia.

Gabrielli lembra que, mesmo que a demanda se mantenha nesse nível, será necessário acrescentar ao longo dos próximos 30 anos de 45 milhões a 65 milhões de barris só para compensar o declínio de produção dos campos atuais. O executivo participa de um seminário sobre petróleo e gás no Rio de Janeiro.

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O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, abriu hoje o 4º Congresso Internacional de Desenvolvimento Sustentável destacando que o desenvolvimento de nações como o Brasil ocorre com a redução de diferenças sociais e isso deverá estimular o consumo de combustíveis em uma escala cada vez maior nos próximos anos. Ressaltando que o aumento da demanda de combustíveis no mundo hoje vem dos países em desenvolvimento, ele lembrou que os combustíveis fósseis ainda representam dois terços do consumo no mundo.

"É um desafio ambiental fundamental de sustentabilidade para esses países combinar a disponibilidade de fontes primárias de energia com eficiência energética. Isso significa diminuir desperdício, otimizar o uso de energia", disse. Ele citou que a companhia tem vários programas nesta linha, entre eles o de reduzir em 65% a intensidade da queima de gás nas unidades de produção.

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Além disso, Gabrielli destacou que o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) tem buscado alternativas eficientes na área de combustíveis alternativos. "Temos patentes na produção de etanol a partir de lignocelulose. Já estamos entrando na fase de produção pré-industrial até 2015. Também estamos avançando para o desenvolvimento de uso de combustíveis com melhores motores e maior aproveitamento, além da redução de emissões".

A Petrobras irá à Justiça para buscar seus direitos, caso o governo e o Congresso aprovem a proposta do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), de elevar o valor da participação especial sobre campos já produtivos. "O contrato de concessão, com base na lei 9.478, que é a Lei do Petróleo de 1998, remete às condições de pagamento de royalties e participações especiais. Portanto, se alterarem as condições, está se alterando este contrato", disse o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli.

Segundo ele, os contratos em vigor hoje pagaram R$ 19 bilhões no final de 2010 em royalties e participações especiais. Estes mesmos contratos chegarão a 2020 pagando cerca de R$ 45 bilhões referentes aos tributos já previstos. "Não faz sentido mexer nisso", comentou, dizendo que "a Petrobras teria que disputar judicialmente esta decisão caso ela ocorra". "Se não fizer isso, pode ser acusada de uma administração temerária. Se altera os contratos, ela (a Petrobras) obrigatoriamente terá que brigar", disse.

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LEILÕES

Gabrielli também disse hoje que não vê vantagens no adiamento da realização dos leilões de áreas exploratórias tanto para o pós-sal (11ª Rodada) quanto para o pré-sal (primeira rodada de contrato de partilha). O elevado plano de negócios da estatal - que prevê investimentos entre 2011 e 2015 na casa dos US$ 224 bilhões - mais a necessidade de desenvolvimento das áreas da cessão onerosa obtidas do governo no processo de capitalização no ano passado, são apontados pelo mercado como possíveis razões para que os leilões estivessem sendo adiados ao máximo pelo governo. Ou seja, o governo estaria poupando a Petrobras da necessidade de dispor de mais recursos e aumentar, por consequência, sua dependência do mercado de capitais.

"Uma empresa de petróleo vive de áreas exploratórias. Numa empresa, os investimentos em áreas exploratórias são muito pequenos. O grosso do investimento é no desenvolvimento destas áreas. Nós vamos aumentar a produção com novas áreas que entrem, por isso não vejo vantagens", disse.

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