O deputado Paulino da Força, depois de protocolar um pedido de audiência com a presidente Dilma Rousseff para até o dia 17 de dezembro, para tentar convencê-la da importância da votação do projeto que acaba com o fator previdenciário, deixou o Planalto nesta terça-feira (4) ameaçando atrapalhar as votações de interesse do governo. "O governo precisa de orçamento, precisa de crédito, de votar Medidas Provisórias. Então, tudo que o governo precisar agora, não terá mais porque nós vamos atrapalhar", advertiu o deputado Paulo Pereira da Silva.
Segundo ele, estão juntos com as centrais sindicais para fazer obstrução às votações no Congresso para pressionar pela aprovação do fim do fator previdenciário os partidos PDT, PTB, PSD, PR, PSC, e nesta terça o PSB aderiu à obstrução. "A ideia que temos é, primeiro, convencer a presidente que é um erro ficar contra o projeto e não votar a proposta de 85/95 porque hoje as pessoas são incentivadas a se aposentarem mais cedo e o fim do fator faria as pessoas continuarem trabalhando, o que seria uma economia para o governo", disse Paulinho, acrescentando que "o projeto é bom para os trabalhadores e para o governo. Paulinho quer que a presidente Dilma receba os presidentes das centrais sindicais e "não fique só ouvindo os técnicos".
##RECOMENDA##Paulinho chegou a causar um tumulto no Planalto nesta terça ao forçar a entrada no prédio principal do Palácio, com sindicalistas. No entanto, foi barrado, primeiro pelo Exército, e em seguida, pela segurança do próprio Planalto. Ao final, o deputado foi recebido por um assessor do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que encaminhou o pedido de audiência.