Tópicos | e-mails

Uma série de e-mails trocados entre Marcelo Odebrecht e executivos afastados do grupo mostra como o empreiteiro usava de sua proximidade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ex-diretores da Petrobras para tentar obter contratos em outros países. Anexadas aos autos da Operação Lava Jato em dezembro, as mensagens tratam de negócios da Odebrecht na Argentina, Bolívia e Peru.

Em uma das trocas de e-mails destacadas pela Polícia Federal, Marcelo Odebrecht - afastado da presidência do grupo em novembro, após ser preso pela Lava Jato em 19 de junho - conversa com os executivos do grupo Carlos Brenner, Roberto Prisco Ramos, Márcio Faria e Rogério Araújo. O assunto tratado, negócios da Braskem - petroquímica da empresa em sociedade com a Petrobras - no Peru e uma visita do ex-presidente Lula.

##RECOMENDA##

Para a PF, o documento indica a tentativa de Odebrecht de usar a influência do ex-presidente para fechar o negócio. Quem também participa da troca de mensagens é o ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e o ex-gerente da estatal Luís Moreira.

Em 25 de janeiro de 2008, Brenner escreve para Roberto Ramos. "Vi no jornal que o Lula estará em Lima em 5/3 para encontrar-se com Alan García (ex-presidente peruano). O foco é a discussão de relações bilaterais. Já pensou se conseguirmos incluir na agenda a assinatura do MoU???", diz. O negócio buscado pelo grupo, "MoU", era um acordo para a instalação de um polo petroquímico no Peru que envolvia a parceria entre Petrobras e Petroperu. O projeto, segundo a Braskem, previa a industrialização de etanol.

Cinco dias depois, em 30 de janeiro, Ramos envia a Rogério Araújo - preso na Lava Jato e suposto operador de propinas do grupo - mensagem sobre o caso. "Só para sua informação. O ideal era voltar ao assunto depois do carnaval e ver se conseguimos combinar com nosso amigo Nestor (Cerveró) estar em condições de assinar o protocolo durante a visita de Lula!"

No mesmo dia, Araújo repassa o e-mail de Ramos intitulado "Lula no Peru" a Cerveró - preso pela Lava Jato e delator - com a mensagem: "O que você acha desta estratégia?".

Um dia depois, 31, o ex-diretor de Internacional responde a Araújo e copia o ex-gerente da Petrobras em seu e-mail funcional: "Este assunto já foi acertado com o Cesar Gutierrez (presidente da Petroperu) na minha reunião da última semana, quando estive em Lima. Acho boa ideia e vamos andar rápido com o assunto". A troca de mensagens é copiada para Marcelo Odebrecht. "Apenas para inf. Assunto em evolução."

Em 7 de fevereiro, o próprio dono da Odebrecht responde aos executivos. "Ótimo. Estes eventos com Lula são bons pois criam um deadline." O acordo buscado pela Braskem foi assinado durante a visita de Lula.

Argentina

Nos e-mails anexados a um dos inquéritos em que executivos da Odebrecht são investigados, há também a atuação de Marcelo Odebrecht em visita de Lula feita em fevereiro de 2008 à Argentina. No relatório da PF, foi destacado trecho de mensagem enviada por Odebrecht a Henrique Valladares, executivo do grupo, em 4 de fevereiro. "Preciso (de) uma nota sobre Garabi para preparar a ajuda memória final que quero enviar para Lula até amanhã, referente à visita dele a Argentina." O projeto é o da usina hidrelétrica Garabi-Panambi, a ser construída na fronteira entre Brasil e Argentina.

Marcelo Odebrecht recebe o material e responde: "Roberto (Ramos). Um terço de página apenas ou o cara não lê". Para a PF, o empreiteiro se referia a Lula. "Pela dimensão e importância dos projetos atualmente em execução e em estudo pela Odebrecht na Argentina, havendo oportunidade, seria importante que o presidente Lula pudesse reforçar, junto à presidente Cristina (Kirchner), a confiança que tem na Odebrecht", diz outro trecho de mensagem.

Bolívia

Nas mensagens tratando sobre interesses da Odebrecht na Argentina, há referência ao presidente da Bolívia, Evo Morales. "Sugere-se ao presidente Lula comentar com o presidente Evo Morales sua satisfação em relação à boa evolução do projeto." O negócio de interesse naquele país era um polo de gás químico. O encontro entre Lula, a ex-presidente argentina Cristina Kirchner e Evo Morales ocorreu em 23 de fevereiro de 2008.

O ex-presidente Lula não é investigado na Lava Jato, mas sua atuação em favor de empreiteiras que são alvo da operação tem sido apurada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse que não vai rever seus e-mails para determinar quais estavam relacionados ao trabalho e quais possuem teor pessoal, antes de encaminhá-los ao Departamento de Estado. Mas afirmou que confia em seus advogados para fazer as determinações adequadas.

Ao ser questionada se era possível que seus e-mails de trabalho tivessem sido excluídos - durante uma entrevista no programa "Meet the Press", da NBC -, ela respondeu que o processo foi exaustivo, mas que não participou pessoalmente.

##RECOMENDA##

"Eu não olhei os e-mails", disse. "Eu queria que [meus advogados] fossem tão claros em seus processos quanto possível. Não queria supervisioná-los. Se eles julgaram que [os e-mails] tinham a ver com trabalho, então serão enviados ao Departamento de Estado. Caso contrário, não", afirmou Hillary, alegando que permitiu que sua equipe deletasse os e-mails pessoas, pois "não precisava mais deles".

Os comentários vieram na esteira de relatos de que o Escritório Federal de Investigação - que está examinando o servidor usado por Hillary para o envio de e-mails pessoais e de trabalho - recuperou algumas das mensagens apagadas.

Ela assinou uma declaração atestando que transferiu todos as mensagens de trabalho.

Hillary também foi questionada sobre discrepâncias do período no qual começou a usar sua conta pessoal para receber ou enviar e-mails de trabalho. Ela afirmou que houve "um período de transição" quando ela assumiu o cargo. "Eu não era tão focada na minha conta de e-mail", disse.

Um assessor da democrata afirmou que a conta de Hillary começou a ser hospedada em seu servidor pessoal em março de 2009, razão pelo qual os registros endereçados ao Departamento de Estado começaram a aparecer naquela época. Contudo, o assessor também disse que o domínio "clintonemail.com" foi comprado em janeiro daquele ano, e que "parece que ela começou a usá-lo antes de ser hospedada no servidor.

Hillary afirmou que a criação do sistema pessoal era menos complicada do que possa parecer, alegando que o servidor já estava em vigor para o uso de seu marido, o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton. "Eu adicionei minha conta ao servidor e, aparentemente, demorou algum tempo para fazer isso", disse.

A ex-secretária de Estado ainda apelou para a consciência da população norte-americana. "Se as pessoas estão incertas, se elas têm preocupações sobre as questões dos e-mails, é a escolha delas dizer que isso vai influenciar como eu penso sobre as eleições", afirmou Hillary, ressaltando que espera que as pessoas também vão olhar para seu passado de advogar pelas famílias e suas propostas para lidar com os altos custos dos remédios. Fonte: Dow Jones Newswires.

A força-tarefa que atua na Operação Zelotes deverá analisar 230 mil e-mails e 2.300 horas de interceptações telefônicas autorizadas pela justiça. O trabalho visa desvendar o suposto esquema de corrupção no Conselho de Recursos Administrativos Fiscais (Carf), órgão que funciona como uma espécie de "Tribunal da Receita".

Os números foram mencionados pelo procurador da República que coordena as investigações, Frederico Paiva, ao Conselho Superior do Ministério Público. Ao apresentar os dados, Paiva submeteu ao Conselho um pedido de afastamento por 60 dias de um cargo que ocupa no 6.º Ofício de Combate à Corrupção, sob a justificativa do volume de trabalho acumulado com a Operação. A solicitação do procurador foi aprovada pelos membros do Conselho, presidido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na manhã de ontem (20). De acordo com Paiva, a análise do material é referente a 43 investigados.

##RECOMENDA##

No início do mês, o Conselho Superior do Ministério Público aprovou a criação de uma força-tarefa para cuidar exclusivamente da Operação Zelotes. Paiva é o coordenador do grupo, que conta com mais três procuradores da República. Além do coordenador, compõem a força-tarefa os procuradores José Alfredo de Paula Silva e Raquel Branquinho, os dois da Procuradoria Regional da República da 1.ª Região, e Rodrigo Leite Prado, da Procuradoria da República em Minas Gerais.

Investigações

A Operação Zelotes, deflagrada em 26 de março, investiga 74 processos que somariam R$ 19 bilhões em fraudes contra o fisco. Segundo a PF, foram constatados prejuízos de, pelo menos, R$ 6 bilhões aos cofres públicos - valor três vezes maior do que o desviado da Petrobrás por meio do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato (R$ 2,1 bilhões). O Carf, órgão ligado ao Ministério da Fazenda, é responsável por julgar processos relacionados a autuações fiscais da Receita Federal.

As ações do Carf foram suspensas logo após a Operação ter sido deflagrada pela PF e a previsão é de que atividades do Conselho sejam retomadas em breve. Para isso, o governo vai abrir consulta pública com propostas de mudanças na estrutura e no funcionamento do órgão, o que deve ter início na próxima quinta-feira, de acordo com o Ministério da Fazenda.

Figuram entre os investigados na Operação bancos, grandes empresas e montadoras. A suspeita é de que essas companhias se livraram do pagamento de dívidas com o Fisco mediante repasse de suborno a integrantes do Conselho.

Entre os investigados estão os bancos Bradesco, Santander, Safra, Pactual e Bank Boston, as montadoras Ford e Mitsubishi, além da gigante da alimentação BR Foods.

Na relação das empresas listadas na Operação Zelotes também constam Petrobrás, Camargo Corrêa e a Light, distribuidora de energia do Rio. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Estudantes que se inscreverem para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que serão realizadas nos dias 8 e 9 de novembro, precisam ficar alertas. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela organização do Enem, divulgou que não enviou e-mail aos inscritos informando erros no cartão de inscrição ou solicitando recadastramento. 

De acordo com o Inep, informações do tipo foram enviadas para muitos feras, porém, ainda não se sabe quem é o emissor. O órgão ainda destaca que os cartões de inscrição – documento que possui informações importantes dos candidatos, como local de realização de prova – serão enviados pelos correios ou poderão ser consultados no site do Enem. Mais informações podem ser conseguidas pelo telefone 0800-61-6161.

##RECOMENDA##

O Gmail poderá receber algumas novas funcionalidades na caixa de entrada. Segundo imagens vazadas do site Geek.com, o Google está testando uma versão do correio eletrônico com novas guias para viagens, compras e finanças, que irá complementar o atual "Sociais", "Promocional", "Atualizações" e "Fóruns" que os usuários adicionam ao lado de sua caixa de entrada padrão.

A versão vazada também inclui algumas novas ferramentas que fazem com que mensagens importantes não se percam. No lugar das velhas estrelas haverá um recurso de repetição que permite ao usuário ler o e-mail, e em seguida, configurá-lo para ser marcado como não lido.

##RECOMENDA##

Como sempre, este projeto poderá ser apenas um teste preliminar, e dado o número de recursos experimental que o Google tem tentado ao longo dos anos, estas opções não são inteiramente novas.  No entanto, a ideia das guias do Google seria apenas uma expansão do que o Gmail já queria, "várias caixas de entrada". 

Em comunicado no blog oficial da empresa, a Microsoft anunciou, por meio de um post do responsável por assuntos jurídicos Brad Smith, que não voltará a investigar vazamento de dados nos emails de usuários. Nesta última semana, a empresa "precisou" investigar o vazamento de uma cópia do Windows 8, vasculhando, assim, vários emails de uma pessoa para encontrar provas necessárias e tomar atitudes cabíveis. 

Em versões anteriores, os termos de uso do Outlook e Hotmail permitiam que a empresa tivesse acesso aos dados pessoais do usuário caso encontrassem possíveis riscos à sua propriedade intelectual. Agora, a Microsoft promete entregar todo o caso para a polícia, que será o responsável por assumir o problema.

##RECOMENDA##

Com essa "invasão", a Microsoft perdeu muito da confiança do seu público, visto que a empresa olhou e-mails sem um mandado legal. No entanto, no contrato do serviço, que praticamente todos os usuários assinam sem ler, diz que a empresa pode acessar informação sobre quem ela quiser. E inclui o conteúdo das comunicações caso sirva como fator de proteção aos direitos ou propriedades da Microsoft.

Os Correios estão trabalhando para desenvolver um e-mail gratuito criptografado para a população para evitar espionagem de conteúdo. Segundo o secretário executivo do Ministério das Comunicações, Genildo Lins, a remuneração da empresa poderia ser feita por meio da venda de anúncios na página, assim como os atuais e-mails gratuitos como Gmail e Hotmail.

“É uma grande oportunidade de negócios do ponto de vista dos Correios. Os Correios do mundo hoje não vivem só de cartas, tem que encontrar novas formas de se sustentar”, disse Lins. A ideia surgiu durante o desenvolvimento de um projeto de certificação digital de mensagens, que está sendo feito pelos Correios para oferecer a empresas e pessoas físicas, mediante pagamento.

##RECOMENDA##

Lins disse que, apesar de o sistema ter começado a ser estudado antes das denúncias de espionagem de mensagens de brasileiros pelo governo dos Estados Unidos, as notícias recentes podem acelerar o projeto. Ele não estimou um prazo para o sistema de e-mail estar concluído, que vai depender das  condições de mercado e da expectativa de receita dos Correios.

Durante entrevista coletiva, na tarde de hoje, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reforçou a necessidade de o país ter um servidor de raiz para evitar o problema de espionagem.

A fim de evitar o uso dos seus próprios e-mails funcionais, funcionários da Siemens criaram "e-mails fantasia" para discutir com um "consultor" os termos de uma licitação tocada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) no ano de 2005, durante a gestão Alckmin (PSDB). Os endereços eletrônicos foram batizados com nomes de personagens de conto de fadas, como "Branca de Neve" e "Sete Anões".

As Siemens firmou em maio deste ano um acordo de leniência com Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no qual admitiu ter integrado um cartel de empresas que atuou em concorrências do sistema de trens metropolitanos de São Paulo e Distrito Federal entre os anos de 1998 e 2008.

##RECOMENDA##

Num dos documentos entregues ao Cade, há cópias dos e-mails criados para a negociação com o "consultor". Ao menos quatro pessoas tinham conhecimento desses endereços eletrônicos, entre elas um dos ex-executivos que denunciaram o cartel ao órgão federal.

A licitação discutida nos e-mails "neve.branca@gmail.com" e "sete.anoes@gmail.com" é a mesma que executivos da empresa sabiam que venceriam antes mesmo de o governo paulista lançar os editais, conforme revelado no início de agosto. O processo de concorrência começou em 2004 e terminou em 2005.

Em um e-mail enviado às quatro pessoas em 24 de maio de 2005, o funcionário Eder Luciano Saizaki informou: "Para facilitar a comunicação com o consultor foram criados os seguintes emails: neve.branca@gmail.com e sete.anoes@gmail.com. Estas contas de e-mail contam com 2 GB de capacidade, acredito ser mais do que suficiente para troca de informações".

Entre os destinatários da correspondência estavam Peter Andreas Gölitz, que chefiava uma unidade de negócios dentro do setor de transportes e é um dos seis ex-funcionários da Siemens que assinaram o acordo de leniência com o Cade.

Também recebeu o e-mail Carlos Teixeira, gerente da MGE Transportes, empresa com a qual a multinacional alemã combinava se associar para o fornecimento do serviço. Investigadores do caso suspeitam que a MGE era uma das rotas do pagamento de propina feito pela Siemens a agentes públicos.

O e-mail enviado por Eder Saizaki não específica quem seria o consultor com quem os destinatários se comunicariam. Em relação a essa licitação de 2005 da CPTM, a única consultoria que aparece entre as provas entregues pela própria Siemens ao Cade é a Procint, de propriedade do lobista Arthur Teixeira.

A polícia e o Ministério Público - que assim como o Cade investigam os fatos narrados pela Siemens em seus âmbitos de competência -, suspeitam que duas offshores que estariam em nome de Teixeira no Uruguai eram outra rota de propina utilizada pela multinacional alemã.

Aproximação

Em e-mail de 29 de outubro de 2004, Peter Gölitz relata ter havido uma reunião na Procint para tratar da licitação da CPTM - ao contar ter sido procurado por integrantes de uma empresa de nome CCC, que, segundo ele, estaria procurando uma aproximação com a Siemens e teria tido uma reunião na MGE. "Sei que nosso grupo já está fechado, não estou sugerindo cooperação. Mas seria interessante mantê-los entretidos mais um pouco para que não tenham tempo de se alinhar com outra empresa - conforme reunião na Procint, a CCC, a Mitsui e outras pequenas estariam fora dos acordos", escreveu.

A Siemens não comentou o caso ontem (27). Indagado se pediria a quebra do sigilo dos e-mails, o governo paulista declarou que "não hesitará em recorrer ao Judiciário, quantas vezes for preciso, para obter as informações essenciais para exigir o ressarcimento dos prejuízos causados pela suposta formação de cartel". E lembrou ter entrado com ação de indenização contra a empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) espionou cerca de 56 mil comunicações eletrônicas, no período de 2008 a 2011, de cidadãos sem ligações com o terrorismo. A informação está em documento oficial, preparado pela direção da agência, confirmando a interceptação de dados.

O gabinete do diretor nacional do serviço de informações, James Clapper, publicou ontem (21) documento, de 86 páginas, em que detalha a forma como a agência interceptava dados que violam a privacidade de pessoas, sem relação com o terrorismo, levando a instituição a mudar a forma de coleta de informações eletrônicas.

##RECOMENDA##

A publicação do documento ocorre depois de o governo norte-americano decidir desclassificar as decisões do tribunal federal, que define e autoriza as operações de vigilância, assim como analisa a legalidade dos programas de espionagem.

As deliberações do tribunal são normalmente secretas (classificadas), mas a mudança para revelar os documentos surge em meio às denúncias de Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa terceirizada que prestava serviços à NSA e que divulgou o esquema de espionagem.

Com base no extinto programa, a NSA desviava grandes volumes de dados internacionais que circulavam por fibra ótica nos Estados Unidos, supostamente para filtrar as comunicações estrangeiras. Porém, a agência indicou dificuldades para separar os e-mails dos norte-americanos e a estimativa é que tenha recolhido cerca de 56 mil comunicações domésticas todos os anos.

A NSA recolhia entre 20 milhões e 25 milhões de correios eletrônicos por ano, por intermédio desse programa, dos quais cerca de 56 mil eram classificados como domésticos, representando comunicação de cidadãos norte-americanos ou residentes nos Estados Unidos sem ligações com o terrorismo.

Em 2011, o tribunal federal, criado pela Lei de Vigilância e Inteligência Estrangeira, considerou o programa inconstitucional. “A aquisição desse tipo de comunicação obviamente não ajuda ao objetivo do governo de ‘obter, produzir e disseminar informação de inteligência estrangeira’”, destacou o juiz John Bates, do tribunal federal, segundo o documento desclassificado.

De acordo com a NSA, o que houve foi um problema técnico e não uma deliberada invasão de privacidade. Em 2012, a agência apagou todos os correios eletrônicos de cidadãos norte-americanos que tinha recolhido por esse método.

O documento judicial foi publicado com outros igualmente desclassificados e está disponível na páginahttp://icontherecord.tumblr.com, criada pelo gabinete do diretor nacional da NSA na tentativa de aumentar a transparência sobre os programas de espionagem nos Estados Unidos. Há menos de duas semanas, o presidente norte-americano, Barack Obama, avisou sobre a criação da página.

 

Em meio à divulgação de informações de que, nos Estados Unidos, o governo monitora telefonemas e e-mails, as autoridades brasileiras defendem a ampliação das discussões sobre o tema, sob a ótica do interesse dos cidadãos. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tovar da Silva Nunes, disse à Agência Brasil que os debates devem ser em nível multilateral e não bilateral.

“Participamos das discussões, observando os interesses dos cidadãos, com os focos na segurança, na democratização e na privacidade”, ressaltou o porta-voz, ressaltando a importância dos debates em torno do marco civil da internet. O marco civil da internet é uma iniciativa para regular o uso da rede no país, por meio da previsão de princípios, garantias, direitos e deveres, detalhando as diretrizes para usuários e do Estado.

##RECOMENDA##

O assunto é controvertido em vários países e está em tramitação na Câmara uma proposta sobre o tema. O texto faz menção à privacidade, identificação dos usuários, retenção de dados, a função social da rede e responsabilidade civil de usuários e provedores.

No último dia 12, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o governo brasileiro está preocupado em decorrência das denúncias sobre a existência de um programa que permite aos serviços de segurança dos Estados Unidos monitorar telefonemas e e-mails. Segundo ele, há uma série de aspectos que devem ser esclarecidos. Ele defendeu a liberdade na internet e o direito de seus usuários à privacidade.

“Para o governo brasileiro, essas notícias são preocupantes”, disse Bernardo, na abertura de um evento promovido pela Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), em São Paulo. “Não vou me meter nas questões dos Estados Unidos, que têm suas preocupações com segurança, como nós aqui também temos. Acho, contudo, que há uma série de questões que precisam ser respondidas”.

No último dia 7, os jornais The Guardian (britânico) e The Washington Post (norte-americano) publicaram informações de que a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (do inglês, NSA) e o Escritório Federal de Investigação norte-americano (cuja sigla é FBI) tiveram acesso direto ao banco de dados de empresas de internet e telefonia.

Após a divulgação das informações, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, manifestaram-se. As empresas citadas nas reportagens negaram conhecimento sobre a existência do Programa Prism (sigla em inglês para Métodos Sustentáveis de Integração de Projetos). O programa secreto permite à NSA se ligar aos servidores das empresas para consultar informações sobre os utilizadores.

A Microsoft confirmou que o Hotmail irá chegar ao fim e dará lugar definitivamente ao Outlook.com. Esse serviço estava em fase de testes desde o mês de julho do ano passado e agora entrou em fase operacional.

Na metade de 2013, quem tem conta no Hotmail passará por uma migração automática para a nova experiência. Os endereços dos usuários não serão alterados e as senhas, contatos, mensagens recebidas e enviadas, pastas de e-mails também não sofrerão modificações. Além de combinar com parte do Live.com, o serviço ainda terá arquivos do Skydrive. O usuário ainda poderá escolher se fica com o endereço @hotmail.com, ao invés do @outlook.com.

##RECOMENDA##

Para atualizar sua conta, basta acessar o site do Outlook com seu e-mail e senha atual.

Campanha de Marketing

O serviço nos Estados Unidos terá uma nova campanha de marketing, lançada pela Microsoft, onde, de acordo com a empresa, será “a maior de todas” já criada para um serviço de webmail gratuito. Anúncios de TV e vídeos para a web farão parte dos anúncios, que tem foco nas novas características do Outlook.com. Confira:

 

A Receita Federal alerta seus contribuintes para que não abram, nem respondam mensagens que chegam a suas caixas postais eletrônicas em nome do órgão. Devido a alguns e-mails falsos, por meio de comunicado oficial a instituição alerta: a Receita não envia e-mail para os contribuintes, nem intima, notifica ou cobra ninguém por correio eletrônico.  Também não autoriza parceiros e conveniados a fazê-lo em sem nome. 

Quadrilhas especializadas em crimes pela internet tentam obter ilegalmente informações fiscais, cadastrais e principalmente financeiras dos contribuintes. Estas mensagens estão cada dia mais criativas e sempre pedem “urgência” na resposta.  Apresentam também telas que misturam instruções verdadeiras e falsas, confundindo o contribuinte. Elas também sempre estimulam o colaborador a responder questionamentos ou instalam programas nos computadores utilizados, que assim, acabam por repassar, a estes fraudadores, dados pessoais e fiscais. 

##RECOMENDA##

De acordo com o delegado adjunto da Receita Federal do Brasil do Recife, Paulo Lira, só nesta segunda-feira (1), seis contribuintes contataram a Receita com dúvidas sobre emails duvidosos que receberam em nome do órgão federal. 

Saiba como proceder perante estas mensagens: 

1. Não abrir arquivos anexados, pois normalmente são programas executáveis que podem causar danos ao computador ou capturar informações confidenciais do usuário; 

2. Não acionar os links para endereços da Internet, mesmo que lá esteja escrito o nome da RFB, ou mensagens como "clique aqui", pois não se referem à Receita Federal; e 

3. Excluir imediatamente a mensagem. 

Para esclarecimento de dúvidas ou informações adicionais, os contribuintes podem procurar as unidades da Receita, acessar a página na internet (www.receita.fazenda.gov.br) ou entrar em contato com o Receitafone (146). 

http://www.receita.fazenda.gov.br/Novidades/Informa/emailfalsos.htm 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando