Funcionários dos setores de emergência, UTI e enfermarias do Hospital Pelópidas Silveira, no Curado, receberam uma ação educativa promovida pela Central de Transplantes (CT-PE) e pela Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) na última quarta (24). Durante a manhã, os profissionais receberam panfletos acerca da importância do diagnóstico correto e da notificação da morte encefálica, além da conscientização a respeito da doação de órgãos. Cartazes da campanha foram espalhados pelos setores mais movimentados da unidade.
“Nossos funcionários são bem preparados para incentivar as famílias dos pacientes a doarem os órgãos dos entes falecidos, caso seja viável, mas ainda assim organizamos uma palestra para tirar as dúvidas de enfermeiros e técnicos sobre morte encefálica”, conta Mayara Brenna de Oliveira, enfermeira chefe do CIHDOTT. Para ela, o debate funcionou como uma forma de reforçar a importância da campanha de doação de órgãos. “Quando o pessoal da Central de Transplantes distribuiu os panfletos e os cartazes pelo Hospital, muitos dos funcionários já estavam por dentro do assunto e perceberam a importância da doação de órgãos. Com certeza, isso vai influenciar na forma de se relacionar com os pacientes em casos difíceis”, pontua a enfermeira.
##RECOMENDA##Nesta quinta (25), as ações da Semana Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos chegam até estudantes do curso de enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco. Durante a palestra, haverá a oportunidade tirar dúvidas a respeito de formas de comunicar à família da morte encefálica do ente, além de aprenderem formas de incentivar a doação de órgãos.
“No HPS, o que acontece é que em muitos dos casos a família impede a doação de órgãos porque tem medo de que o ente falecido seja mutilado. Por não apresentar a vontade de doar órgãos em vida, a família do falecido também veta a doação de estruturas do organismo que poderiam ajudar quem está na fila de doação. Às vezes, a religião das famílias também influencia nessa decisão”, comenta a chefe do CIHDOTT. No Recife, pelo menos 24% das famílias não aceitam que os órgãos de seus pais, filhos, irmãos ou avós sejam repassados para quem aguarda um transplante. Em Pernambuco, há 1.298 pessoas na fila para receber um novo órgão.