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O instituto Gartner reduziu de 9,3% para 3,8% as projeções de crescimento do mercado global de PCs no último trimestre de 2011. A indústria deverá fechar dezembro com 352 milhões de unidades, quase 54 milhões a menos que a previsão anterior.

Segundo a consultoria, a indústria será impactada dramaticamente devido à instabilidade econômica da Europa Ocidental e dos Estados Unidos, e por conta do crescimento da preferência do consumidor por tablets, do tipo iPad, da Apple.

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É a segunda vez neste ano que a consultoria reduz as previsões de vendas globais de PCs.  "A expectativa original era de que a economia se estabilizaria no segundo semestre e os consumidores que não atualizam seus PCs há algum tempo seriam atraídos de volta para o mercado", diz Ranjit Atwal, diretor de análises do Gartner.

As vendas do segundo trimestre deste ano foram muito menores que o esperado nos Estados Unidos e os primeiros sinais são de que os gastos na volta às aulas foram desapontadores. Muitos consumidores estão comprando smartphones e tablets, mas mantendo seus computadores de mesa ou laptops por mais alguns anos.

Smartphones em alta

Em contraste com a redução das vendas de PCs, o Gartner prevê que as vendas mundiais de smartphones deverão crescer 57,7% em 2011, para 468 milhões de unidades, enquanto as vendas de tablets deverão mais que triplicar, para quase 70 milhões de unidades.

A decisão recente da HP de desmembrar sua unidade de PCs enfatiza as dificuldades que o setor enfrenta. Em agosto, a Acer, de Taiwan, a quarta maior fabricante de PCs do mundo, em vendas, projetou prejuízo para 2011, e a Dell cortou sua previsão de receita para o ano.

Esta semana, vários gestores de TI explicaram, durante a VMworld, os desafios de gestão de rede e segurança que enfrentam.

A General Mills, por exemplo, pode ser considerada pioneira na utilização do software de virtualização de software View, tendo escolhido o VMware View 4.6 há mais de um ano para o seu primeiro projeto de virtualização de desktops (a versão mais recente é o View 5.0).

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A necessidade de rapidamente equipar uma unidade na Índia com poder de computação foi um fator importante na decisão de experimentar a virtualização de desktop. Outro elemento relevante foi a necessidade de estabelecer “um espaço de trabalho flexível", revela Chad Erickson, arquiteto sênior de virtualização da empresa.

Hoje, cerca de 7% dos cerca de 18 mil desktops da General Mills são virtualizados. Principalmente aqueles disponibilizados no exterior, controlados a partir da sede em Minneapolis, nos EUA.

Usar uma WAN para oferecer e gerir a virtualização de desktops e disponibilizá-los a usuários finais pode trazer desafios importantes de largura de banda. Além disso, as aplicações têm de ser cuidadosamente provisionadas e “afinadas” para não degradarem desempenho da rede. Até agora, tem funcionado suficiente bem.

Quanto à segurança, foi necessário criptografar o tráfego de virtualização entre as máquinas da sede e os PC das outras instalações. A General Mills descobriu que melhoraria o desempenho da rede com a remoção dos aceleradores de WAN, por não estarem preparados para a virtualização.

Em uma sessão intitulada “Lições da Implantação de 3000 Desktops Virtuais”, Jeff O’Connor, engenheiro técnico da Australian Securities & Investment Commission, disse que o projeto de virtualização realizado na instituição tem transcorrido sem problemas.

Há muito a aprender sobre o planejamento de provisionamento de largura de banda e memória para garantir que a experiência de uso da aplicação seja positiva. Problemas podem resultar em falhas generalizadas em centenas de usuários do View. No entanto, segundo O’Connor, os incidentes têm diminuído bastante, conforme a agência reguladora ganha maior experiência com a virtualização de desktops em thin clients.

Ele considera problemático o provisionamento de antivírus porque se as varreduras não forem aleatórias e programadas para horas fora de expediente, criam problemas significativos de desempenho. O engenheiro espera que uma nova geração de produtos, tais como antivírus, sem agentes, para desktops virtuais, eliminem a ocorrência do que alguns denominam ” tempestades de antivírus”.

Em uma sessão separada, Ryon Packer, executivo da Dell, destacou que a virtualização de desktops em grande parte dos casos não é um argumento a favor da redução de custos. “As pessoas pensam que é como na virtualização de servidores – na qual se ‘acrescenta’ uma camada de software em camadas sobre o hardware”, disse Packer.

A virtualização de desktops normalmente significa reformar PCs mais antigos, substituindo-os por uma arquitetura totalmente nova com base em hardware “thin client”. Além disso, há software novo, uma rede totalmente nova e preocupações com o software de gestão para a equipe de TI. E isso significa ter novas despesas, lembra. “Não se pode instalar uma série de equipamentos novos e ter uma plataforma mais barata”, considera.

Um dos principais benefícios da virtualização de desktops, segundo Packer, é evitar o descontrole no uso de aplicações em ambientes de trabalho, para os quais hoje é possível fazer download de qualquer tipo de aplicação. A virtualização de desktops oferece uma maneira de separar do computador de trabalho o uso pessoal por parte do empregado. E, nesse aspecto, é uma vantagem tanto para o departamento de TI como para as equipes de segurança em qualquer organização.

Um argumento a favor da virtualização de desktops é o fato de permitir a uma organização prescindir do uso de alguns tipos de controles de segurança. Mas um projeto de virtualização de desktops tem que começar com uma análise paciente sobre o local onde este tipo de capacidade é realmente necessária: em alguns casos, não é o melhor ajuste para alguns tipos de trabalho ou para o melhor uso dos recursos, conclui Packer.

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