Militares fazem 'vaquinha' para pagar dívidas de Mauro Cid
Dívida do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro seria de R$ 600 mil
Militares da reserva abriram uma vaquinha com o intuito de ajudar o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid. A arrecadação serviria para, supostamente, bancar 600 mil reais em dívidas de Cid, segundo informações do portal Metrópoles.
“O coronel Cid está precisando de nossa ajuda humanitária, já vendeu quase tudo que possuía”, diz um trecho da mensagem que circula em um grupo de militares no WhatsApp. Nas conversas, também são citadas as chaves Pix do tenente-coronel e da sua esposa, Gabriela Cid.
No texto, assinado pela União Nacional dos Militares da Reserva e Reformados das Forças Armadas e Auxiliares do Brasil, é revelado que a dívida gira em torno de R$ 600 mil. A mensagem, que define Cid como uma pessoa que sempre “honrou a farda”, afirma que o ex-aliado de Bolsonaro acumula despesas altas com advogados e medicamentos.
O tenente-coronel foi detido de maio a setembro do ano passado, sob suspeita de manipular dados sobre vacinas contra a Covid-19. No entanto, sua prisão foi revogada após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologar uma delação premiada para o militar.
Afastado do seu cargo no Exército e usando tornozeleira eletrônica, Cid cumpre, atualmente, prisão domiciliar. Mesmo cumprindo a prisão e com as investigações em andamento, Cid continua recebendo um salário de 27 mil reais como oficial superior.