Bonecos de Lula e Bolsonaro não vão desfilar em Olinda
A nova figura da Rainha Elizabeth II promete ser o destaque do Carnaval deste ano
Frevar nas ladeiras de Olinda ao lado dos bonecos gigantes dos presidentes do Brasil se tornou uma das tradições recentes do Carnaval. Entretanto, o cenário político ainda conflituoso impediu a participação das figuras de Lula e de Jair Bolsonaro nos desfiles deste ano.
Com uma média de 300 visitantes diários, o responsável pela Embaixada dos Bonecos Gigantes, Leandro Castro, explicou que a maioria do público é de turistas de São Paulo e de estados do Sul que apoiam partidos de direita. Como Pernambuco se identifica mais com a esquerda, a missão da Embaixada é evitar qualquer tipo de impasse e dar mais visibilidade à Cultura.
"A gente tinha a tradição de ter o boneco do Presidente. Em 2007, o Presidente era o Lula, mas a gente fez depois com a Dilma, com o Temer. O do Bolsonaro também tomou muita expressão, não só no Brasil, por conta da polarização", comentou Leandro Castro. As figuras políticas sequer ficarão expostas no museu para evitar qualquer reação extremista.
Quem promete roubar a cena no Carnaval é a Rainha Elizabeth II, que ganhou uma nova boneca para estrear neste ano, com direito a colar de pérolas e cartola rosa.
Uma versão da monarca falecida no ano passado havia sido produzida para as Olimpíadas de Londres, em 2012, mas uma nova homenagem foi esculpida para o Carnaval de 2023, com um sorriso mais vibrante, descreveu Leandro.
A apoteose com os bonecos gigantes tem duas saídas programadas. A primeira na segunda-feira, com 100 bonecos em Olinda, e a segunda no fim da tarde da terça, no Centro do Recife.