Alianças pelo poder já se desenham em Pernambuco
Na tentativa de fortalecer a disputa do governo estadual, os pré-candidatos estão na busca de apoios políticos
As convenções partidárias só acontecerão entre 20 de julho e 5 de agosto, mas a corrida dos pré-candidatos para formar as coligações já começou. Na última quinta-feira (5), por exemplo, o ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), levou um baque ao ver o PSC se aliar ao pré-candidato Miguel Coelho (União Brasil).
O PSC, tradicionalmente, era da base dos Ferreiras. Até a janela partidária deste ano, a sigla era presidida em Pernambuco pelo irmão de Anderson, o deputado federal André Ferreira, que hoje está no PL. O patriarca da família, o deputado estadual Manoel Ferreira, continua no PSC, mas não deve disputar nenhum cargo nas eleições.
Com isso, Anderson Ferreira só deve contar com a força do PL, que é presidido por ele, e com a ajuda do presidente Jair Bolsonaro (PL), que já declarou publicamente o seu apoio ao ex-prefeito de Jaboatão.
“Essa movimentação é natural e ainda há muito a ser observado até as convenções. Hoje, temos pré-candidatos colocados na disputa que sequer contam com o apoio do seu próprio partido, então é muito cedo para se traçar qualquer análise. Estamos à frente da presidência do PL em Pernambuco e conseguimos estruturar um time competitivo, tanto para a Assembleia Legislativa quanto para a Câmara Federal”, revela Anderson.
Ele complementa que o seu principal foco é "continuar a ouvir pessoas, percorrendo cada canto do estado para traçar um projeto alinhado com o povo".
Marília Arraes é outra pré-candidata que, atualmente, só conta com o apoio do seu partido, o Solidariedade. No entanto, segundo a própria parlamentar, isso deve mudar a partir da próxima quarta-feira (11), com a adesão do PROS.
Arraes saiu do PT, onde estava há seis anos, depois de alguns desentendimentos com o partido. Ela chegou a ser cogitada para disputar o Senado pela sigla - que integra a Frente Popular. No entanto, alguns descontentamentos fizeram Marília sair do PT e se filiar ao Solidariedade para disputar o Palácio do Campo das Princesas.
Miguel Coelho
O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil), hoje conta com o apoio de dois partidos: Podemos e PSC. Segundo a assessoria, o pré-candidato tem entre 35 a 40 prefeitos de todas as regiões de Pernambuco o apoiando nessa jornada.
"Também temos o apoio de alguns deputados federais e estaduais. Nossa meta é eleger, no mínimo, dez estaduais nessa frente partidária e cinco federais", detalha a assessoria de Miguel.
O ex-prefeito contará com a força política de seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) e do ex-ministro Mendonça Filho.
Raquel Lyra
A ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) terá em sua chapa o Cidadania. Ela tem andado por diversos municípios pernambucanos na tentativa de atrair lideranças para fortalecer a sua campanha ao governo estadual.
Segundo a assessoria da parlamentar, o PSDB, partido presidido por ela em Pernambuco, e o Cidadania já possuem a chapa completa para as eleições deste ano, com a escalação dos pré-candidatos a deputado estadual (50) e a federal (26).
Danilo Cabral
Como de costume, a Frente Popular de Pernambuco, que escolheu Danilo Cabral para tentar manter a hegemonia do PSB no estado, terá o apoio da maior parte dos partidos. PT, PCdoB, PDT, MDB, Republicanos, PSD, PP, Avante e PV são as legendas que já declararam que estarão no palanque do socialista.