Carlos Bolsonaro esquece que é vereador e viaja para G20
Vereador do Rio de Janeiro, Carlos aproveitou a ida do presidente Bolsonaro à Roma para tuitar enquanto passeia pelas ruas da Itália
Assim como o irmão mais velho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que abandonou a cadeira de deputado federal em Brasília para viajar com ministros à Dubai, ao invés de focar em seu mandato como vereador, Carlos Bolsonaro (Republicanos) insiste em usar as redes sociais para opinar sobre assuntos longe das suas atribuições e atacar opositores com textos confusos. Sem muitas publicações sobre o que vem fazendo na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Carlos passeia em Roma com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Para o filho mais novo do presidente na política, a ida do pai à reunião dos países do G20 serviu como excursão à Itália. Carlos deixou o Rio e cruzou o Atlântico a caminho do encontro das principais economias mundiais neste fim de semana, quando debatem sobre os impactos da Covid-19, impostos e mudanças climáticas decorrentes do efeito estufa.
Eleito em seu quarto mandato como legislador municipal, a recorrência de publicações sobre seu trabalho é bastante inferior no Twitter em comparação ao tempo que gasta para atacar concorrentes do presidente, como os pré-candidatos ventilados à 'terceira via' e o ex-presidente Lula (PT).
Ele é apontado como o suposto líder do 'Gabinete do Ódio' – núcleo virtual de apoio às pautas do presidente instrumentalizado por robôs e disparos em massa – e usa o perfil como a principal ferramenta para se comunicar com o eleitorado. Seu passatempo nas redes também é opinar sobre costumes alheios e críticas à comunidade LGBTQIA+.
Trabalho para ajudar a cidade do Rio
Suas últimas posições defendidas na Câmara são contra o passaporte vacinal na cidade e uma proposta contra o uso de banheiros públicos por transexuais. O site da Casa informa que "não existe nenhuma informação para a solicitação na base de Discursos e Votações", nem na aba de “Leis da sua Autoria”.
O vereador integra as Frentes Parlamentares em defesa da Educação Física e da Saúde Mental. Suas proposições protocoladas neste ano são: 235 indicações, 5 ofícios, 1 Projeto de Resolução, 2 Projetos de Lei Complementar, 2 Projetos de Decreto Legislativo, 7 Requerimentos de Informação, 2 Projetos de Emenda à Lei Orgânica e 18 Projetos de Lei.