"Armação": Frota quer CPI para apurar facada em Bolsonaro
O deputado disse que vai solicitar a abertura da comissão parlamentar de inquérito nesta segunda (13) por compreender que o atentado foi uma estratégia para encaminhar a eleição
Após fazer campanha para Jair Bolsonaro em 2018 e, posteriormente, tornar-se um dos principais opositores do Governo Federal, nesta segunda-feira (13), o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) informou que vai protocolar um pedido de abertura da 'CPI da Facada'. O parlamentar se diz convencido de que o atentado foi uma 'armação' para que o então candidato fugisse de debates com concorrentes e ganhasse mais tempo na televisão.
"Estou convencido de que foi uma armação. Aproveitaram a doença que esse sujeito tinha na época e criaram essa narrativa do atentado. Ele foi de 8 segundos de TV para 24 horas de TV", afirmou o ex-aliado do Executivo.
Frota esteve com o presidente no dia da facada em Juiz de Fora, em Minas Gerais, e reforçou a tese de que o golpe desferido por Adélio Bispo na barriga de Bolsonaro não passou de uma estratégia de campanha.
No documentário "Bolsonaro e Adélio - Uma fakeada no coração do Brasil", o repórter Joaquim Carvalho visitou os locais percorridos por Bolsonaro e sugere o envolvimento do filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), no suposto esquema.
Ele indica falhas no inquérito e o desinteresse em descobrir a verdade dos fatos que envolvem o histórico de Adélio. “Ele totalmente próximo do que dizia Bolsonaro”, chegou a pontuar Jefferson Ramos, o sobrinho do agressor.
Em seu perfil no Twitter, Carlos rebateu a veracidade do material publicado e questionou a necessidade de uma investigação contra os produtores do documentário. “Da série Fakenews: teremos inquéritos ou algo na linha que qualquer um tem visto?”, escreveu.
Da série Fakenews: “teremos inquéritos ou algo na linha que qualquer um tem visto?” pic.twitter.com/vebzdTKZ01
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) September 12, 2021