Ipec: rejeição de Bolsonaro cresce nas periferias
Nesta parcela do eleitorado, os que não votariam no presidente de forma alguma cresceram 14 pontos percentuais: de 53% para 67%
Novos levantamentos da Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) divulgados neste sábado (26) mostram que há uma tendência de rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entre moradores de periferias das grandes cidades e eleitores com baixa escolaridade e renda. A comparação entre pesquisas feitas em fevereiro e em junho revela que, nas periferias das grandes cidades, a parcela do eleitorado admite não votar em Bolsonaro em nenhuma hipótese aumentou de 53% para 67% – um salto de 14 pontos percentuais em quatro meses.
No eleitorado como um todo, essa taxa aumentou seis pontos, de 56% para 62%. Essa é a terceira pesquisa lançada em dias consecutivos pelo instituto, que é formado por antigos executivos do Ibope. Os resultados da última quinta-feira (24) mostram que o eleitorado evangélico passou a discordar das posições do presidente e já reavalia seu apoio. Na pesquisa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece como principal opção dos religiosos para 2022, votado por 41% dos evangélicos entrevistados, contra 32% de Bolsonaro.
Entre os católicos, Lula teve uma vantagem maior ao ser escolhido por 52%, enquanto o atual presidente obteve 20% das intenções.
Já na pesquisa divulgada nessa sexta-feira (25), os resultados são mais gerais: se as eleições fossem hoje, Lula teria o dobro de intenção de votos do atual presidente, liderando com 11 pontos percentuais um material contra outros quatro possíveis nomes, incluindo o de Jair Bolsonaro.
O petista aparece com 49% dos votos; Bolsonaro com 23%; Ciro Gomes (7%); João Doria (5%) e Luiz Henrique Mandetta (3%). Brancos e nulos representam 10% dos eleitores, enquanto 3% disse que não sabe ou não respondeu. A margem de erro é de dois pontos percentuais.