Deputado negacionista fica três dias na UTI por Covid-19

Parlamentar diz que o período de internação foi um momento de “reflexão” e agradecimento à vida

qui, 01/04/2021 - 19:31
Reprodução/Instagram Gil Diniz é conhecido pela direita como ‘Carteiro Reaça’ Reprodução/Instagram

O deputado Gil Diniz (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (1), durante sessão plenária da Assembleia Legislativa do estado de São Paulo (Alesp), que teve Covid-19 e ficou internado durante sete dias no Hospital Santa Marcelina, em Itaquera, na Zona Leste paulista. Do período em que permaneceu hospitalizado, passou três dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Diniz é bolsonarista e dedica as redes sociais à propaganda conservadora, sendo conhecido como o ‘Carteiro Reaça’.

Na Alesp, o parlamentar era visto sem máscara de proteção com frequência e chegou a colocar um cartaz proibindo o uso do utensílio em seu gabinete. Em 24 de março, ele participou de uma sessão online da Alesp diretamente de um hospital, usando uma pulseirinha de paciente.

"Foi um período extremamente difícil, mas, para mim, pedagógico. Vi casos de óbito, também de pessoas que saíram curadas. Foi um momento de reflexão, de agradecer muito a Deus pela minha vida, por estar com vocês no parlamento de São Paulo, a honra que eu tenho de ser deputado", declarou o deputado em sessão virtual com os demais parlamentares da Alesp.

Diniz, que não se considera um negacionista, diz que a placa contra o uso de máscaras foi colocada em tom irônico e que ele opta, sim, por não usar durante as reuniões, mas que que os demais podem e devem usar se essa for a opção mais confortável. Nas suas redes sociais, onde é bastante ativo, ainda não fez nenhuma declaração sobre o período internado.

Ainda durante a sessão, agradeceu a um enfermeiro chamado Wagner, parte da equipe que cuidou dele no hospital e, por fim, agradeceu pela própria vida.

"Fico muito feliz de ter a minha saúde reestabelecida. Ter passado, olhando nos olhos desse vírus maldito, que tem tirado a vida de muitos brasileiros e paulistas. Temos que enfrentá-lo e colocar todas as nossas forças e recursos para enfrentar esse que é o principal problema do país, do estado e porque não do mundo, nesse momento", finalizou.

 

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