Na ONU, Lula afirmou que Moro queria presidir o Brasil
Queixa foi protocolada pela defesa do ex-presidente. O documento alega que Moro agiu com parcialidade visando cargo político
Uma queixa aberta pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e protocolada na Organização das Nações Unidas (ONU), em 2016, afirmava que o juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, agia de forma parcial visando cargo político e que, inclusive, pretendia concorrer à Presidência do Brasil nas eleições de 2018. As informações são da coluna de Jamil Chade do UOL.
No documento, os representantes jurídicos de Lula expuseram um outro argumento, o de que Moro estaria atuando em conluio com procuradores com interesse na condenação do petista.
"Como argumento final e conclusivo sobre a visão parcial de Moro, houve inúmeros artigos de jornal nos últimos meses (e até mesmo uma pesquisa de intenção de voto feita diante desse cenário) que têm uma expectativa ou incentivam o juiz Moro a concorrer à eleição para a Presidência do Brasil em 2018, uma eleição em que Lula poderá voltar a concorrer, desde que ele não tenha sido condenado pelo juiz Moro", alega a defesa na queixa enviada à ONU.
Em outro trecho do documento, os advogados de Lula reiteram que Moro não descartou a ambição especulada pelos jornais e artigos da época. levando a crer que o juiz tinha o objetivo de sair candidato.
"Dificilmente há exemplo mais forte de parcialidade que este, um possível candidato presidencial atua como juiz no caso de um candidato rival. Se ele [Moro] atua como juiz de primeira instância, ele deve deixar claro para opinião pública que ele não irá ser candidato à Presidência, o que notadamente tem feito o contrário", apontou.
Sobre a queixa publicada na reportagem, Lula e equipe tuitaram na manhã deste sábado (1°) : "A gente já tinha avisado essa também. Em 2016".