Brasil piora posição em ranking de países mais corruptos
Tabela é elaborada pela ONG Transparência Internacional
O Brasil manteve sua nota, mas caiu uma posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), elaborado pela ONG Transparência Internacional, chegando ao 106º lugar entre 180 países, sua pior colocação desde 2012.
O Brasil soma 35 pontos no ranking, em uma escala de zero a 100, e aparece empatado com Albânia, Argélia, Costa do Marfim, Egito, Macedônia do Norte e Mongólia. A Dinamarca e a Nova Zelândia, líderes do ranking, têm 87 pontos cada uma.
Considerando a América do Sul, o Brasil está atrás de Uruguai (71 pontos), Chile (67), Argentina (45), Suriname (44), Guiana (40), Equador (38), Colômbia (37) e Peru (36). Na região, apenas Bolívia (31), Paraguai (28) e Venezuela (16) aparecem menos bem colocados.
O último país do ranking é a Somália, com somente nove pontos. "A corrupção continua sendo um dos maiores impedimentos para o desenvolvimento econômico e social no Brasil", diz o relatório da Transparência Internacional.
"Após as eleições nacionais de 2018, que foram fortemente influenciadas pela agenda anticorrupção, o Brasil teve uma série de retrocessos em seu arcabouço legal e institucional anticorrupção. O país também enfrentou dificuldades em avançar em reformas de amplo espectro em seu sistema político", acrescenta a ONG.
A Transparência cita a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de suspender investigações baseadas em dados de inteligência financeira compartilhados com o Ministério Público sem autorização judicial e o inquérito sobre notícias falsas e ofensas contra integrantes da corte.
"Os desafios atuais incluem a crescente interferência política do presidente Bolsonaro em instituições anticorrupção e a aprovação de projetos pelo Congresso que ameaçam a independência de agentes da lei e a transparência dos partidos políticos", afirma a entidade.
Da Ansa