No Recife, fã brinca: "sou tão lulista que perdi um dedo"
Eleitora do ex-presidente reuniu os familiares para ir ao festival Lula Livre
A recepcionista Elequeciana Pinto de Freitas, 35 anos, reuniu os familiares para ir ao festival "Lula Livre". Moradora de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, ela relata que estava ansiosa por esse momento e revela um "amor" pelo ex-presidente Lula. "Aos quatro anos de idade, quando eu trabalhava no engenho, eu perdi o dedo mindinho. O mesmo que o Lula. A minha ligação com ele é tão intensa que os meus dois filhos nasceram no dia 13 e eu não acho que seja por acaso", comenta.
Elequeciana quase perdeu os dedos da mão direita quando moía cana de açúcar em um dos eventos que tinham em Camaragibe. Na época, há 30 anos, ela nem sonhava que essa tragédia poderia lhe aproximar do líder político petista. Hoje, com as lembranças misturadas às cicatrizes, ela parece até se confortar com o que lhe aconteceu e até brinca com essa 'semelhança".
"Na época eu sofri muito, claro, mas agora eu sou igual ao Lula", brinca. Por ter uma vida bem militante, como faz questão de enfatizar, Elequeciana passou a sua paixão lulista para o filho mais novo. Em Camaragibe, Luiz Paulo Freitas, de 11 anos, é mais conhecido como Lulinha. "Eu comecei a entender de política porque minha mãe já tentou ser vice-prefeita da minha cidade. Desde esse dia que eu comecei a me interessar por política e pelo Lula", diz Luiz.
Com adereços para não passarem despercebidos, a família chegou cedo no festival e salientam que estavam temerosas pela continuidade da prisão do ex-presidente petista. Fátima Silva, 55 anos, diz que já sabia do festival, mas teve mais vontade de participar do evento depois da liberdade do Lula. "Não vou mentir pra você. Eu estava com medo dessa prisão. Mas depois que eu soube da liberdade dele gritei, comemorei como se fosse um ano novo. Agora é só felicidade", aponta Fátima.