Coelho: Perseguição e autoritarismo do governo de PE

O deputado federal pelo Cidadania criticou o governo de Pernambuco no caso envolvendo a delegada Patrícia Domingos

ter, 06/08/2019 - 16:57
Paulo Augusto/Divulgação Daniel Coelho fez as críticas na Câmara Federal Paulo Augusto/Divulgação

O líder do Cidadania na Câmara dos Deputados, Daniel Coelho, discursou nesta terça-feira (6) e denunciou o que chamou de perseguição que o governo do estado de Pernambuco vem exercendo contra a delegada Patrícia Domingos. 

A ex-titular da Decasp, delegacia de combate à corrupção extinta ano passado pelo governador Paulo Câmara (PSB), está sendo investigada por conta de inquéritos prescritos no período em que estava à frente da delegacia. Segundo Daniel, trata-se de um exemplo de ‘autoritarismo’, numa clara ‘perseguição política’ contra a delegada.

“O estado de Pernambuco vive um momento de abandono e autoritarismo nunca visto em sua história republicana. Foi com perplexidade que a sociedade do nosso Estado acompanhou na semana passada a divulgação de um inquérito contra a delegada Patrícia Domingos. Para começar o ambiente autoritário em que vive o nosso Estado, por parte do governo do PSB e do governador Paulo Câmara, a delegada não foi notificada previamente para que pudesse se explicar dos motivos do inquérito, apenas sabendo do mesmo através da imprensa após o inquérito ser instaurado. Mas, mais do que isto, o que espanta é o motivo da investigação: a delegada está sendo investigada pelos inquéritos em aberto. Pelos inquéritos prescritos na delegacia à qual trabalhava”, destacou Coelho.

Para o deputado, é um ‘absurdo’ a profissional ser culpada pela falta de estrutura que sofre a polícia civil em Pernambuco. “Mais estranho ainda: apesar de existirem mais de seis mil inquéritos em aberto no Estado, não há nenhum outro profissional investigado pela mesma razão”, argumentou. 

“Só quem está sendo investigada é a delegada Patrícia Domingos, que mexeu com interesses políticos porque estava desvendando casos de corrupção relacionados ao governo do Estado. É inadmissível uma aberta perseguição política a uma servidora, a uma profissional, sem nenhum tipo de razão. Quer dizer que agora a culpa de inquérito em aberto é da delegada e não do governador, por não dar as condições necessárias?”, questionou.

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