Bolsonaro vai destinar 60% dos projetos hídricos para o NE

Das 114 obras previstas no Plano Nacional de Segurança Hídrica (PNSH), 66 são destinadas ao Nordeste

por Taciana Carvalho qua, 16/01/2019 - 15:00
Alan Santos/PR Alan Santos/PR

O Plano Nacional de Segurança Hídrica (PNSH), que está sendo elaborado no governo Bolsonaro pela Agência Nacional de Águas (ANA), promete boas perspectivas para o Nordeste com relação ao combate a seca. 

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), das 114 obras estruturantes para aumentar o abastecimento de água no país, 66 estão alocadas no Nordeste, o que representa 60% dos projetos de segurança hídrica somente para a região. Segundo o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, a meta é apresentar o PNSH durante a cerimônia de cem dias de governo. 

Canuto explicou que o Governo Federal vai priorizar a conclusão de obras que já estão em andamento. “Estão sendo mapeadas infraestruturas com barragens, sistemas adutores, canais e eixos de integração, todas consideradas necessárias à oferta de água para abastecimento humano e o uso em atividades produtivas”, disse.

O auxiliar de Bolsonaro afirmou que o MDR será “o Ministério da água” com foco em priorizar alternativas possíveis para a execução das ações. No contexto, será analisada a “viabilidade técnica, financeira e qualitativa”. Ele ressaltou o Projeto de Integração do Rio São Francisco como prioridade do Governo Federal.

Gustavo Canuto pretende ter uma conversa "franca" com os governadores dos quatro Estados da região Nordeste beneficiados pela transposição do rio São Francisco [Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte] e deve propor a instalação de câmaras de conciliação com cada Estado individualmente, no âmbito da Advocacia-Geral da União (AGU) para definir como vão arcar com os custos de operação e manutenção do projeto.

Bolsonaro já afirmou que pretende utilizar tecnologia de Israel para tocar as obras da Transposição do Rio São Francisco. “Acredito que a transposição seja a mais importante, queremos trazer de Israel a tecnologia para agricultura no semiárido, lá chove menos que no semiárido e, mesmo assim, cultivam de tudo”, chegou a dizer em entrevista durante a campanha. O militar também disse que o Exército Brasileiro muito vai colaborar para a conclusão da transposição.

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