Armando se diz preocupado com o “Escola sem Partido”
“A escola tem que ser plural. Ninguém se forma como cidadão se não houver absoluta liberdade de debate”, falou em entrevista ao LeiaJá o senador
Uma das bandeiras mais defendidas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), na área educacional, é sem dúvida o projeto de lei conhecido como “Escola sem Partido”. Desde a vitória do militar, as discussões sobre o assunto foram muitas. Em entrevista ao LeiaJá, o senador pernambucano Armando Monteiro (PTB) também emitiu sua opinião e disse que se sente preocupado com a proposta.
“A escola tem que ser plural. Não pode ser palco de nenhum tipo de sectarismo, e ninguém se forma como cidadão se não houver absoluta liberdade de debate. Por isso, vejo com preocupação esse projeto", ressaltou o petebista.
O “Escola sem Partido”, que entre outros pontos, é contra a divulgação de correntes políticas e ideológicas, também é defendido pelo indicado de Bolsonaro para comandar o Ministério da Educação. O futuro ministro da pasta, o colombiano Ricardo Vélez Rodriguez, já anunciou que a proposta deve ser implatanda de forma moderada.
No final da semana passada, o Armando disse que Bolsonaro deveria aproveitar a popularidade do ínicio do mandato para fazer as reformas que o país realmente precisa. Citou, como exemplo, o ajuste fiscal para que o brasil volte a crescer.
Em Pernambuco o tema vem sendo debatido com frequência. Para se ter ideia, em 2018, o primeiro projeto de lei ordinário apresentado na Câmara do Recife foi sobre o “Escola sem Partido”. De autoria da vereadora Aimée Carvalho (PSB), ela propôs a instituição do programa nas escolas municipais. No texto, os professores ficavam proibidos de fazer “propaganda político-partidária” em sala ou “incitar” os alunos a fazer manifestações.