Com críticas ao PT, Marina Silva declara voto em Haddad

“Os dirigentes petistas construíram um projeto de poder pelo poder, pouco afeito à alternância democrática e sempre autocomplacente”, disparou a ex-candidata

por Taciana Carvalho seg, 22/10/2018 - 18:26
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

No final da tarde desta segunda-feira (22), a ex-candidata a presidente do Brasil Marina Silva (Rede) declarou por meio das redes sociais o seu voto ao presidenciável Fernando Haddad (PT). Afirmando que a campanha do candidato Jair Bolsonaro (PSL) é um "perigo" para a democracia e sem deixar de alfinetar o PT, Marina falou que foi inaugurado o “triste tempo do pelo menos”.

Marina ressaltou que é um dever ético e político se posicionar. “Cada um de nós tem, em sua consciência, os valores que definem seu voto. Sei que, com apenas 1% de votação no primeiro turno, a importância de minha manifestação, numa lógica eleitoral restrita, é puramente simbólica”, ressaltou. 

A ex-senadora falou que há três riscos tendo Bolsonaro como presidente citando um desmonte na estrutura de proteção ambiental, a desconsideração com os direitos das comunidades indígenas e quilombolas e, ainda de acordo com ela, o capitão está à frente de um projeto que minimiza a importância de direitos e da diversidade existente na sociedade, promovendo a incitação sistemática ao ódio, à violência, à discriminação. 

No entanto, Marina não deixou de alfinetar o PT. “Por sua vez, a campanha de Haddad, embora afirmando no discurso a democracia e os direitos sociais, evocando inclusive algumas boas ações e políticas públicas que, de fato, realizaram na área social em seus governos, escondem e não assumem os graves prejuízos causados pela sua prática política predatória, sustentada pela falta de ética e pela corrupção que a Operação Lava-Jato revelou, além de uma visão da economia que está na origem dessa grave crise econômica e social que o país enfrenta”, destacou.   

“Os dirigentes petistas construíram um projeto de poder pelo poder, pouco afeito à alternância democrática e sempre autocomplacente: as realizações são infladas, não há erros, não há o que mudar”, continuou criticando.

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