Paulo Guedes é suspeito de fraude com PT e MDB

A suspeita é de que o aliado de Jair Bolsonaro (PSL) esteve associado a executivos ligados ao PT e ao MDB e, em seis anos, teria captado ao menos R$ 1 bilhão de fundos de pensão

por Giselly Santos qua, 10/10/2018 - 09:48
 Fernando Frazão/Agência Brasil Paulo Guedes não quis comentar as suspeitas Fernando Frazão/Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília apura se o economista Paulo Guedes, coordenador da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) no setor, praticou fraudes em negócios de fundos de pensão com estatais. A informação é do jornal Folha de São Paulo. De acordo com a reportagem, a suspeita é de que Guedes esteve associado a executivos ligados ao PT e ao MDB e em seis anos ele teria captado ao menos R$ 1 bilhão dessas entidades.

Paulo Guedes é apontado com o ministro da Fazenda de um eventual governo de Bolsonaro. O MPF, segundo a reportagem, investiga se o economista cometeu os crimes de gestão fraudulenta ou temerária, além da suposta emissão e negociação de títulos sem lastros ou garantias ao negociar e investir recursos de sete fundos distintos - Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa), Postalis (Correios) e BNDESPar (BNDES).

Na ótica do MPF, há "relevantes indícios de que, entre fevereiro de 2009 e junho de 2013, diretores/gestores dos fundos de pensão e da sociedade por ações BNDESPar" se consorciaram "com o empresário Paulo Roberto Nunes Guedes, controlador do Grupo HSM" para cometer os crimes.

Ainda de acordo com a matéria, a BR Educacional Gestora de Ativos, de Paulo Guedes, lançou em 2009 dois fundos de investimento que receberam, em seis anos, R$ 1 bilhão das entidades de previdência de estatais. Um desses teria sido o Fundo de Investimento em Participações (FIP) BR Educacional, que recebeu R$ 400 milhões entre 2009 e 2013 para projetos educacionais e a suspeita é de que a proposta tenha sido aprovada gerando ganhos excessivos para o economista.

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