Lula pede que grupo que fez greve de fome continue na luta
Em carta, o ex-presidente se solidarizou com os militantes e disse que juntos eles vão “derrotar os candidatos das elites”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escreveu uma carta para o grupo de sete militantes que fez greve de fome, em Brasília, por 26 dias na intenção de pressionar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o petista seja solto e possa concorrer ao cargo de presidente nas eleições deste ano. No texto, Lula se solidariza com os militantes e diz que juntos eles vão “derrotar os candidatos das elites”.
“Não tenho palavras para agradecer o gesto e a atitude de vocês em defesa da democracia, da liberdade, da expressão em defesa dos direitos do povo trabalhador do campo e da cidade, e também pelo direito de eu ser candidato à Presidência da República”, declarou o líder petista na carta.
Ao escrever para os grevistas, Lula também reforçou que era candidato “de uma causa”. “Não sou candidato de mim mesmo, sou candidato de uma causa, sou candidato porque o povo quer, sou candidato para garantir a Soberania Nacional, para terminar de fazer a Reforma Agrária e dar aos pequenos agricultores da Agricultura Familiar os direitos e o respeito que eles merecem”, salientou.
Por fim, o ex-presidente diz que foi por conta desses motivos e da greve de fome dos militantes que “pela primeira vez, o povo brasileiro fosse no Tribunal Superior Eleitoral inscrever um candidato”. “Minha total solidariedade, cuidem-se porque o Brasil precisa do gesto e do voto de vocês. A luta continua, venceremos”, conclui o texto.
Fazem parte do grupo que encerrou a greve de fome neste sábado (25), os militantes Zonália Santos, Jaime Amorim e Vilmar Pacífico (do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST), Rafaela Alves e Frei Sérgio Görgen (do Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA) e Luiz Gonzaga (da Central dos Movimentos Populares – CMP) e Leonardo Armando (do Levante Popular da Juventude). Segundo informações do PT, eles estavam sem ingerir nenhum alimento, apenas a base de água e soro, mas hoje voltaram a se alimentar.