França admite candidatura própria do PSB à Presidência
A ideia de ressuscitar uma candidatura própria começou a circular no partido nos últimos dias, por causa da dificuldade da direção partidária de articular um consenso
Diante do impasse em torno da posição do PSB nas eleições presidenciais, o governador de São Paulo, Márcio França, admitiu nesta quinta-feira, 19, a alternativa de lançar de última hora uma candidatura própria ao Palácio do Planalto caso a sigla não se decida pelo apoio a um nome.
"Pode ser uma boa opção uma candidatura própria, porque, nesse caso, você marca seu espaço com determinada candidatura que tenha mais consistência, que represente mais a gente", afirmou França, em entrevista ao Estadão/Broadcast.
A ideia de ressuscitar uma candidatura própria começou a circular no partido nos últimos dias, por causa da dificuldade da direção partidária de articular um consenso. O PSB se divide hoje em quatro vertentes. Enquanto França defende apoio ao pré-candidato tucano Geraldo Alckmin, uma ala vota pela aliança com Ciro Gomes (PDT) e outra quer que a legenda declare apoio ao candidato do PT. Uma quarta opção discutida na legenda seria a neutralidade no primeiro turno.
França elogiou nomes ventilados nos bastidores para a vaga, como o ex-deputado Beto Albuquerque (RS), o deputado Júlio Delgado (MG) e a senadora Lídice da Mata (BA). Disse que o nome da viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, seria "unanimidade", mas reconheceu que ela não deu sinal de que aceitaria a tarefa.
O governador de São Paulo se reuniu na terça-feira passada, dia 17, em São Paulo com Lídice e apresentou a ideia à senadora, que se comprometeu a avaliar a proposta. Alijada da chapa majoritária que tentará reeleger o governador da Bahia, Rui Costa (PT), Lídice lançou pré-candidatura a deputado federal a pedido do presidente do PSB, Carlos Siqueira, que deseja ampliar a bancada da sigla no Congresso.
Procurados, Lídice e Siqueira não quiseram comentar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.