Governadores cobram efetividade do Ministério de Segurança

De acordo com sete gestores, até o momento, o crédito de R$ 33,6 bilhões do BNDES para que os Estados cuidassem da segurança pública, prometido na criação do ministério, ainda não foi liberado

por Giselly Santos sab, 19/05/2018 - 15:34
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Além da pauta social e de privatizações, seis governadores do Nordeste e o de Minas Gerais cobraram a efetividade das ações prometidas pelo Governo Federal com a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, em março. De acordo com os gestores, até o momento, o crédito de R$ 33,6 bilhões do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que os Estados cuidassem da segurança ainda não foi liberado como prometido. 

“Fora a primeira reunião nada foi detalhado e discutido. Até hoje não tem definição nem prazo para dar condição aos estados ter acesso a esse tipo de crédito”, questionou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), durante um encontro que aconteceu nessa sexta-feira (18), no Recife, com os chefes dos Executivos de sete estados. 

“O que me preocupa a segurança pública. Assistimos a criação do Ministério e como governador de um estado que está vivendo uma guerra, quero saber qual a política pública nova para o Brasil, descuidaram da segurança pública. É obrigação de todos. Tudo que acontece é culpa do governador. O Brasil não teve políticas públicas de segurança. Durante décadas a União nunca se preocupou com essa questão”, reclamou o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Farias (PSD).

Os dois e mais os governadores da Bahia, Ceará, Paraíba, Piauí e Minas assinaram uma carta reivindicando o cumprimento do anúncio feito pelo presidente Michel Temer.  

Em resposta, a assessoria do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, informou que a estimativa do governo é disponibilizar os recursos para a segurança pública até o fim de maio. Disse ainda que firmará contratos de gestão com os estados, estabelecendo contrapartidas aos repasses feitos. Essas contrapartidas seriam índices de criminalidade reduzidos, capacitação de agentes de segurança, melhoria de condições de trabalho dos policiais, entre outros.

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