Prestes a acabar, leilão do triplex não teve nenhum lance

A primeira tentativa de venda do imóvel avaliado em R$ 2,2 milhões, atribuído pela Lava Jato ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), termina nesta terça-feira (15), às 14h

por Giselly Santos seg, 14/05/2018 - 11:43
Reprodução/Canal Judicial Imóvel está sendo leiloado pela Justiça Federal do Paraná Reprodução/Canal Judicial

Prestes a encerrar o prazo para o primeiro leilão do triplex do Guarujá, atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela Lava Jato, não foi registrado nenhum lance de compra do imóvel. A venda encerra nesta terça-feira (15), às 14h. Apesar do site de leilão judicial contabilizar mais de 36 mil visitas, não há interessados em comprar o apartamento avaliado em R$ 2,2 milhões. 

Caso seja fechado sem lances, um novo leilão do imóvel já está marcado para o dia 22 de maio. Um laudo emitido em fevereiro pela Justiça aponta que o triplex tem uma área privativa de 215,2 m² e outro espaço comum de 82,692m².

Pela atribuída posse do imóvel, a partir de pagamento de propina, Lula foi condenado pela Lava Jato a 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-presidente, inclusive, já está preso desde 7 de abril, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, para cumprir a pena.

De acordo com a sentença, dada pelo juiz Sérgio Moro e confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4), Lula recebeu R$ 2,2 milhões da OAS em troca de contratos com a Petrobras. O ex-presidente da empreiteira, Léo Pinheiro, confirmou em delação premiada que o ex-presidente seria o principal beneficiário da reforma do local e teria a posse do imóvel, mas o líder petista vem negando as acusações.

Ocupação

No dia 16 de abril o triplex foi acupado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo, sob a justificativa de que se era de Lula, o apartamento também seria do povo. A ocupação, entretanto, durou poucas horas. A intençao dos movimentos, de acordo com o líder nacional do MTST e pré-candidato a presidente, Guilherme Boulos (PSOL), era provocar o pedido de reintegração de posse que não viria, segundo ele, de Lula - então dono do imóvel segundo a investigação da Lava Jato. 

COMENTÁRIOS dos leitores