“Lula vai ser candidato”, garante o líder do MST

Em entrevista ao LeiaJá, Jaime Amorim também ressaltou a necessidade de que o povo lute para “libertá-lo”

por Taciana Carvalho qua, 09/05/2018 - 20:04
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Pernambuco, Jaime Amorim, que afirmou em tom de uma leve ameaça que a revolta contra a prisão de Lula um dia vai “explodir”, garantiu que o ex-presidente vai ser candidato na eleição deste ano independente de continuar ou não enclausurado. 

Jaime reforçou que a candidatura do líder petista vai acontecer no próximo dia 15 de agosto. “Lula vai ser candidato. Essa já é uma decisão política do Partido dos Trabalhadores e uma decisão política dos movimentos sociais. Eleição sem Lula é fraude, é golpe. Nós vamos registrar a candidatura de Lula independente se estiver preso, ele vai ser o nosso candidato.  Não existe outra opção, só o Lula”, ressaltou durante entrevista ao LeiaJá

O dirigente falou, assim como demais defensores, que Lula é um “preso político” e que é necessário fazer essa denúncia internacionalmente. Ele também ressaltou a necessidade de que o povo lute para “libertá-lo”. “A prisão de Lula foi uma decisão política das elites até porque não existe efetivamente nada que comprove que ele cometeu qualquer irregularidade. Então, o golpe foi construindo uma decisão de prender Lula e a prisão de Lula não é nada mais do que impedir que ele possa participar do processo eleitoral”, argumentou.

Jaime Amorim falou que todos os que conduziram o golpe farão de tudo para que Lula não se eleja. “Porque o golpe foi construindo uma alternativa política e um projeto econômico vinculado aos interesses internacionais, que é esse que Temer está desenvolvendo. Portanto, se Lula ganha as eleições praticamente o golpe perde toda a sua importância”. 

“Nós precisamos consolidar a democracia no Brasil. Não existe a possibilidade da construção da democracia verdadeira com o golpe parlamentar e midiático como estamos sofrendo hoje. Pode ter certeza: quem está nas ruas neste momento defendendo Lula está acima de tudo defendendo um projeto de nação soberana, livre e independente”, concluiu. 

 

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