Edilson diz que foi “covardia” agressão a estudante trans

O deputado também falou que “posturas fascistas e intolerantes” estão ganhando corpo

por Taciana Carvalho ter, 27/03/2018 - 19:45
Roberto Soares/Alepe Roberto Soares/Alepe

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL), durante um ato público contra a transfobia e lgbtfobia, comentou a agressão física motivada por transfobia a uma estudante transexual do curso pré-vestibular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na última sexta-feira (23). A jovem Dália Costa foi espancada por dois homens perto de uma parada de ônibus da instituição. 

O psolista falou que não dá mais para aceitar esse tipo de violência e que a sociedade precisa ser “absolutamente intolerante” com qualquer tipo de agressão. “Seja uma agressão no corredor, seja um xingamento, nós temos que usar todos os instrumentos que temos na Defensoria Pública, no Ministério Público, na Câmara de Vereadores, e fazer um escândalo em qualquer tipo de agressão porque é com essa intolerância que a gente vai fazer esses fascistas recuarem”, disse. 

Edilson Silva definiu a agressão como covarde e inaceitável. “Nós somos sabedores que não foi a primeira e que não será a última. Essas agressões psicológicas, verbais e físicas são cotidianas. Essa covardia, postura fascista, intolerante e inaceitável está ganhando corpo”.  

“Fiquei muito tocado com isso e temos que pegar esses exemplos como foi o caso de Dália e de Marielle também e fazer uma resistência intransigente, segundo a segundo, dando os nomes, denunciando e mostrando para esses agressores que nós não vamos tolerar”, ressaltou o deputado. 

Ele chegou a alfinetar o Governo de Pernambuco dizendo que é preciso condições reais para efetivar políticas públicas. Edilson ainda falou que o governo faz propaganda sobre ter um centro de combate à homofobia, mas que não funciona como deveria. “Não tem sequer um veículos. Acontece uma agressão em Caruaru, você tem que esperar o veículo chegar e ver se tem motorista para a equipe técnica poder fazer o atendimento”, criticou. 

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