Desembargadora pediu "fuzilamento" de Jean num paredão
A magistrada Marília Castro Neves se envolve em mais uma polêmica após ter falado que a vereadora assassinada Marielle era "engajada com bandidos"
A desembargadora Marília Castro Neves, que ficou conhecida por ter afirmado que a vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL) era “engajada com bandidos” e que teria sido “eleita pelo Comando Vermelho”, tem o seu nome envolvido com mais uma polêmica. De acordo com o deputado federal Jean Wyllys (PSOL), a mesma desembargadora já teria usado a sua rede social para defender que ele fosse “fuzilado” em um “paredão profilático”. “Isso mesmo, uma desembargadora propôs publicamente a minha morte”, denunciou o Jean, neste sábado (24), em seu facebook.
De acordo com a publicação do parlamentar, as postagens vieram à tona depois da repercussão do caso Marielle. A desembargadora teria escrito: “Eu, particularmente, sou a favor de um paredão profilático para determinados entes… O Jean Willis (sic), por exemplo, embora não valha a bala que o mate e o pano que limpe a lambança, não escaparia do paredão...'', escreveu Castro Neves na rede social em 29 de dezembro de 2015.
Jean Wyllys contou que seus advogados irão representar uma queixa-crime contra a magistrada por, segundo ele, cometer incitação ao crime de homicídio. O PSOL do Rio de Janeiro também vai representar contra Castro com a finalidade de que ela seja afastada do cargo. “Esqueçam por um segundo que eu sou deputado federal. Eu sou um cidadão, uma pessoa, um ser humano. E uma desembargadora defendeu o meu assassinato. Assim, literalmente, entre risos. E nada acontece. Cadê o Ministério Público? Cadê os tribunais superiores? Ninguém vai fazer nada?”, indagou em um artigo publicado em um portal.
A Executiva Estadual do PSOL do Rio de Janeiro também se pronunciou sobre o assunto. “O PSOL não vai cessar em suas denúncias até que a desembargadora seja responsabilizada por seus crimes. Castro Neves não pode permanecer um minuto mais como desembargadora”.