Marina defende período sabático para PT, PSDB e PMDB
A ex-senadora anunciou neste sábado (2) que será candidata à Presidência da República em 2018
A ex-senadora Marina Silva (Rede) anunciou, neste sábado (2), que vai concorrer à Presidência da República em 2018. A confirmação aconteceu após um encontro com dirigentes regionais da Rede Sustentabilidade que, inclusive, lançou uma carta em apoio ao nome da líder nacional e disparando críticas contra o governo do presidente Michel Temer. Em discurso durante o encerramento do encontro a pré-candidata, disse que era preciso garantir nas próximas eleições um período sabático para partidos como PT, PSDB e PMDB.
“Precisamos dar um [período] sabático de quatro anos para que PT, PSDB e PMDB possam revisitar seus estatutos e programas, reencontrar com as pessoas, olhar na cara daqueles que perderam seus empregos e a esperança e se reinventar”, cravou. A ex-senadora também salientou que pretende fazer um "presidencialismo de proposição" e não de coalizão, como acontece atualmente.
Marina Silva aproveitou o momento para rebater as críticas de fragilidade atribuídas a ela. “Aprendi com minha fé, quando sou fraco então sou forte", destacou, lembrando das doenças, da perda da mãe e das necessidades que precisou superar durante a vida.
A presidenciável ainda alertou que o momento não é para os que se apresentam como "salvadores da pátria". Sob a ótica dela, isso enfraquece a democracia. "Toda essa situação que o Brasil está vivendo exige de nós compromisso e senso de responsabilidade. O compromisso e o senso de responsabilidade, sem querer ser a dona da verdade, me convoca para este momento", cravou. "Esse não é o momento para salvadores da pátria. A pátria é uma construção de todos nós", acrescentou.
No fim do discurso de Marina, os representantes das direções estaduais e regionais da Rede Sustentabilidade entoaram uma música, em ritmo de funk, que dizia: "olha a Marina chegando e o Temer saindo... para mudar o nosso destino".
Em 2014, Marina Silva concorreu primeiro como vice do ex-governador Eduardo Campos, mas depois, com a morte do líder do PSB, ela se tornou a cabeça de chapa conquistando mais de 20 milhões de votos. A ex-senadora encerrou o primeiro turno em terceiro lugar na disputa e, no segundo turno, apoiou o senador Aécio Neves (PSDB) contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).