Vereador diz que Queermuseu fazia 'apologia à zoofilia'
A mostra, que reunia 270 trabalhos de 85 artistas que abordavam a temática LGBT, questões de gênero e de diversidade sexual, foi cancelada pelo Santander no RS
A exposição Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, em cartaz há quase um mês no Santander Cultural, em Porto Alegre, e que foi cancelada no último domingo (10) após uma onda de protestos nas redes sociais, foi tema do pronunciamento do vereador Renato Antunes (PSC). Ele defendeu a posição do Santader Cultural de suspender a exposição.
A mostra reunia 270 trabalhos de 85 artistas que abordavam a temática LGBT, questões de gênero e de diversidade sexual, e recebeu uma série de críticas vindas de grupos conservadores que se queixaram de que algumas das obras promoviam blasfêmia contra símbolos religiosos e também apologia à zoofilia e pedofilia.
“Sou contrário a qualquer tipo de manifestação que tire os direitos alheios. Acredito que a arte é livre, feita para públicos específicos e cada um aprecia aquilo que quer. Mas aquela era uma mostra para crianças, e muitas imagens continham algum tipo de apologia à zoofilia, erotização infantil e escárnio ao cristianismo”, afirmou o parlamentar.
Renato Antunes lembrou ainda que o fato da mostra ter sido aprovada pela Lei Rouanet e financiada com dinheiro público, dá à população o direito de protestar ao se sentir ofendida com o conteúdo das obras. “A gente precisa dizer o que pensa que está errado. E não está certo implicar recursos públicos para promover esse tipo de ação, nem trazer crianças para ver essas imagens. Foi correta a decisão de suspender a amostra e ter uma visão mais holística sobre o tema, e não tratar a fé alheia com imagens que ofendem o cristianismo. O Santander foi louvável em voltar a trás e fazer a exposição para o público especifico, mesmo porque aquilo ali de arte não tem nada”, finalizou.
Da assessoria da Câmara do Recife