Gleisi nega que caravana de Lula seja início de campanha
Em entrevista ao LeiaJá, a presidente nacional do PT disse que está se surpreendendo positivamente com as andanças de Lula pelo Nordeste. “Ele é o maior líder popular deste país”, cravou
Na comitiva que acompanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em caravana por Pernambuco, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou ao LeiaJá, nesta quinta-feira (24), que a legenda está surpreendida com o resultado positivo das andanças do líder-mor petista, que deve ser o candidato do partido a Presidência da República em 2018. A dirigente rebateu as afirmações de que Lula esteja antecipando campanha.
“Estamos surpreendidos positivamente com o resultado da Caravana. Não é um início de campanha, Lula andou pelo país diversas vezes, quer seja para criar o PT, organizar o programa de governo ou até fazer campanha. Sempre foi uma prática do PT e de Lula andar pelo país. Ele está andando agora para ver o resultado dos programas que ele implantou. É normal ele andar pelo país, não é nada de novo, portanto não configura campanha eleitoral”, declarou.
Segundo Gleisi, que vem acompanhando o petista nas agendas pela Bahia, Sergipe e Alagoas, quem encontra com Lula “reconhece e agradece” o que foi feito durante os dois mandatos dele à frente do Palácio do Planalto. “Ele é o maior líder popular deste país”, cravou. “Não é questão de pesquisa ou eleição, essa caravana reafirma o legado de Lula e o laço dele com o povo”, acrescentou.
Indagada sobre como avaliava a participação do senador Renan Calheiros (PMDB) em um dos atos em Alagoas, na última terça-feira (22), Gleisi disse que seria uma “indelicadeza” se Lula não permitisse que Renan estivesse no palanque.
“Não tem como impedir que Renan estivesse no palanque, ele é de Alagoas e o filho dele governa o estado. Seria uma indelicadeza do presidente”, frisou. “Não é uma sinalização de reaproximação não, como muitos vem dizendo por aí. Renan tem se colocado de forma mais progressista, contra as reformas, por exemplo, mas é claro que a gente tem divergências com ele. Não podemos levar tudo a ferro e fogo”, complementou. A presidente estava na comitiva que acompanhou Lula na visita ao Museu Cais do Sertão, no Recife Antigo.