Alckmin se movimenta em busca de apoio para 2018
A ofensiva do governador, segundo interlocutor, visa a consolidar sua candidatura, o que barraria eventual entrada de Doria em uma disputa interna
Em contraponto às recentes movimentações políticas do prefeito João Doria, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, cumpriu nesta quarta-feira, 9, agenda extensa em Brasília com objetivo de conquistar apoio para a disputa presidencial de 2018. Além de reuniões com os presidentes da Câmara e do Senado, o governador tucano teve audiência com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, almoçou com parlamentares, tirou fotos com prefeitos no Congresso e, à noite, jantaria com líderes do PP.
A ofensiva do governador, segundo interlocutor, visa a consolidar sua candidatura, o que barraria eventual entrada de Doria em uma disputa interna. A movimentação do prefeito para "nacionalizar" seu nome com vistas à eleição presidencial de 2018 causou reação no grupo de Alckmin. O PSDB discute antecipar para dezembro a definição do nome do partido que disputará a Presidência no ano que vem. A ideia, proposta por Alckmin, é que a escolha seja feita por meio de prévias caso haja mais de um nome posto.
O périplo de Alckmin incluiu um almoço na casa do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) com a participação de parlamentares tucanos. "Foi um almoço entre amigos", disse Heráclito. Embora o PSB seja aliado do governador em São Paulo, não há consenso na sigla para eventual coligação em torno do nome de Alckmin para 2018.
Aproximação
Na mesma situação está o PP, que marcou um "jantar de aproximação" com o governador. "É mais um jantar de introdução informal, de aproximação com a bancada do PP na Câmara. Vou apresentar algumas pessoas para ele", disse o deputado Guilherme Mussi (PP-SP), anfitrião do encontro.
O clima de "campanha" de Alckmin, porém, ficou evidente quando ele passou pelo plenário da Câmara, pouco antes de se encontrar com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Cercado por prefeitos que participavam da sessão, foi tietado e aclamado aos gritos de "presidente". Questionado nesta quarta sobre as recentes ações do prefeito, Alckmin disse que "não havia o que comentar". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.