Gilmar: encontro com políticos é para 'construir soluções'

O ministro disse que não vê “nenhum problema” sobre almoços e jantares com parlamentares

seg, 19/06/2017 - 16:41
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo  Mendes esteve em evento no Recife Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Entre as tantas declarações polêmicas que marcam a postura do ministro do Superior Tribunal Federal Gilmar Mendes, uma delas, durante palestra no Recife, remeteu a uma das críticas dos opositores: a relação entre o Poder Judiciário e o Legislativo. Gilmar declarou que não vê “nenhum problema” sobre almoços e jantares com parlamentares. 

Segundo suas palavras, esses encontros são realizados em busca de “construir soluções”. “Tantas vezes nós almoçamos ou jantamos juntos e tal tentando construir soluções. Eu não vejo aí nenhum problema e, certamente, tenho relações com todas as forças político-partidárias e isso é reconhecido”, garantiu. 

Gilmar falou sobre a absolvição da chapa Dilma-Temer, que foi julgada pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Corte na qual é presidente. Ele foi o responsável pelo voto decisivo para desempatar o placar que terminou em 4 a 3, que aconteceu no último dia 9 de junho. 

O magistrado desconversou e disse que o que se discutiu o julgamento foi “uma questão técnica”. “O questionamento da defesa de que o relator tinha ido além dos limites pedido pelos requerentes e isso foi reconhecido pelo tribunal”, disse, se referindo a Herman Benjamin. Ainda afirmou que não ficou configurado abuso de poder econômico. “Isso não ficou caracterizado. O tribunal entendeu que não. Agora, os fatos todos, os crimes todos estão sendo verificados, esses serão examinados como estão sendo”. 

Ele ainda respondeu se era contra a candidatura do ex-magistrado Joaquim Barbosa, já que durante evento na LIDE Pernambuco chegou a dizer que “Deus nos livre de um governo de juízes” comandarem o país. “Imaginar que nós vamos substituir políticos pelos juízes...Não estou emitindo juízo entre um e outro ser candidato, [mas] os padrões que nós adotamos hoje de gestão no judiciário não nos recomenda sermos gestores do país”, falou.

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