Em PE, autoridades dizem que Lava Jato 'ataca poderosos'

Os desdobramentos da investigação é um dos temas de debate, desta sexta-feira (12), do I Congresso Internacional de Direito Penal e Processo Penal, promovido pela UNINASSAU

por Taciana Carvalho sex, 12/05/2017 - 16:04
Taciana Carvalho/LeiaJáImagens Encontro conta com a participação do procurador da força-tarefa da operação, Carlos Fernando dos Santos Taciana Carvalho/LeiaJáImagens

O segundo dia do I Congresso Internacional de Direito Penal e Processo Penal, promovido pela UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, reúne, na tarde desta sexta-feira (12), autoridades conhecidas como o procurador regional da República Carlos dos Santos Lima e o delegado Joel Venâncio para debater sobre a "Operação Lava Jato: resultados e perspectivas". O evento acontece até o sábado (13), no Centro de Convenções, em Olinda.

Mediador do debate, o juiz de Direito aposentado Adeildo Nunes, fez a abertura do Congresso com uma explanação sobre o tema destacando que a "Operação Lava Jato tem fatores importantíssimos para a transformação do Brasil".

O magistrado disse que o Brasil não esperava por tudo o que está acontecendo. "[A Lava Jato] vem atacando os poderosos. É simplesmente extraordinário. Estávamos acostumados a ver na cadeia o pequeno e hoje o maior presidente da construtora do país está preso. Isso, queira ou não queira, é algo extraordinário para comprovar a igualdade de todos perante a lei", frisou.

Adeildo falou sobre a integração entre o poder Judiciário, o Ministério Público e a sociedade. "A operação também uniu as ordens de advogados do Brasil. Estamos fazendo críticas, é natural que aconteça, mas acima de tudo exaltando o início e esperando o fim dessa operação", explanou.

Em seguida, o delegado Joel Venâncio também defendeu a Lava Jato definindo-a como "um marco importante". "O Brasil está vivenciando um momento ímpar. Há muitas forças ali dentro, mas a maioria quer moralizar. A gente precisa passar o Brasil a limpo. No geral a gente percebe que a operação tem se guiado nos termos da lei", disse.

O delegado ainda falou sobre os agentes públicos nesse processo. "Durante muito tempo os agentes públicos achavam que podiam tudo, mas a lei é para todos. É um marco importante. É um momento transformador", concluiu.

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