Pesquisa: Eduardo é o melhor governador da história de PE
De acordo com o raio-x feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, o ex-governador é lembrado como o "melhor da história" por 35,9% dos entrevistados
Enquanto o atual governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), é considerado o “pior da história”, o seu padrinho político, Eduardo Campos, é lembrado por 35,9% dos pernambucanos como o melhor gestor que o estado já teve. O dado faz parte de um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio e divulgado neste sábado (1º).
Ausente do cenário político desde 2014, após um acidente aéreo, o número se justifica pelo alto índice de aprovação com que Campos encerrou a gestão em abril daquele ano para concorrer à presidência do país e vem persistindo, apesar do suposto envolvimento do político na Lava Jato.
A classificação positiva, entretanto, não reflete na avaliação da gestão do afilhado que vem vendo reprovado por 74% dos pernambucanos. “Os eleitores comparam o atual governador com Eduardo Campos e o que transparece é que eles sentem falta deste último”, ponderou o coordenador da pesquisa e cientista político, Adriano Oliveira.
Ainda na lista dos “melhores governadores”, o avô de Campos, Miguel Arraes, é lembrado por 16,5% dos entrevistados e Jarbas por 10,3%. Roberto Magalhães é mencionado por 1,9% e Paulo Câmara aparece por último, com apenas 1,2% da preferência. Neste caso, 18,1% preferiram não responder.
Já no quesito admiração, em Pernambuco o descrédito da classe é grande. De acordo com a pesquisa, 54,8% dos entrevistados não admiram nenhum político. Entre os citados, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem o primeiro lugar com 8,6%, Campos aparece com 5%, Jarbas 3,8% e Arraes 1,6%. O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM) é admirado por 1,1% dos que participaram da pesquisa e o ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT) também.
O Instituto UNINASSAU foi a campo nos dia 23 e 24 de março. Foram ouvidas 2.014 pessoas a partir de 16 anos de todas as regiões do estado. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.