Governo lança Plano Safra e destaca agenda positiva
Ainda este mês serão anunciados novo pacote de concessões em infraestrutura e logística, Plano Safra da Agricultura Familiar, Plano Nacional de Exportações e Minha Casa, Minha Vida 3
O governo federal lançou, nesta terça-feira (2), o Plano Agrícola e Pecuário 2015-2016, com recursos de R$ 187,7 bilhões. O montante representa um aumento de 20% ao da safra passada, quando o valor chegou a R$ R$ 156,1 bilhões. O anúncio abre a agenda positiva do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, que ainda aguarda o Congresso finalizar a votação de projetos do ajuste fiscal.
“Simultaneamente ao ajuste, estamos pensando numa agenda de futuro. Com o Plano Safra, nós mantemos a política de sustentação e expansão da agricultura brasileira, também para exportações, para impulsionar a economia no Brasil”, frisou Dilma. “Nós fizemos um grande esforço porque consideramos que o agronegócio é estratégico e necessário. A agricultura e a pecuária vão continuar na vanguarda do crescimento do país”, completou a presidente.
Ela também adiantou que o novo pacote de concessões em infraestrutura e logística será lançado na próxima terça-feira (9). Já o Plano Safra da Agricultura Familiar ficou para 15 de junho, também com expectativa de aumento no volume de recursos. O Executivo também deverá lançar o Plano Nacional de Exportações e a terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida.
Durante a cerimônia, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Kátia Abreu detalhou o plano. Do total, R$ 149,5 bilhões serão para financiamento de custeio e comercialização. Outros R$ 38,2 bilhões serão destinados ao investimento.
“Quero lembrar que ajustes não são apenas cortes, mas representam também investimentos. Se depender da agricultura e pecuária, o Brasil poderá rapidamente recuperar o curso do crescimento econômico”, frisou Kátia Abreu. Para ela, as iniciativas em benefício do setor nos últimos anos têm favorecido toda a população. “O preço médio dos alimentos vem caindo, o que significa um dos fatores de melhoria do bem estar do brasileiro. Nossos agricultores estão produzindo comida de qualidade a um preço justo”, sustentou.
A ministra destacou, também, as projeções que mostram um acréscimo de 50 milhões de toneladas na produção agrícola brasileira, além de mais oito milhões de toneladas em carne, nos próximos dez anos. Ela defendeu ainda o setor, ao dizer “cada R$ 1 investido gera R$ de valor adicionado”.
As taxas de juros, motivo de embate entre Kátia Abreu e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, serão de 8,75% para os empréstimos de custeio e de 7% a 10,5% ao ano para investimento. Para os produtores beneficiados pelo Programa de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), os juros serão de 7,75% ao ano para custeio e 7,5% ao ano para investimentos. "Os juros serão realinhados sem comprometer a capacidade de pagamento dos produtores. Manteremos taxas de juros diferenciadas pras linhas de investimento prioritárias", disse a presidente.