Fusão do DEM com PTB precisa ser amadurecida, diz Mendonça
O democrata confirma as conversas sobre a união das duas legendas, mas garante permanecer como oposição do governo
O processo de fusão entre o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido Democratas (DEM) é algo real que já virou alvo de conversas nos bastidores da política. Apesar de alguns petebistas pernambucanos negarem o diálogo sobre o assunto, o presidente estadual do DEM em Pernambuco e deputado federal, Mendonça Filho, confirmou a possibilidade e até assegurou não mudar sua atuação como opositor no governo.
Em entrevista ao LeiaJá, alguns petebistas como o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro (PTB) garantiu não ter tratado dos desdobramentos da síntese. “Eu não estou acompanhando este assunto”, esquivou-se. Além do ex-senador, o vice-presidente estadual da legenda, o deputado estadual José Humberto (PTB), negou ter conversado com membros da sigla. “Até o presente momento nós não tivemos nenhuma reunião com esse objetivo e não temos tratado desta questão porque ela não chegou para nós ainda”, ressaltou, revelando que irá marcar uma reunião com a direção para pontuar o assunto. “Nem democratas nem nós iniciamos essa conversa, eu desconheço. O que ouvi foi apenas comentários de blogs, mas devo me encontrar com o presidente do partido assim que chegar de São Paulo para saber”, disse Humberto.
Diferente dos petebistas, o deputado Mendonça Filho confirmou os rumores, mas deixou claro que há diferenças entre os partidos e que a fusão deverá ocorrer em longo prazo. “Na verdade isso tem sido uma conversa entre as executivas dos partidos, mas não é um processo simples porque exige compatibilidade, sintonia entre os Estados. Não é um desdobramento de curto prazo”, esclareceu.
Apesar de confirmar as conversas, o democrata disse não haver reuniões marcadas para tratar do assunto e independente da junção, garantiu não deixar de ser oposição ao governo, postura diferente do PTB que se apresenta em defesa da presidente Dilma Rousseff (PT), principalmente em Pernambuco. “Por enquanto não há nada marcado, até porque esse quadro precisa estar maduro a nível nacional para poder ser discutido localmente, e um dos obstáculos é minha opinião de oposição que é nítida, e claro, não mudaria ela, então, essa é uma dificuldade real, mas a gente sempre conversa (dentro do DEM)”, admitiu.