Novo mandato: Dilma promete combater corrupção com "rigor"

Desde 2011, primeiro ano de governo, uma série de denúncias sobre irregularidades na gestão do PT estão vindo à tona

por Giselly Santos qui, 30/10/2014 - 15:30
Fernando da Hora/LeiaJáImagens/Arquivo Denúncias de corrupção da Petrobras são as mais recentes do governo Dilma Fernando da Hora/LeiaJáImagens/Arquivo

Ponto mais criticado dos governos do PT, o combate à corrupção será um dos desafios do novo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). Com novidades sendo divulgadas a cada dia sobre possíveis irregularidades na gestão da petista, o tema foi um dos principais entraves para a presidente durante a campanha deste ano. A cartada final, por exemplo, veio a dois dias do pleito, quando uma revista de circulação nacional apontou que ela e o ex-presidente Lula (PT) sabiam de todo o esquema de propina que gira em torno da Petrobras. 

Se colocando “veemente contra” atos dúbios, entre as principais propostas para o novo governo Dilma pontuou cinco itens que defenderá para combater as práticas irregulares. Eles pretendem fazer com que a legislação classifique como crime o “caixa dois”; agentes públicos que enriqueçam sem justificativa sejam punidos; a agilidade no julgamento de processos judiciais que digam respeito a desvio de recursos públicos; a criação de uma nova estrutura no poder judiciário que permita agilização e maior eficácia da investigação e dos processos contra agentes que possuem foros privilegiados. Além disso, Dilma também defende a criação de uma nova espécie de ação judicial que permita declarar a perda da propriedade ou da posse de bens adquiridos por atividades ilícitas. 

No domingo (26), após ter a reeleição confirmada, Dilma afirmou durante seu primeiro discurso que nos próximos quatro anos irá combater com “rigor” as irregularidades. “Terei o compromisso rigoroso com o combate à corrupção, propondo mudanças na legislação atual para acabar com a impunidade”, disse.

Após o esquema do Mensalão do PT, o boom desta vez é um suposto esquema de propina na Petrobras utilizado para abastecer um “caixa dois” da legenda petista. As ações estão sendo investigadas pela polícia federal e delatadas pelo ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youssef. 

Desde 2011, quando a presidente Dilma Rousseff assumiu o governo, uma série de escândalos foram divulgados. Vários dos ministros foram acusados de corrupção, o que levou a presidente a exonerá-los de seus cargos. O episódio que ficou conhecido como "faxina no governo". 

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