Zé Gomes apresenta propostas para a Cultura Pernambucana

Postulante recebeu um documento com sugestões da Coligação Cultura Pernambuco

por Giselly Santos sex, 26/09/2014 - 09:26
Enzo Giaquinto/PSOL Zé Gomes fez duras críticas, ainda, ao estabelecimento de horário-limite para sambadas de maracatu pela Polícia Militar Enzo Giaquinto/PSOL

O candidato do PSOL ao governo de Pernambuco, Zé Gomes, apresentou, na noite desta quinta-feira (25), propostas para a área da Cultura, durante debate promovido pela Coligação da Cultura Pernambuco, no bairro de Santo Amaro. O movimento, articulado inicialmente por meio das redes sociais, lançou um manifesto com demandas do setor, assinado por mais de mil artistas, intelectuais e produtores culturais.

Entre os itens apresentados por Gomes, está um Projeto de Lei do Executivo que determina a prioridade de pagamento dos cachês a artistas locais, e que os artistas de cultura popular sejam os primeiros a receber. O psolista se comprometeu em garantir participação local na curadoria e grade de atrações dos eventos regionais e municipais executados pelo Governo do Estado.

"A programação do Festival de Inverno de Garanhuns não é discutida com a população local, por exemplo. Esse diálogo tem que ser feito, garantindo participação popular através de uma curadoria local", mencionou.

O plano de governo do PSOL estabelece mais transparência na gestão e avaliação dos editais do Funcultura, além de garantir que ele conte com curadoria com representação do meio artístico e da sociedade, com mandatos cíclicos. Para as iniciativas artísticas contempladas com verbas e prêmios em editais e concursos públicos serão estabelecidas contrapartida sociais.

"A verba de publicidade, que hoje é de R$ 100 milhões, poderia ser usada na TV Pernambuco. É um espaço, por excelência, que pode ser usado para a difundir a produção cultural atendida pelo Funcultura e pelo edital do audiovisual", acrescentou.

Zé Gomes fez duras críticas, ainda, ao estabelecimento de horário-limite para sambadas de maracatu pela Polícia Militar. "Obrigar um maracatu a terminar a uma hora da madrugada é uma grande violência. A lógica da festa é durar a noite toda. A construção da identidade cultural e a liberdade de culto precisam ser preservadas. A lógica da segurança pública não pode limitar as manifestações culturais", disse.

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