Campos flerta com Cristovam Buarque atrás de apoio do PDT
Confira entrevista exclusiva do senador sobre o encontro que teve com o governador
O governador Eduardo Campos (PSB) almoçou nesta sexta-feira (10) com o senador Cristovam Buarque (PDT) na sede provisória do Palácio do Governo, no Centro de Convenções, em Olinda. Os dois discutiram o cenário político nacional e sobre as estratégias da campanha eleitoral para a Presidência da República do líder do PSB.
“Ele sabe que estou aqui de férias na praia de Porto de Galinhas e me chamou para almoçar. Falamos de eleição, mas discutimos mais ainda do que o Brasil está precisando. Da perda de qualidade de vida nas grandes cidades por causa da violência, do trânsito, do sistema de saúde, da escolaridade. A qualidade de vida está caindo, essa é a preocupação dele”, afirmou o pedetista, em entrevista ao Portal LeiaJá.
O senador voltou a dizer que tem total simpatia na candidatura de Eduardo Campos. Ele admitiu que membros do PDT podem ter uma postura independente no pleito deste ano. “No mês de março devemos ter uma reunião da Executiva Nacional. Muitos membros do partido têm simpatia especial por Eduardo (Campos), mas quem está ligado ao Ministério (do Trabalho – liderado por Manoel Dias – PDT), quer apoiar a presidente Dilma (Rousseff – PT) (...) Eu acho que dificilmente vai ser fechada (a escolha por um candidato). Vai haver pessoas que não vão apoiar a posição do partido. Seja para Eduardo ou para Dilma”, disse.
PT
Cristovam Buarque relatou que o PT está com receio que Eduardo Campos chegue ao segundo turno. Segundo o senador, os ataques feitos pelo Partido dos Trabalhadores nas redes sociais mostram a angústia do partido de Dilma Rousseff com o crescimento do presidente do PSB nas pesquisas.
“Eu acho que o Partido dos Trabalhadores está percebendo que se o segundo turno for Dilma e Aécio (NEVES –PSDB) vai ser mais fácil ganhar a eleição. Eles estão querendo fazer campanha contra Eduardo, para ele não ir para o segundo turno”, analisou o parlamentar. “Se Aécio for para o segundo turno, uma boa parte, do eleitorado de Eduardo vota em Dilma, mas ao contrário seria diferente. Se Eduardo for para o segundo turno Dilma tem sérios riscos de perder a eleição”, completou.