Alianças e o retorno do “juntos pelo bem da nossa terra”
Com a aliança do PSB com o PSDB, a incógnita é de como ficará o relacionamento entre Jarbas e Guerra
Agora, unidos pelo PSB, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o deputado federal Sérgio Guerra (PSDB) podem voltar a subir no mesmo palanque durante uma eleição, mesmo sem ser este o desejo do senador, que já afirmou querer distância do tucano. O pleito de 2014 poderá significar o retorno do "juntos pelo bem da nossa terra", tendo no lugar do ex-senador Marco Maciel o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O jingle, da campanha de 2002, apresentava aos pernambucanos o chapão para a reeleição de Jarbas ao governo e a postulação do ex-vice-presidente do Brasil, Marco Maciel, e de Guerra, para o Senado. Naquele ano todos foram eleitos.
Desde a adesão no PSDB ao PSB, anunciada na última quinta-feira (2), Guerra ainda não se pronunciou sobre um possível retorno na amizade com Jarbas, já o peemedebista deixou claro que vai se relacionar apenas com os tucanos que já votaram com ele, como os deputados estaduais Daniel Coelho e Betinho Gomes. “Não vou conviver com ele (Guerra). Vou conviver com o partido dele e pessoas que são minhas amigas e que já votaram comigo: Elias Gomes (prefeito de Jaboatão dos Guararapes), Betinho Gomes, Daniel Coelho... Não vou deixar de fazer política por causa da presença desta pessoa que você falou ou de qualquer outra”, declarou a um jornal local.
O estopim para o rompimento dos antigos aliados foi justamente o que hoje os une, Eduardo Campos. Durante a eleição de 2006, quando Eduardo se candidatou a primeira vez ao governo, os tucanos, na época unidos a Jarbas, não votaram em Mendonça Filho (DEM) - postulante a sucessão e indicado do peemedebista -, mas no socialista que garantiu a eleição e assumiu o Palácio do Campo das Princesas.
Jarbas e Eduardo voltaram a se coligar em 2012, na campanha que elegeu Geraldo Julio (PSB) para a Prefeitura do Recife, de lá para cá as costuras entre o PMDB e o PSB estão de vento em popa. Já se chegou a cogitar que o deputado federal Raul Henry (PMDB) poderá ser o vice, na chapa da Frente Popular de Pernambuco para a sucessão de Campos.