Pezão é acusado de propaganda eleitoral antecipada
A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Rio de Janeiro ajuizou ação por propaganda eleitoral antecipada contra o vice-governador Luiz Fernando Pezão, pré-candidato do PMDB à sucessão do governador Sérgio Cabral nas eleições do ano que vem. O crime teria sido cometido durante solenidade de lançamento de um programa de asfaltamento de ruas em Magé, na Baixada Fluminense, em 11 de setembro. Na ação, a PRE pede que o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) multe Pezão em R$ 25 mil. Esta é a sétima representação contra Pezão por antecipação de campanha.
Outros dois políticos que estavam no evento e têm base eleitoral em Magé também foram processados. Na ação, o procurador regional eleitoral, Maurício Ribeiro, alega que os discursos dos três serviram para favorecer a candidatura de Pezão ao governo do Estado. A ação teve como base um vídeo, feito pela equipe de fiscalização do TRE. A solenidade contou com público aproximado de mil pessoas.
De acordo com o procurador, Pezão se referiu à obra, que começaria no dia seguinte no distrito de Mauá, como uma realização pessoal. "Nós vamos fazer mais. Vamos lá pra Piabetá, fazer em Piabetá também", disse Pezão.
Mesmo sem o pedido explícito de votos, Ribeiro entende que a conduta caracteriza propaganda eleitoral antecipada. "O flagrante desrespeito às normas eleitorais ganha mais relevo quando se verifica que Pezão utiliza-se, reiteradamente, do programa de governo Bairro Novo para se aproximar da população para propagar a sua futura candidatura. Há atos potencialmente danosos à igualdade na competição eleitoral mesmo quando divulgados mais de um ano antes das eleições", declarou o procurador. Procurada pelo jornal O Estado de S.Paulo, a assessoria de Pezão informou que ele ainda não foi notificado da ação e que não iria se manifestar.