“Eu não vejo desconforto”, diz Sileno sobre apoio do PPS

De olho numa possível aliança com a oposição pós-comunista, PSB observa de forma diferente o cenário nacional

por Élida Maria seg, 02/12/2013 - 14:44
Lú Streithorst/PCR/Arquivo Segundo Sileno Guedes, os dois partidos têm maturidade para driblar uma reorganização política Lú Streithorst/PCR/Arquivo

Alvo de críticas do Partido Popular Socialista (PPS), o Partido Socialista Brasileiro (PSB) está prestes a ter mais um aliado na eleição presidencial de 2014 em Pernambuco. A aliança, ainda não confirmada das duas legendas, por dividir opiniões dos membros pós-comunistas no Estado, já é uma expectativa para os socialistas que, inclusive, estão disponíveis a deixar de lado as divergências e olhar de forma diferenciada para um “cenário nacional”.

Em entrevista ao Portal LeiaJá, o secretário da Prefeitura do Recife e presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, demonstrou confiança na decisão do partido, que deverá ocorrer no congresso nacional nos dias 7 e 8 em São Paulo. “A gente sabe que o PPS vai fazer o seu congresso nacional e é naquele ambiente que vai se discutir os rumos que o partido vai tomar ano que vem. A gente vem conversando. A direção nacional do PSB vem conversando com a direção nacional do PPS”, contou.

Guedes também afirmou a pretensão da aliança e manifestou estar na torcida. “Nós temos uma expectativa de trilharmos juntos, de cultivarmos e construir juntos um programa para o Brasil para ser apresentado em 2014, e é com essa expectativa que a gente espera”, disse o socialista acrescentando juntar forças com o PPS, PSB e o Rede Sustentabilidade.

Questionado sobre o jogo de cintura que o PSB deverá ter para evitar problemas já que o PPS é oposição, principalmente, na Câmara de Vereadores, Sileno Guedes disse ser natural a postura da oposição. “Na eleição municipal em 2012, o PPS colocou uma posição diferente do que estava sendo agora, de um cenário nacional. Natural que o representante do PPS na Câmara de Vereadores (Raul Jungmann) que foi eleito dentro de uma composição de oposição do prefeito Geraldo Julio (PSB) assim se comporte”, disse. 

O presidente estadual do PSB também garantiu não haver nenhum constrangimento e que há maturidade para encarar a situação. “Nós temos essa compreensão que o vereador Raul Jungmann cumpre o papel que o eleitorado recifense o colocou e a gente respeita este papel. Agora, se dentro de uma conjuntura política, de uma reorganização, que vai ser apresentada à sociedade, isso vai precisar ser revisto. Eu acho que tanto o prefeito Geraldo Julio quanto o vereador Raul Jungman e os dois partidos têm maturidade política suficiente para superar”, alegou. 

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